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sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Qual é a pronúncia correta de exoplaneta: "ekzoplaneta" ou "ezoplaneta"?

 A palavra "exoplaneta" foi cunhada há muito pouco tempo e já tem um vigor impressionante, tanto no meio acadêmico, quanto na cultura popular. Isso decorre do fascínio que a Astronomia exerce sobre a humanidade, instigada agora pela onda de descoberta de planetas e sistemas planetários ao redor de outras estrelas.


Embora seja composta exclusivamente por elementos gregos, a palavra "exoplaneta" entrou no Português através do Inglês "exoplanet", com sentido de planeta extrassolar, isto é, que gira ao redor de outra estrela que não o Sol. Não há registro sobre quem cunhou esta palavra. Uma busca no 
ADS indica que os registros mais antigos dela podem ser encontrados em duas comunicações especiais apresentadas em um colóquio promovido pela ESA em dezembro de 1992:

  1. Searching for exoplanets
  2. A space interferometer for the search for terrestrial exo-planets by ro

Isso sugere que a palavra já estivesse em uso em algumas conferências e colóquios ao longo de 1992, ao menos na Europa. A incerteza na grafia correta (exoplanet ou exo-planet) reforça a hipótese de que ela estava começando a ser usada nas comunicações científicas. Só no ano seguinte ela surge em um resumo publicado no Bulletin of the American Astronomical Society.

1992 é também o ano em que os primeiros planetas extrassolares foram encontrados, ao redor do pulsar PSR 1257+12 por Wolszczan & Frail 
(1992; Nature. 355, 145). Parece ser, de fato, o ano em que o termo "exoplaneta" nasceu, ao menos em sua roupagem em Inglês.

O sinônimo "planeta extrassolar" também deriva do Inglês, neste caso de "extra-solar planet", o qual, por sua vez, é bem mais antigo que "exoplanet". Sua ocorrência mais antiga parece o artigo An Extra-Solar Planet?, de W. van de Bos, em 1943! Mas talvez o criador do termo pode ter sido outro astrônomo, Kaj A. Strand, do Sproul Observatory, pois van den Bos na verdade publica uma crítica à suposta descoberta de um planeta extrassolar de 16 MJ ao redor de 61 Cygni por Strand. Curiosamente, Strand deu a esse suposto planeta o nome Osíris. Essa descoberta nunca foi confirmada, mas o nome Osíris também foi dado décadas depois a outro exoplaneta: o HD 209458b.

Uma vez que tenha vindo direto do inglês, alguns astrônomos tanto profissionais quanto amadores, têm pronunciado a palavra "exoplaneta" como /eksopla'neta/. A pronúncia correta em Português é /ezopla'neta/. O prefixo grego ἔξω, "de fora, externo", compõem várias palavras eruditas tais como exodermia, exoesqueleto, exosfera, exotérmico, exótico. Todas, sem exceção, são anotadas com /z/ nos melhores dicionários de Português, que indica que sua pronúncia deve ser feita com /z/ e não com /ks/. Exoplaneta não está ainda dicionarizada, devido a sua juventude, mas nada sugere que esta seria tratada de modo diferente.

A pronúncia à inglesa não precisa se sobrepor às regras e costumes fonológicos já consolidados do Português. O termo "extra-solar" é lido em Inglês com /ks/, mas ninguém, ou quase ninguém, pronunciaria afetadamente em Português extrassolar com /ks/. Por que apenas para exoplaneta (z) importaríamos uma pronúncia anglofônica?

Por fim, embora o sufixo seja diferente, a pronúncia do X tem o mesmo tratamento: a pronúncia correta de "hexágono" é /e'zagonu/ ou /e'ksagonu/?

O Clima nos Outros Planetas

 Mercúrio

Mercúrio é um planeta que quase não tem atmosfera e, por isso, não possui climas com características definidas, como chuva, ventos e nuvens. No entanto, as temperaturas vão de um extremo ao outro: a superfície mais próxima do Sol pode chegar a 427 °C, enquanto durante a noite a temperatura pode cair para -187 °C, já que não há atmosfera para ajudar a reter o calor diurno. Por isso, esse pequeno planeta tem a maior amplitude térmica entre todos do nosso sistema.

Vênus

Vênus possui uma espessa atmosfera composta de nuvens de ácido sulfúrico e dióxido de carbono. Essa combinação age como uma potente estufa prendendo o calor e mantendo a superfície em altas temperaturas.

O clima por lá é extremo quando comparado aos padrões terrenos: pode atingir uma temperatura média de 450 °C. Devido a essas características é que Vênus tem o título de planeta mais quente do Sistema Solar, e não Mercúrio, apesar de este estar mais próximo do Sol.

Marte

Graças a sua órbita extremamente elíptica, o clima em Marte varia significativamente. O inverno marciano pode chegar a -125 °C, enquanto as temperaturas no verão podem atingir confortáveis 22 °C. Um evento muito comum em nosso vizinho são as tempestades de areia consideradas as maiores do Sistema Solar, sendo capazes de cobrir o planeta por vários meses.

Júpiter

Júpiter apresenta fenômenos climáticos semelhantes aos observados na Terra: tempestades de raios com descargas elétricas até mil vezes mais poderosas que as vistas por aqui, auroras intensas que raramente param próximas dos polos e tempestades de ventos de até 400 km/h, como é o caso da Grande Mancha Vermelha do planeta.

As flutuações sazonais são muito discretas, uma vez que Júpiter está inclinado a apenas 3 graus de seu eixo. Apesar de suas cores vivas darem uma sensação de calor, o planeta é bem frio com uma temperatura média de -150 °C.

Saturno

Uma das principais características do clima de Saturno são suas violentas tempestades elétricas. Entre 2004 e 2017, a espaçonave Cassini orbitou o planeta e conseguiu registrar relâmpagos até durante o dia. De acordo com a NASA, alguns dos raios podem ser até 10 mil vezes mais poderosos que os da Terra. O planeta também é muito frio, com temperaturas em torno dos -178 °C.

Urano

Urano é o 3º maior planeta do nosso Sistema Solar. Sua atmosfera é composta por metano, hélio e hidrogênio. Infelizmente, ainda não sabemos muito sobre o clima desse gigante gasoso. Contudo, já foi possível descobrir algumas coisas.

Por exemplo, nas camadas mais altas da sua atmosfera a temperatura pode chegar a 200 graus negativos, enquanto a média do planeta é de -178 °C. O telescópio Hubble ajudou a revelar que as nuvens circundam o planeta a uma velocidade de 480 km/h.

Netuno

Netuno, o planeta mais distante do Sol, é o dono dos ventos mais rápidos do Sistema Solar. Nas altitudes mais elevadas, onde o metano está presente e confere a cor azul ao planeta, eles podem chegar a 2.100 km/h.

Esses ventos também dão origem a algumas tempestades gigantescas, a exemplo da “Grande Mancha Escura”, observada pela sonda Voyager em 1989. A temperatura média é extremamente fria chegando a -225 °C. Tritão, o maior satélite de Netuno, detém o recorde de temperatura mais baixa do nosso Sistema Solar:-235 °C.

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Torus

 Até agora, todos os planetas observados têm sido encontrados na forma de um geóide, um termo científico que se refere precisamente a uma forma semelhante à da Terra, ou seja, uma esfera ligeiramente esmagada nos pólos pela força centrípeta dada pela rotação em torno do seu eixo.

No entanto, a matemática concluiu que outra forma alternativa possível ao geóide é o toro

 que, em termos práticos, é a forma de um donut.

A informação que estou agora relatando é o crédito pelo trabalho duro e meticuloso de Anders Sandberg

 , que propôs uma simulação deste mundo hipotético em seu blog pessoal, que eu convido você a consultar.


Estudo matemático

As especulações sobre a possível forma dos corpos celestes têm avançado desde o tempo de Newton. No século XVIII, os estudos de MacLaurin aprofundaram o tema e permitiram a Jacobi concluir que, em altas velocidades de rotação, a estabilidade dos elipsóides (direita) era maior que a dos esferóides (esquerda), abrindo assim um novo caminho para o estudo das formas que os planetas podem tomar.

O equilíbrio dos corpos toroidais autogravantes

 tem sido estudado por matemáticos e astrofísicos, incluindo Poincare, Kowalewsky e Dyson. Esses estudos mostraram como, em condições de considerável velocidade de rotação e não sem a presença de oscilações capazes de colapsar o corpo, os elipsóides previamente estudados poderiam "transformar-se" em toros sem comprometer a estabilidade global. Dyson também observou que, para as relações entre o raio do tubo principal e o raio do tubo segundario superior a 3, o toro se tornaria instável.

No papel, as condições necessárias para a formação de planetas toroidais resultariam na presença de uma massa considerável girando em alta velocidade em torno de seu eixo. Se a velocidade tivesse excedido valores específicos, a força centrípeta teria ganho a força da gravidade levando à ruptura da forma, caso contrário o toro teria colapsado num esferóide muito mais estável. Portanto, o toro representava uma forma metástase para um planeta que, portanto, só seria possível sob condições especiais.


Gravidade

A forma particular do planeta em questão tornaria a força da gravidade desigual na superfície toroidal (foto), ao contrário dos geóides, devido à presença de uma grande quantidade de massa acima da cabeça de um observador hipotético na superfície interna.

Vejamos agora o caso de um toro esmagado em que esta não uniformidade é ainda mais pronunciada.

Além disso, para que o toro se mantenha estável e não caia numa quase-esfera, deve rodar a velocidades consideráveis e, consequentemente, a força percebida por um objecto na superfície seria dada pela resultante entre a gravidade e a força centrípeta, acentuando assim a não uniformidade das forças percebidas.


Satélites naturais

As forças das marés associadas à presença de satélites teriam sido suficientes para provocar o colapso da estrutura. Assumindo agora que não existem satélites naturais suficientemente grandes para perturbar a estabilidade estrutural do touro, poderíamos assumir as possíveis órbitas destes corpos ao redor deste planeta:

  • Uma primeira opção de órbita seria ver os satélites puxarem "oito" em torno do núcleo do touro e passarem pelo seu centro de simetria.
  • Uma segunda opção seria oscilar os satélites no "buraco" do touro, possivelmente com uma inclinação. O caso mais particular seria aquele em que o satélite oscila na correspondência do eixo de simetria, procedendo "de cima para baixo" no centro da figura (a este respeito, convido-vos a consultar a animação na parte inferior da página).
  • As órbitas elípticas, por outro lado, podem ser circulares ou elípticas, tal como na Terra.
  • As órbitas polares, por outro lado, seriam muito mais complexas.

Energia geotérmica e clima

Com uma área de superfície muito maior para o mesmo volume, pode-se pensar que o toro libera mais energia térmica, reduzindo o vulcanismo de placas e a tectônica. No entanto, mesmo uma pequena quantidade de calor devido a influências solares poderia liberar uma grande quantidade de energia armazenada no momento angular do corpo, compensando ambos os efeitos.

A rotação e o raio do toro também afectariam a deriva dos continentes, empurrando-os para fora. Como resultado, você poderia se encontrar com paisagens planas ou paisagens imersas em água por dentro, enquanto que por fora, encontraríamos mais relevos orográficos.

Finalmente, assumindo um ângulo do eixo de rotação de 23° e uma distância do Sol igual à da Terra, acabaríamos por ter um ciclo sazonal semelhante ao da Terra, com excepção de algumas características importantes relacionadas com a forma.

Ao contrário da Terra, onde os ciclos sazonais são influenciados não só pela inclinação, mas também pela latitude, num planeta toroidal, também é necessário distinguir entre áreas internas e externas. Os gráficos seguintes mostram-no: na abcissa se indica a posição ao redor do trecho do toro (0° equivale à parte mais interna, 180° à parte externa) enquanto que nas ordenadas se indica a temperatura.

Mudanças de temperatura semelhantes entre as diferentes zonas resultariam na presença de ventos consideráveis em movimento contínuo na superfície.

A suposição de uma rotação muito maior do que a da Terra também determinaria efeitos muito mais explosivos sobre o magnetismo, que seria consideravelmente mais forte do que a Terra e, ao mesmo tempo, muito mais homogêneo sobre toda a superfície toroidal.


A conselho de alguns utilizadores, foi-me pedido para adicionar algumas imagens que fazem a ideia de um tal planeta.

Esta animação mostra antes o caso particular em que o satélite natural oscila ao longo do eixo de simetria do touro (um exemplo que discutimos nas órbitas possíveis).

Notas de rodapé

Sobre as órbitas

Um sistema solar surge de uma nuvem gigantesca que lentamente se condensa para formar uma estrela e planetas que a orbitam, além de asteroides, cometas e planetas-anões. A razão pela qual todos estes objetos orbitarão no mesmo sentido é que eles são feitos da matéria que formava a nuvem gigantesca original e, por isso, mantém seu momento angular.

Vamos visualizar esta nuvem:

Sabemos que o momento angular se conserva. Todos já vimos imagens de patinadores no gelo girando lentamente com seus braços abertos, e quando os braços se aproximam dos corpos, o giro aumenta de velocidade. Quanto mais o patinador concentra sua massa próxima de seu corpo, mais rápido gira. Esta lei também se aplica à nossa nuvem estelar.

Começamos com uma nuvem gigantesca, que possui algum momento angular. Por conta disto, ela gira muito, muito lentamente em um sentido. Conforme começa a se condensar devido à gravidade, o momento angular se torna mais evidente, já que a nuvem passa a girar mais rapidamente.

O centro da nuvem é onde a massa passa a se concentrar mais, e é lá que a estrela se forma. Tudo o que sobra vai orbitar esta massa central. Um objeto de massa menor orbita um de massa maior próximo de seu centro - na verdade, de seu baricentro, mas é bem perto. Isto significa que a matéria da nuvem não pode orbitar o objeto central assim:

Já que ela orbitará o centro do objeto maior, as órbitas seriam mais parecidas com isto:

Um sistema assim pode existir, mas não por muito tempo. As duas camadas inclinadas possuem componentes verticais de movimento, fazendo com que se cruzem na camada central. Ou seja, teremos colisões. Com o tempo estas colisões não-elásticas acabarão com o componente vertical do movimento, fazendo com que todas as partículas passem a girar num plano bastante estreito, como este:

Com a passagem do tempo, as partículas neste plano também se condensarão em corpos maiores, e aí aparecerão os planetas. E os planetas anões, asteroides e cometas.

Se um sistema solar possui um corpo que não gira neste plano nem na mesma direção do resto do sistema, ele provavelmente foi capturado de outro sistema solar

O que impede a queda dos planetas nas estrelas?

Exemplo claro:

  1. Desenhe um ponto minúsculo na palma de sua mão.
  2. Com um pendulo tente acertar esse ponto.
  3. Falhe miseravelmente.
  4. Veja o pendulo balançar pra um lado e pro outro.

A mesma coisa acontece no universo.

1. Uma estrela já está em movimento girando envolta da galaxia.

2. O planeta começa a ser atraido para estrela

3. A força de atração A (planeta) para B (estrela) é "curva", ou seja A vai ser puxado para a direita.

4. Ao se aproximar essa força se mantem, porém de forma circular envolta de B e ai esse é o resultado:

A orbita.

Mas isso não quer dizer que o satelite fica estavel girando.

Aos poucos ele vai se distanciando, mas é uma diferença tão pouca que precisa de milhões de anos para ser notada.

"Nada me assusta e me fascina mais do que o universo: a incerteza mais bela na qual estamos inseridos."

Planetas Achatados?

Um exemplo é Saturno, que tem uma forma aparentemente esférica, mas, devido a grande velocidade de rotação no equador do planeta, ele é mais achatado nos polos. O fenômeno se observa em todos os planetas como a Terra e planetas gigantes gasosos, entre outros. A diferença é que, em alguns, o achatamento é evidente e em outros como a Terra, possuem achatamentos realmente pequenos. Nosso planeta tem um diâmetro polar cerca de 43 km menor que o diâmetro equatorial.

Planeta Saturno que, apenas olhando, não é possível perceber com facilidade o achatamento, mas perceberá essa característica se medir suas dimensões de maneira aproximada.

Alguns planetas-anões como Haumea, possuem uma clara estrutura achatada que se difere da estrutura dos planetas não anões porque a sua massa, diâmetro e rotação não são suficientes para que uma estrutura esférica seja causada.

Concepção artística do planeta-anão Haumea em rotação.

Alguns exoplanetas presos ao campo gravitacional das suas estrelas, tem uma estrutura também diferente. Eles tem a rotação presa por maré e, quando próximos o suficiente, eles podem perder massa também pela influência da estrela.

Concepção artística de um planeta gasoso perdendo massa.

E existem os planetas de contato, que são dois planetas que não colidiram, mas que, aos poucos foram aproximando-se até tocar suavemente um ao outro. Algo semelhante ao que pode ser observado no asteroide Ultima Thule, visitado pela New Horizons ou com o cometa Churyumov-Gerasimenko. A diferença é que os planetas de contato são um dos mais raros tipos de planeta, justamente pela condição difícil de corpos de contato com massa grande serem formados dessa maneira.

Imagem do asteroide Ultima-Thule para ilustrar a ideia de planeta de contato.

Imagem do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Note o formato semelhante ao Ultima Thule e seus fragmentos escapando de sua superfície pela ação do vento solar.

Embora a definição de planeta afirme que planetas devem ser esféricos, não afirmam que eles devem ser perfeitamente esféricos, pois planetas assim não existem nas condições comuns de observação, ou seja, apenas a sua forma dominante deve ser esférica o suficiente para não se assemelhar como, por exemplo, o planeta-anão Haumea.

PSO J318.5-22

 Nem todos, conheça o PSO J318.5-22, não, isso não é um RG, muito menos uma placa de caminhão, é um gigante gasoso (exoplaneta) com as dimensões de Júpiter e fortes tempestades de areia e ferro fundido, sim, esse é um péssimo lugar para se visitar nas férias.

Ele está localizado entre 75 e 80 anos-luz da Terra, na (próximo da) constelação de Capricornus e não orbita nenhuma estrela.

Por que chamamos de "planeta terra" se mais de 70% da superfície é água?

 



Vamos começar pelo fato de que até o século XVI-XVII, não se considerava a Terra um planeta.

Ela era o centro do sistema solar e basicamente do universo. Planetas, do grego “estrelas vagantes” eram as estrelas móveis que mudavam de lugar nas constelações, girando ao redor da Terra de forma complexa.

Havia o firmamento, onde estavam a estrelas, planetas, Sol e Lua… e a TERRA, onde viviam as pessoas, animais, etc. E os mares. Mas basicamente, o universo era dividido entre terra, mar e firmamento, e as pessoas, civilização, viviam na TERRA.

Mais tarde, se passou a chamar de terra TODA a superfície da ESFERA (gregos 400 AC já haviam calculado inclusive o tamanho da esfera, e que a terra era uma esfera era algo aceito no tempo dos romanos e durante a idade média). Mas ainda assim, era a esfera terra, centro do universo, não um planeta.

Quando vimos que a Terra era somente um dos planetas orbitando o Sol, não houve uma “convenção” para decidir o nome deste planeta. Simplesmente , de forma natural, continuou se chamando o lugar onde as pessoas viviam de TERRA,

Obs: muitos dizem erroneamente que todos planetas foram nomeados como um deus romano, inclusive a Terra, que era uma deusa romana, baseada na grega Gaia.

é importante dizer que Gaia e Mater Terra (Mãe Terra) nunca foram deusas do PLANETA Terra, e sim deusas da terra (com letra minúscula, no sentido de solo), deusas da agricultura, fertilidade do solo, etc.

Gato de Schrodinger

 


Quando Schrodinger propôs o experimento do Gato de Schrodinger, ele realmente considerava a possibilidade do gato estar vivo e morto ao mesmo tempo?

O que ele quis explicar com essa experiência mental é que existem situações a nível quântico (=dentro da caixa) onde não é possível saber o que acontece (=se o gato está vivo ou morto) em tempo real (=tem que abrir a caixa, interrompendo a experiência para verificar, impossível monitorar em tempo real, a nível de partículas elementares até observar pode alterar a experiência), então pode ser que esteja vivo, pode ser que não. A solução é repetir a experiência muitas vezes (dezenas, milhares de vezes) e criar uma base estatística, e dizer que em a% das vezes que abrimos a caixa após 5 minutos o gato estava vivo, após dez minutos b%, etc. Isso implica que a mecânica quântica não é determinística (a mecânica clássica é determinística: se o cometa de Halley passou hoje e a órbita dele é tal, é possível calcular que ele voltará no dia tal daqui a setenta anos) mas é estatística (provavelmente o gato estará morto em 50% dos casos após 10 minutos, mas não da para afirmar com certeza absoluta, ele também poderá estar vivo).

Nenhum gatinho foi sacrificado pala a elaboração desta resposta.



Reanálise do buraco negro supermassivo central da Via Láctea mostra estrutura alongada

 Uma equipe de pesquisa liderada pelo Professor Assistente Makoto Miyoshi do Observatório Astronômico Nacional do Japão (NAOJ) reanalisou independentemente dados de observação do buraco negro supermassivo no centro da galáxia Via Láctea obtidos e publicados pelo projeto internacional de observação conjunta Event Horizon Telescope (EHT). Eles descobriram que a estrutura é ligeiramente alongada na direção leste-oeste. 

Imagem final de Sgr A* obtida do nosso processo de imagem. Crédito: Monthly Notices of the Royal Astronomical Society (2024). DOI: 10.1093/mnras/stae1158

Esta pesquisa, publicada no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society , analisa de novo os dados do EHT disponíveis publicamente e demonstra o processo científico no qual a certeza da resposta aumenta à medida que diferentes pesquisadores continuam a examinar e discutir uma teoria.

A galáxia Via Láctea, na qual vivemos, contém mais de 100 bilhões de estrelas semelhantes ao Sol. Existem inúmeras dessas grandes galáxias no universo, a maioria das quais acredita-se ter buracos negros supermassivos em seus centros com massas de milhões a bilhões de vezes a do Sol. A galáxia Via Láctea também tem um buraco negro supermassivo em seu centro, chamado Sagitário A* (estrela A).

O buraco negro engole tudo, incluindo luz, tornando impossível ver o buraco negro supermassivo em si, mas a análise de estrelas circulando o buraco negro em alta velocidade indica que Sagittarius A* tem uma massa aproximadamente 4 milhões de vezes maior que a do sol. Observando de perto seus arredores, podemos obter pistas sobre a natureza do buraco negro invisível.

O EHT observou Sagittarius A* em 2017 com uma rede de oito radiotelescópios terrestres usando uma técnica conhecida como radiointerferometria para combinar os resultados dos vários telescópios. Os resultados dessas observações foram publicados em 2022, incluindo uma imagem de uma estrutura de anel brilhante ao redor de uma região central escura, indicando a presença de um buraco negro.

Em contraste com a fotografia típica, dados de observações que ligam vários radiotelescópios amplamente separados contêm muitas lacunas na completude, então algoritmos especiais são usados ​​para construir uma imagem a partir dos dados. Nesta pesquisa, a equipe aplicou métodos tradicionais amplamente usados ​​aos dados do EHT, em oposição ao próprio método de análise original do EHT.

Miyoshi explica, "Nossa imagem é ligeiramente alongada na direção leste-oeste, e a metade leste é mais brilhante do que a metade oeste. Achamos que essa aparência significa que o disco de acreção ao redor do buraco negro está girando."

Os dados observacionais e métodos de análise do EHT estão disponíveis gratuitamente, e muitos pesquisadores validaram os resultados da análise do EHT. Esta pesquisa também faz parte dessas atividades regulares de verificação.

A radiointerferometria que conecta telescópios ao redor do mundo é uma tecnologia em desenvolvimento, e pesquisas sobre análise de dados e processamento de imagens estão em andamento, incorporando conhecimento de estatística e outras disciplinas relacionadas.

As estruturas apresentadas nesta pesquisa diferem dos resultados da equipe do EHT, mas ambas são estruturas plausíveis derivadas dos dados usando os respectivos métodos. O EHT desempenha um papel importante na pesquisa de buracos negros ao solicitar verificação independente e fornecer dados abertos para verificação.

Espera-se que uma imagem mais confiável de Sagitário A* surja da discussão ativa de pesquisadores com base em métodos de análise aprimorados e dados de observações de acompanhamento realizadas desde 2018.

Fonte: phys.org

O universo pode terminar em um 'Big Freeze', sugere modelo holográfico do universo

 Uma nova pesquisa sugere que uma forma hipotética de energia escura, chamada “energia escura holográfica”, pode parar a expansão do universo, levando a um destino sombrio: um “congelamento longo” onde tudo simplesmente? desacelera.

(Crédito da imagem: MARK GARLICK/SCIENCE PHOTO LIBRARY via Getty Images)

O Que Isso Significa

Nesse cenário, o universo continuaria se expandindo, mas alcançaria um tamanho máximo e tudo ficaria tão frio que qualquer atividade essencialmente pararia.

A energia escura é uma força misteriosa que faz o universo se expandir mais rápido. Ela foi descoberta na década de 1990, mas mesmo após mais de 20 anos de pesquisa, ainda é o maior mistério da cosmologia moderna. Ao longo dos anos, os cientistas têm apresentado ideias intrigantes sobre o que é a energia escura e como ela funciona.

Energia Escura Holográfica:

Uma dessas ideias é chamada de “energia escura holográfica”. De acordo com essa teoria, a gravidade e o próprio espaço são apenas uma ilusão. Nosso universo, na verdade, seria bidimensional (ou seja, teria apenas duas dimensões), e forças quânticas exóticas nessa superfície bidimensional criariam a ilusão da gravidade e da estrutura do espaço tridimensional que vemos.

Essa teoria sugere uma expansão natural do universo, que seria o que chamamos de energia escura.

Estudando o Futuro do Universo:

Embora muitos pesquisadores tenham estudado os modelos de energia escura holográfica e maneiras de testá-los, dois astrofísicos examinaram o que aconteceria com o universo no futuro se ele fosse realmente governado por essa energia. Eles publicaram seus resultados no banco de dados de pré-publicações arXiv, em 30 de setembro (essa pesquisa ainda não foi revisada por outros cientistas).

A energia escura ocupa cerca de 70% da energia total do cosmos. À medida que o universo se expande, a densidade tanto da matéria comum quanto da matéria escura diminui, enquanto mais energia escura aparece. Para estudar o destino do universo a longo prazo, os pesquisadores deixaram de lado a matéria e focaram apenas na evolução da energia escura holográfica.

O Que Eles Descobriram:

Eles descobriram que, como esperado, a energia escura holográfica continuará expandindo o universo. Mas, com o passar do tempo, sua influência diminuirá gradualmente e a expansão ficará mais lenta. A taxa de expansão do universo vai diminuir até quase parar, fazendo com que ele atinja um tamanho final.

No entanto, à medida que a expansão do universo desacelera, a densidade da energia escura holográfica também diminui. E como a densidade da matéria também cai com a expansão, o universo começa a parar. Os pesquisadores chamam esse cenário de “congelamento longo”, em contraste com outros destinos possíveis do universo, como o “Grande Congelamento” (onde a expansão acelerada continua sem parar) e o “Grande Colapso” (onde algo faz o universo se contrair novamente em direção ao Big Bang).

O “Congelamento Longo” Não É Uma Boa Notícia:

Embora a expansão do universo eventualmente pare, não haverá novas fontes de energia para a matéria que existe nele. Isso significa que, com o tempo, todas as estrelas vão se apagar e se desintegrar, e todas as partículas subatômicas vão se afastar umas das outras no frio.

Infelizmente, mesmo nas teorias mais exóticas, os cosmólogos não conseguem encontrar uma maneira de dar ao universo um final feliz.

Fonte: livescience.com