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domingo, 13 de outubro de 2013

Galáxias se alimentam secretamente de gases

Quasar Artist's Impression How Galaxies Refuel

Agora, um novo método está permitindo que pesquisadores tenham uma luz sobre como as galáxias se mantêm funcionando. Usando a iluminação do centro brilhante de outra galáxia de fundo, os cientistas revelaram as melhores observações até o momento de uma galáxia se reabastecendo.

A equipe de astrônomos utilizou o Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul no Chile para estudar os dois objetos, localizado na constelação Tucana, ao sul.
Conhecido como um quasar, a fonte extremamente luminosa faz parte de um centro galáctico alimentado por um buraco negro supermassivo. Brilhando através da galáxia em primeiro plano, a luz do quasar revela não apenas o fluxo de materiais dentro da galáxia, mas também seu movimento e composição.

“O gás frio – principalmente os átomos de hidrogênio – é muito tênue, difícil de detectar”, conta o principal autor da pesquisa, Nicolas Bouché, do Instituto de Pesquisa em Astrofísica e Planetologia em Toulouse, na França.
Os pesquisadores estão usando um quasar brilhante – o HE 2243-60 – para estudar o gás ao redor de qualquer galáxia. Tal emparelhamento revela a localização do gás, o que Bouché chama de “uma peça crítica de informação”. Usar um quasar também possibilita que eles estudem galáxias mais distantes. A galáxia mais jovem fica a cerca de 11 bilhões de anos-luz da Via Láctea, 80% além do universo visível.

“Esta é uma galáxia muito jovem, vista apenas 2 bilhões de anos após o Big Bang, ainda em seus estágios iniciais de formação”, disse Bouché.
A equipe de Bouché foi capaz de demonstrar que o gás em torno das galáxias estava sendo atraído por elas. Movendo-se para dentro, o gás gradualmente aumenta a velocidade até que corresponda à velocidade de rotação da galáxia. Em vez de correr imediatamente para o centro, o gás se reúne no halo galáctico, levando 400 milhões de anos para chegar ao centro da galáxia. Uma vez lá, ele se torna a matéria-prima para novas estrelas.
O gás que entra revelou uma pequena surpresa para os astrônomos: continha elementos mais complexos do que a maioria dos modelos previa. Estes elementos formam no coração das estrelas, e estão espalhados em suas mortes explosivas, às vezes saindo de suas galáxias mães.

“Isso indicaria que alguma mistura ocorreu anteriormente – talvez a um bilhão de anos ou mais antes – entre o gás intergaláctico intocado e as saídas enriquecidas”, disse Bouché.
O novo método de observação oferece oportunidades para estudos mais detalhados, mas vem com algumas limitações. Bouché e sua equipe planejam continuar os estudos de galáxias com a utilização de uma variedade de telescópios e instrumentos. Com um novo equipamento, será possível mapear os gases intergalácticos

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