O mundo já tomou conhecimento dos experimentos no laboratório italiano de Gran Sasso, que estuda a fundo o funcionamento dos neutrinos. São partículas subatômicas efêmeras, e o sol lança bilhões delas sobre a Terra a cada instante. Os cientistas se convencem cada vez mais que a compreensão dos neutrinos pode dar muitas informações sobre o funcionamento do sol e de outras estrelas.
No último mês, ficou notória a pesquisa do laboratório de Gran Sasso que afirma ter colocado os neutrinos para viajar em uma velocidade superior à da luz, algo que ainda não é aceito por toda a comunidade científica internacional. Este novo experimento, feito no mesmo local, teve como foco a interação entre nós e os neutrinos provenientes do sol.
Os neutrinos, que não têm carga elétrica e raramente interagem com a matéria, são gerados a partir de mecanismos radioativos que, na superfície de nosso astro luminoso, acontecem de forma natural. A cada segundo, 65 bilhões de neutrinos por centímetro quadrado incidem sobre a Terra.
Recentemente, um potente e sensível detector de neutrinos, que usa mais de 2.200 sensores, descobriu que
essas partículas têm massa, algo que era negado há até pouco tempo. Os cientistas notaram que o neutrino proveniente do sol é gerado, em grande parte, pelo decaimento de átomos de berílio-7, um elemento instável que se encontra em rochas minerais na Terra.
Conforme investigação dos pesquisadores, essa liberação constante de bilhões de neutrinos representa 10% da massa que se esvai constantemente do sol. E a massa dos neutrinos ainda varia conforme mais uma variável: os seus “sabores”.
Existem neutrinos de elétrons, de múon e de tau, sendo essas três partículas de carga negativa. Neutrinos de elétron só interagem em ocorrências onde haja outros neutrinos de elétrons, e o mesmo vale para os outros dois tipos.
Os cientistas descobriram que um neutrino pode oscilar de um sabor a outro durante sua viagem ao sol, embora ainda sejam necessários estudos mais profundos para que isso se confirme. Mas isso é apenas a ponta do iceberg. No futuro, os cientistas esperam detectar exatamente que tipo de partículas o sol emite para nós, com seus respectivos motivos.
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