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sexta-feira, 14 de abril de 2017

Raios gama vindos do espaço poderiam acabar com a vida na Terra




Se você quer que a vida na Terra continue, torça para que dois grandes astros não colidam na nossa galáxia. O choque entre duas estrelas, por exemplo, poderia produzir radiação gama em intensidade suficiente para nos levar à extinção. É o que explica uma teoria de astrônomos americanos.  O estudo foi formulado por cientistas da Universidade Washburn (em Topeka, Kansas, EUA), e será apresentado em um congresso na semana que vem. A ideia, grosso modo, seria a seguinte: em algum ponto do outro lado de nossa galáxia, duas estrelas colidem. 

E não precisa ser uma colisão completa e destruidora, basta um pequeno atrito entre elas. Segundo estimativas, ocorre um destes eventos a cada 100 milhões de anos, em média. Este leve choque, enfim, já seria suficiente para iniciar uma explosão radioativa de imenso alcance no espaço. No caso da explosão ocorrer dentro da Via Láctea, praticamente tudo o que está nela sentiria o impacto. A extinção da vida na Terra, nesse caso, dependeria do tipo de onda gama liberado na colisão, e a intensidade com que seríamos atingidos.

A radiação gama mais “destrutiva”, nesse aspecto, seria a de ondas curtas, de maior frequência. Se a Terra fosse atingida por uma carga dessas ondas (que dura menos de um segundo, mas com efeitos devastadores), é provável que a camada de ozônio, que nos protege com eficiência das radiações solares, seria eliminada imediatamente.

Desprotegidos, todos os seres vivos da Terra estariam expostos às mudanças químicas acima de nós. Os cientistas explicam que haveria grande quantidade de oxigênio e nitrogênio livres pela atmosfera. Com a intensa liberação de ozônio, poderia haver a formação de toneladas de óxido nitroso (N2O), que não nos protege de nada. Estaríamos diretamente expostos aos raios ultravioleta, que alteram inclusive o nosso DNA.

Se estiver correta a teoria de que um desses eventos ocorre a cada 100 milhões de anos, a Terra já passou por isso várias vezes na sua história de mais de 4,5 bilhões de anos. Por essa razão, os cientistas afirmam que é preciso analisar fósseis e outras evidências para estimar o que aconteceria se todos fossem atingidos por uma rajada contínua de raios UV. A ideia geral é que não poderíamos sobreviver, porque a radiação retira condições básicas para que possa haver vida no planeta. Os astrônomos americanos afirmam que já apresentaram sua teoria a paleontólogos, mas ainda têm encontrado muito ceticismo. 



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