Apesar de todos os esforços, de tudo que se sabe hoje, o total entendimento sobre a formação e a evolução das galáxias é algo que ainda está longe de ser totalmente entendido. Felizmente, as condições observadas dentro de certas galáxias, as chamadas galáxias de explosão de estrelas, podem nos dizer muito sobre como elas se desenvolveram com o passar do tempo. Galáxias de explosão de estrelas, contêm uma região, ou muitas regiões, onde as estrelas estão se formando a uma alta taxa, de modo que a galáxia está se alimentando do seu gás numa velocidade maior que ele pode ser reestabelecido.
A NGC 4536 é uma dessas galáxias e aparece nessa bela e detalhada imagem feita pela Wide Field Camera 3, ou WFC 3 do Telescópio Espacial Hubble. Essa galáxia está localizada a aproximadamente 50 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Virgem, e tem uma região com extrema formação de estrelas. Existem alguns fatores diferentes que levam a um ambiente ideal onde as estrelas podem se formar nessa alta taxa. O que elas precisam ter, sem dúvida, é um suprimento massivo de gás. Isso pode ser adquirido de inúmeras maneiras, por exemplo, passando perto de outra galáxia, numa colisão de galáxias ou como o resultado de algum evento que força uma grande quantidade de gás num pequeno espaço.
A formação de estrelas deixa algumas pegadas, e algumas pistas, então os astrônomos podem nos dizer onde as estrelas nasceram. Nós sabemos que as regiões de explosões estelares são ricas em gás. Estrelas jovens nesses ambientes extremos normalmente vivem rápido e morrem jovens, queimando de maneira extremamente quente e exaurindo seu suprimento de gás de maneira muito veloz. Essas estrelas também emitem uma grande quantidade de luz ultravioleta extrema, que arranca os elétrons de qualquer átomo de hidrogênio que passa perto, num processo chamado de ionização, deixando para trás nuvens de hidrogênio ionizado, conhecidas como regiões HII.
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