Uma nova imagem em altíssima resolução produzida por um telescópio do ESO (Observatório Europeu do Sul) oferece incríveis detalhes da nebulosa Laguna, um dos berçários estelares mais observados da Via Láctea. Para que se tenha uma ideia, ele foi descoberto pelo astrônomo italiano Giovanni Battista Hodierna menos de meio século depois que Galileu Galilei pela primeira vez apontou um telescópio para o céu, em 1609.
Facilmente observável com telescópios caseiros na constelação de Sagitário, a nebulosa está a cerca de 5.000 anos-luz da Terra. Com um diâmetro de aproximadamente 100 anos-luz, ela está salpicada de estrelas jovens, nascidas em meio à poeira e ao gás. Novos sóis, muitos com sua família de planetas.
O que mais impressiona, contudo, é o tamanho da nova imagem, obtida com o VST (VLT Survey Telescope), instalado em Paranal, no Chile. Com uma largura de respeitáveis 16 mil pixels, ela permite um zoom considerável para observar detalhes de cada uma das estrelas presentes na nuvem, cheia de gigantes azuis que detonarão como supernovas explosivamente em alguns milhões de anos.
Estamos falando de um cantinho da Via Láctea, e a quantidade de estrelas visíveis nos desafia com a irrefutável grandeza do cosmos. Será que ao redor de ao menos uma dessas estrelas surgirá um planeta capaz de abrigar uma biosfera pujante, como a da Terra? Uma olhadinha casual não permite acreditar que não.
A imagem foi colhida como parte de um grande projeto de varredura do céu chamado VPHAS+. E representa a detecção em luz visível, ou seja, é aproximadamente o que veríamos se estivéssemos por lá.
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