A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) vai enviar ao espaço um telescópio capaz de descobrir planetas rochosos e sistemas planetários além do Sistema Solar. A missão, denominada Plato, será lançada em 2024 pelo foguete Soyuz.
O projeto tem a participação de pesquisadores da Universidade de São Paulo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Instituto Mauá de Tecnologia e Universidade Presbiteriana Mackenzie. O custo é estimado em mais de 600 milhões de euros para a ESA, mas, somando as contribuições dos países-membros, pode chegar a quase 1 bilhão de euros.
Mais de 1.000 planetas já foram descobertos fora do Sistema Solar, mas nenhum até agora se mostrou realmente parecido com a Terra em termos de tamanho e distância em relação a uma estrela semelhante ao Sol. A sonda vai buscar especificamente planetas rochosos, como a Terra, em zonas consideradas habitáveis, que correspondem à região ao redor de uma estrela na qual a água consegue se manter em estado líquido. "Plato vai ser a nossa primeira tentativa de identificar planetas habitáveis próximos, que nós poderemos realmente analisar em busca de vida", disse Don Pollacco, da Universidade de Warwick, no Reino Unido, à BBC.
A sonda é composta por 34 telescópios, montados em um único satélite. Ela vai monitorar as estrelas mais próximas da Terra e mais brilhantes, à procura de oscilações de luz que ocorrem quando um planeta passa pela frente desses corpos celestes. Plato será o terceiro lançamento selecionado pelo programa Cosmic Vision da ESA. Os dois primeiros serão o Solar Orbiter, telescópio espacial que vai estudar o Sol, em 2017, e o Euclid, telescópio voltado para o estudo da energia escura, uma forma hipotética de energia que estaria relacionada à expansão do universo, previsto para 2020.
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