Você está lembrado do sistema planetário Trappist-1? É aquela estrela, uma anã vermelha, a 39 anos luz de distância apenas que possui nada menos que sete planetas do tipo terrestre. Em maio de 2016 foi anunciada a descoberta de 3 planetas e em fevereiro de 2017 mais 4. Desses planetas, 3 deles estão na zona de habitabilidade da estrela.
A zona de habitabilidade é a região do espaço em que a radiação emitida pela estrela é suficiente para manter água no seu estado líquido. Água líquida é uma condição muito importante para o surgimento e desenvolvimento de vida. Disso você já pode ver porque esse sistema é tão interessante, são 7 planetas quase do tamanho da Terra e com 3 deles numa região do espaço em que é possível de se manter água.
Claro que muita gente na área de exoplanetas se mexeu para tentar tirar alguma informação que pudesse dar uma pista sobre a existência ou não de água em algum desses candidatos. Nossa tecnologia ainda não permite obter essa informação, mas permite chegar perto.
Uma equipe internacional de astrônomos liderada pelo astrônomo suíço Vincent Bourrier, da Universidade de Genebra, usou o telescópio espacial Hubble para tentar encontrar uma pista favorável a essa possibilidade. Bourrier e equipe usaram um instrumento que observa radiações ultravioletas para medir o brilho nesse tipo de radiação. A motivação por trás dessa ideia foi verificar se moléculas de água estariam sendo destruídas.
Aqui na Terra, a radiação ultravioleta de mais alta energia consegue quebrar as moléculas de água em átomos de hidrogênio e oxigênio. Como o primeiro é muito leve, ele rapidamente escapa para o espaço. No espaço, a radiação ultravioleta de alta energia e os raios X da estrela fazem o hidrogênio brilhar. O grande desafio, até para o Hubble é conseguir enxergar o brilho sutil do hidrogênio que envolve os planetas que estão tão perto da sua estrela hospedeira a quase 40 anos luz de distância.
Bom, mesmo com essas dificuldades, o Bourrier e equipe conseguiram achar sim pistas de que moléculas de água estão sendo destruídas. De fato, a julgar pela quantidade de hidrogênio, os planetas mais próximos da estrela devem ter perdido algo como 20 oceanos iguais aos da Terra, durante o tempo de vida dos planetas, que é de 8 bilhões de anos. Vinte oceanos são muita coisa, o que sugere que ao menos esses planetas devem estar secos, mas os planetas mais exteriores, incluindo os que estão na zona de habitabilidade, não devem ter perdido tanta água assim, o que sugere que mesmo depois de tanto tempo ainda devem ter água em sua superfície.
Uma excelente notícia para a astrobiologia e a procura por formas de vida fora da Terra! Trappist-1 é um sistema para se olhar com cuidado. Infelizmente nossa tecnologia atual não parece ser suficiente para conseguir coisa muito melhor, mas isso vai mudar em breve.
Ano que vem será lançado o sucessor do Hubble, o telescópio espacial James Webb. Com um espelho de 6,5 metros e muitos instrumentos no infravermelho, todos esperamos que seja possível observar evidências de uma atmosfera.
A zona de habitabilidade é a região do espaço em que a radiação emitida pela estrela é suficiente para manter água no seu estado líquido. Água líquida é uma condição muito importante para o surgimento e desenvolvimento de vida. Disso você já pode ver porque esse sistema é tão interessante, são 7 planetas quase do tamanho da Terra e com 3 deles numa região do espaço em que é possível de se manter água.
Claro que muita gente na área de exoplanetas se mexeu para tentar tirar alguma informação que pudesse dar uma pista sobre a existência ou não de água em algum desses candidatos. Nossa tecnologia ainda não permite obter essa informação, mas permite chegar perto.
Uma equipe internacional de astrônomos liderada pelo astrônomo suíço Vincent Bourrier, da Universidade de Genebra, usou o telescópio espacial Hubble para tentar encontrar uma pista favorável a essa possibilidade. Bourrier e equipe usaram um instrumento que observa radiações ultravioletas para medir o brilho nesse tipo de radiação. A motivação por trás dessa ideia foi verificar se moléculas de água estariam sendo destruídas.
Aqui na Terra, a radiação ultravioleta de mais alta energia consegue quebrar as moléculas de água em átomos de hidrogênio e oxigênio. Como o primeiro é muito leve, ele rapidamente escapa para o espaço. No espaço, a radiação ultravioleta de alta energia e os raios X da estrela fazem o hidrogênio brilhar. O grande desafio, até para o Hubble é conseguir enxergar o brilho sutil do hidrogênio que envolve os planetas que estão tão perto da sua estrela hospedeira a quase 40 anos luz de distância.
Bom, mesmo com essas dificuldades, o Bourrier e equipe conseguiram achar sim pistas de que moléculas de água estão sendo destruídas. De fato, a julgar pela quantidade de hidrogênio, os planetas mais próximos da estrela devem ter perdido algo como 20 oceanos iguais aos da Terra, durante o tempo de vida dos planetas, que é de 8 bilhões de anos. Vinte oceanos são muita coisa, o que sugere que ao menos esses planetas devem estar secos, mas os planetas mais exteriores, incluindo os que estão na zona de habitabilidade, não devem ter perdido tanta água assim, o que sugere que mesmo depois de tanto tempo ainda devem ter água em sua superfície.
Uma excelente notícia para a astrobiologia e a procura por formas de vida fora da Terra! Trappist-1 é um sistema para se olhar com cuidado. Infelizmente nossa tecnologia atual não parece ser suficiente para conseguir coisa muito melhor, mas isso vai mudar em breve.
Ano que vem será lançado o sucessor do Hubble, o telescópio espacial James Webb. Com um espelho de 6,5 metros e muitos instrumentos no infravermelho, todos esperamos que seja possível observar evidências de uma atmosfera.
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