A matéria escura é um tipo de matéria não-bariônica que, embora interaja gravitacionalmente, não interage eletromagneticamente. Na prática, isto significa que a matéria escura sofre e exerce a ação gravitacional do mesmo modo que a matéria ordinária, mas não emite nenhum tipo de radiação eletromagnética e, portanto, não pode ser vista em nenhuma faixa do espectro eletromagnético.
Como, então, podemos detectá-la e comprovar sua existência? Através de métodos indiretos, como o fenômeno de lente gravitacional: imagine que, entre nós e uma galáxia muito distante existe uma grande quantidade de matéria escura. A luz emitida pela galáxia, ao vir em nossa direção, quando passa pela região onde se encontra a matéria escura, seguirá uma trajetória curva, passando rente à massa escura, sendo, portanto, detectável.
Descobriu-se a existência da matéria escura devido à necessidade de medir o perfil rotacional das galáxias e sua distribuição de massa. Ao fazer essas medições, os Astrofísicos descobriram que, por exemplo, a distribuição de massa da galáxia, que deveria se tornar menor à medida em que fossem se afastando do núcleo, permanecia constante, sugerindo a existência de uma matéria cuja interação eletromagnética fosse nula.
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