A camada superior de solo rochoso da Lua, conhecida como “regolito”, contém oxigênio suficiente para, provavelmente, sustentar 8 bilhões de pessoas por cerca de 100 mil anos.
O segredo está em um processo chamado eletrólise, que consegue produzir oxigênio a partir da poeira lunar.
“Na Terra, esse processo é comumente usado na indústria, como na produção de alumínio”, afirmou. “Uma corrente elétrica é passada através de uma forma líquida de óxido de alumínio (comumente chamada de alumina) por meio de eletrodos, para separar o alumínio do oxigênio.”
É isso que um rover da Austrália, em uma parceria entre a Nasa e a Agência Espacial Australiana, está sendo programado para fazer. De acordo com Anthony Murfett, vice-presidente da entidade australiana, o país planeja construir uma sonda semi-autônoma de 20 kg, que será enviada pela Nasa à Lua em 2026, com o objetivo principal de extrair oxigênio da superfície lunar.
NASA FAZ TESTE ALTERNATIVO SIMULANDO SUPERFÍCIE DA LUA PARA EXTRAIR OXIGÊNIO
Para conseguir esse feito, os cientistas da Nasa utilizaram uma tecnologia chamada de Demonstração de Redução Carbotérmica (CaRD). O equipamento, que foi testado numa câmara que simula a superfície e o solo lunar, aplica um laser de alta energia para derreter o solo. Através desse processo, foi possível sintetizar monóxido de carbono, uma molécula que contém oxigênio.
Esta tecnologia tem o potencial de produzir várias vezes seu próprio peso em oxigênio, o que permitirá a presença humana sustentada e a economia lunar”, afirmou Aaron Paz, engenheiro sênior da Nasa e administrador do projeto CaRD. Segundo nota divulgada pela agência, o equipamento já está pronto para ser testado na lua.
O oxigênio produzido é necessário tanto para possibilitar a respiração humana, quanto para garantir combustível para os propulsores dos veículos lunares.
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