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quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Não há nenhum planeta misterioso em rota de colisão com a Terra

NIBIRU
Não é a primeira vez que o tal planeta Nibiru aparece em teorias sobre fim do mundo.  Nibiru deriva de obras do antigo escritor Zecharia Sitchin e suas interpretações da mitologia babilônica e suméria. Em 95, ele foi resgatado por  Nancy Lieder que, entre outras coisas, dizia possuir  um implante cerebral que lhe permitiria falar com alienígenas.  Segundo ela, Nibiru tinha cerca de quatro vezes  o tamanho da Terra e destruiria a humanidade em 2003.
Não aconteceu. Em 2012, mais uma vez, o boato do Nibiru, associado à teorias relacionadas ao calendário Maia, voltou a assombrar o mundo.
Não aconteceu. Agora, David Meade  revive o cataclismo de Nibiru, ligando-o a profecias e passagens bíblicas, interpretações numerológicas e associações com o eclipse solar de agosto. Tudo isso não passa de boatos e imaginação. Mas, que tal aproveitar o momento para falar de Ciência?
Segundo Cleiton Batista, da coordenação do Observatório da Sé, existem evidências da existência de um nono ou até um décimo planeta no nosso sistema solar. Mas não estaria em rota de colisão com o nosso planeta. “Se realmente existisse um planeta próximo da Terra ou em rota de colisão, saberíamos no mínimo há uma década. Ele seria facilmente visível à olho nu e criaria efeitos na órbita de planetas externos, que estão além do cinturão de asteroides”, diz.
Ele explica que um objeto do tamanho de Marte, para não ser detectado pelos equipamentos de monitoramento, teria de estar a no mínimo 300 UA (trezentas unidades astronômicas). Ou seja, cerca de dez vezes a distância média de Netuno para o Sol.
Vale ressaltar corpos celestes que ofereçam risco são monitorados em todo o mundo. Aqui, bem pertinho de nós, no município de Itacuruba, Sertão de Pernambuco, o projeto IMPACTON integra o Observatório Nacional e o Brasil aos programas internacionais de busca de asteroides e cometas em risco de colisão com a Terra. O projeto é desenvolvido por meio do Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (OASI), uma referência mundial no estudo e monitoramento de asteroides.

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