A superfície de Vênus é um lugar infernal, mas isso não impedirá que os futuros landers da NASA tentem explorá-la. Um novo vídeo da NASA argumenta que Vênus é o "gêmeo maligno" da Terra.
As sondas Venera da União Soviética sobreviveram em Vênus por no máximo algumas horas. (Crédito da imagem: NASA)
O apelido nefasto é revelado ser, de certa forma, uma descrição adequada de por que os astrônomos estarão investigando Vênus nesta década. Cientistas e engenheiros da NASA e da Agência Espacial Europeia estão se preparando para enviar três novas missões para a segunda rocha do sol. Eles querem saber muito mais sobre o planeta próximo, que se assemelha à Terra de muitas maneiras, e ainda é tão surpreendentemente diferente.
O vídeo toca em alguns aspectos de pesadelo, mas intrigantes, de Vênus. Por um lado, tem um efeito estufa descontrolado. A cobertura de atmosfera de 15 milhas de espessura (24 quilômetros) é feita de dióxido de carbono e contém nuvens de ácido sulfúrico. O planeta produz temperaturas quentes o suficiente para derreter o chumbo. Lori Glaze, diretora de ciência planetária da NASA, disse no vídeo que a superfície venusiana pode chegar a 900 graus Fahrenheit (480 graus Celsius).
"Então é um lugar louco, mas realmente interessante", disse Glaze. "E nós realmente queremos entender por que Vênus e a Terra se saíram de forma tão diferente."
Para resolver o problema da bateria, a NASA fez uma parceria com a Advanced Thermal Batteries Inc. (ATB) para desenvolver uma nova fonte de energia de alta temperatura - e os pesquisadores da ATB já desenvolveram um protótipo de bateria promissor e surpreendentemente resistente.
A chave para a nova bateria é usar a temperatura extrema de Vênus para a vantagem do lander, na forma de sal fundido de baixa descarga. Este material tem densidade de potência suficientemente alta e é facilmente armazenado e mantido na Terra, uma vez que o alto ponto de fusão do sal significa que ele permanecerá sólido e inerte em nosso planeta, mantendo seu potencial energético por muitos anos.
Um grande problema com as baterias de sal fundido que já existem hoje são suas altas taxas de auto-descarga, causadas por reações eletroquímicas internas, o que limita uma bateria térmica normal com um eletrólito de sal fundido a apenas algumas horas de uso em Vênus. De acordo com a NASA(abre em nova aba), a ATB desenvolveu recentemente um protótipo de bateria de 17 células que foi capaz de limitar as reações internas de drenagem da bateria para prolongar significativamente a vida útil da bateria.
Isso permitiu que a bateria da ATB descarregasse entre 19 volts e 25 volts por 118 dias, quase o dobro dos requisitos de energia operacional da LLISSE, antes que a corrosão atingisse o chumbo positivo na bateria."Esta recente demonstração de tecnologia de baterias, com arquitetura aprimorada e eletroquímica de baixa auto-descarga, é uma enorme conquista que muitos podem não ter pensado ser possível", disse Kevin Wepasnick, engenheiro do projeto ATB, em um comunicado da NASA.(abre em nova aba).
Ainda levará algum tempo até que a NASA possa se sentir confiante de que a nova bateria se provará uma combinação para o ambiente hostil de Vênus, incluindo o desenvolvimento de um recipiente e embalagem que possam suportar a extrema pressão e a natureza cáustica da atmosfera de Vênus. Mas parece que o maior obstáculo que a LLISSE terá de eliminar foi resolvido com sucesso.
Fonte: space.com
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