Esta imagem surreal mostra uma gigantesca nuvem de gás e poeira (que, na opinião deste que vos escreve, se parece um pouco com uma lagarta a caminho de sua refeição) e uma estrela que está sendo “devorada” por uma radiação ultravioleta extrema, vinda de 65 das mais quentes e brilhantes estrelas já registradas.
As estrelas, do tipo O, estão a 15 anos-luz para a direita da imagem. Elas estão junto com outras 500 estrelas do tipo B, menos brilhantes, e formam o grupo chamado de “associação Cygnus OB2″. A massa do grupo todo é 30.000 vezes maior que a do nosso Sol.
Primeiras estrelas do universo podem estar visíveis até hoje.
A “lagarta” se chama IRAS 20324+4057 e é na verdade uma proto-estrela nos estágios iniciais de evolução. Na etapa em que se encontra, ela está “coletando” material da nuvem que a rodeia para formar sua massa estelar, e ao mesmo tempo está perdendo o envelope de matéria para o vento (sim, há vento no espaço) causado pelo grupo Cygnus OB2.
Esta e outras proto-estrelas normalmente acabam por formar estrelas com massa entre 1 e 10 massas solares, mas, por causa da radiação de Cygnus OB2, sua massa será bem menor.
Estrelas bebês na nebulosa Rosette
A imagem acima é composta por dados capturados pela Hubble Advanced Camera for Surveys em 2006, e por dados capturados pelo Isaac Newton Telescope em 2003.
A IRAS 20324+4057 está a uma distância de 4.500 anos-luz do sistema solar, na constelação Cygnus.
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