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domingo, 2 de julho de 2023

Este pode ser o 1º planeta que sobreviveu à morte da sua estrela

 


Este pode ser o 1º planeta que sobreviveu à morte da sua estrela



 W. M. Keck Observatory/Adam Makarenko

Um exoplaneta improvável foi encontrado. Chamado Halla, ele orbita a estrela gigante vermelha Baekdu a metade da distância entre a Terra e o Sol, ou seja, está tão próximo que deveria ter sido destruído por ela. A sobrevivência dele sugere que, talvez, alguns mundos possam resistir ao fim de suas estrelas.

Em 5 bilhões de anos, o Sol deve esgotar as reservas de combustível para as reações que sustentam sua estrutura. Quando isso acontecer, ele vai se transformar em uma estrela gigante vermelha, cujas camada mais externas vão se expandir. A má notícia é que os planetas rochosos, incluindo a Terra, devem acabar devorados.

Já o planeta recém-encontrado parece ter resistido a este processo. As oscilações da estrela Baekdu mostraram que ela está queimando hélio em seu núcleo, o que mostra que já havia se expandido em uma gigante vermelha. A estrela pode ter se expandido a até 1,5 vez a distância orbital do planeta e, depois, teria voltado ao tamanho normal.

Normalmente, este processo faz com que o planeta e até sua estrela sofram consequências. “O fato de que Halla conseguiu sobreviver nos arredores imediatos da estrela, que o teria engolido, destaca este planeta como um sobrevivente extraordinário”, destacou Marc Hon, autor principal do estudo.

Não se sabe ao certo como Halla sobreviveu, mas os pesquisadores têm algumas suspeitas. Como ele está a 0,4 unidade astronômica (cada UA representa a distância entre a Terra e o Sol) de sua estrela, ele pode ser um tipo de Júpiter quente. Estes exoplanetas são conhecidos por serem gasosos e terem órbitas mais amplas, até que migram para mais perto de suas estrelas.

Mas a estrela que ele orbita evoluiu rapidamente, e talvez esta não seja a provável origem dele. Outra possibilidade é que o planeta talvez nunca tivesse corrido risco de ser engolido. Neste caso, a estrela Baekdu não seria uma só, mas sim duas estrelas que teria se fundido. Este processo pode ter evitado que alguma delas se expandisse a ponto de engolir o planeta.

Por fim, uma terceira possibilidade é que Halla seja um planeta bem jovem, formado pelos gases liberados pela colisão das duas estrelas. “A maioria das estrelas está em sistemas binários, mas não entendemos exatamente como os planetas podem se formar ao redor delas”, explicou Hon. “Portanto, é plausível que mais planetas existam ao redor de estrelas altamente evoluídas, graças a interações binárias”, finalizou ele.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature.

Fonte: Canaltech.com.br

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