A crosta de gelo que envolve Plutão pode esconder um oceano líquido com condições de abrigar vida.
Agora considerado um planeta anão, Plutão está tão distante do Sol que a temperatura na sua superfície varia em torno de -230 graus Celsius, mas há muito tempo pesquisadores especulam se seu núcleo pode gerar energia suficiente para sustentar um oceano.
Segundo Guillaume Robuchon e Francis Nimmo, da Universidade da Califórnia, há uma boa chance que a resposta seja sim.
Eles calculam que a existência do oceano depende de dois fatores: a quantidade de potássio radioativo no núcleo rochoso de Plutão e a densidade do gelo que o cobre.
Medições sugerem que o núcleo rochoso responde por 40% do volume do planeta anão. Assim, se ele contém potássio a uma concentração de 75 partes por bilhão, seu decaimento pode produzir calor suficiente para derreter parte do gelo sobre ele, que é feito de uma mistura de nitrogênio e água.
A Terra, provavelmente formada em um ambiente com menor quantidade deste elemento volátil devido a sua proximidade do Sol, tem 10 vezes essa concentração em seu núcleo.
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