Imagens de radar da Lua
Usando menos energia do que a necessária para alimentar um forno de micro-ondas, uma equipe da Fundação Nacional de Ciências dos EUA obteve as imagens da Lua de maior resolução já capturadas da Terra.
A imagem gerada por radar mostra detalhes de 5 metros. [Imagem: Raytheon Technologies]
Em vez de uma câmera, contudo, o pequeno protótipo, instalado no Telescópio Green Bank, gera imagens usando radar, sendo as ondas refletidas captadas pelo telescópio virtual VLBA, que simula um telescópio do tamanho da Terra - foi ele o responsável por fazer a primeira imagem de um buraco negro.
Essa tecnologia abre caminho para um sistema de radar de última geração para estudar não apenas os asteroides e cometas que passam nas proximidades da Terra, mas também planetas e luas no Sistema Solar.
O transmissor, que pode operar com até 700 watts de potência de saída na frequência de 13,9 GHz, capturou imagens da cratera Tycho com uma resolução de 5 metros.
Um sistema como esse servirá na linha de frente da defesa planetária, capaz de detectar, rastrear e caracterizar objetos potencialmente perigosos que possam estar em rota de colisão com a Terra.
"Em nossos testes, fomos capazes de localizar um asteroide a 2,1 milhões de quilômetros de nós - mais de 5 vezes a distância da Terra à Lua. O asteroide tem cerca de um quilômetro de tamanho, o que é grande o suficiente para causar devastação caso haja algum impacto," ilustrou Patrick Taylor, um dos coordenadores do projeto.
Radar de defesa planetária
Os testes estão sendo feitos com um protótipo de pequena escala, apenas para demonstração de que a tecnologia funciona.
O sistema principal deverá ser um radar planetário de banda Ku de 500 quilowatts (13,7 GHz), que também será instalado no Telescópio Green Bank e usará o VLBA e o futuro ngVLA (Next Generation Very Large Array) como receptores.
Esse sistema definitivo está sendo projetado para ter quase 1.000 vezes a potência de saída e várias vezes a largura de banda da forma de onda (até 600 MHz), permitindo imagens de resolução ainda maior.
"Com o sistema de alta potência, poderemos estudar mais objetos muito mais longe. Quando se trata de desenvolver estratégias para possíveis impactos, ter mais tempo de alerta é tudo," disse Taylor.
Fonte: Inovação Tecnológica
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