O ALMA foi usado para explorar um dos discos protoestelares mais jovens conhecidos, desvendando uma estrutura espiral que poderia ser fundamental na formação de planetas.
Imagem ALMA do disco protoestelar do sistema HH 211, a 1000 anos-luz de distância na direção da constelação de Perseu. Crédito: ALMA, Lee et al.
O ALMA permitiu que a equipe de pesquisa mergulhasse no início da formação de estrelas e planetas. Em um sistema chamado HH 211 em Perseu, a 1000 anos-luz de distância, uma equipe liderada por Chin-Fei Lee, do Instituto de Astronomia e Astrofísica Academia Sinica (ASIAA), em Taiwan, detectou um dos discos protoestelares mais jovens conhecidos. O disco, que tem apenas cerca de 35.000 anos, tem um tamanho comparável à órbita de Urano e abriga uma surpreendente estrutura espiral.
A equipe identificou um braço espiral dentro do disco, que poderia estar desempenhando um papel crucial no transporte de material em direção à protoestrela central. Isso é fundamental para a formação de estrelas e planetas. Além disso, o braço espiral parece estar aglomerado, o que sugere que a formação de planetas pode estar começando. Usando o ALMA, eles obtiveram uma imagem detalhada do disco em emissão de poeira. Eles aplicaram um filtro passa-alta para revelar as estruturas internas do disco, incluindo o braço espiral.
Essa descoberta ajuda a comunidade astronômica a entender como estrelas e planetas se formam nos estágios iniciais da evolução do sistema estelar. A descoberta de um braço espiral em um disco tão jovem sugere que esses braços podem ser uma característica comum na formação de discos protoestelares.
"Estamos muito entusiasmados por ter detectado e resolvido o jovem disco HH 211, revelando a estrutura inicial do disco protoestelar. Nossa detecção de um braço espiral no plano médio do disco também tem uma implicação importante para o processo de acreção, porque os braços espirais foram previstos para transportar o material do disco para dentro em direção às protoestrelas centrais", comentou Chin-Fei Lee, que é o principal autor deste trabalho. "A espiral observada parece aglomerada e pode começar a formar planetas."
A imagem captada pelo ALMA mostra o disco protoestelar e o seu braço espiral em detalhe. A equipe de pesquisa criou um modelo baseado na imagem que reproduz a estrutura do disco e do braço espiral.
Fonte: almaobservatory.org
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