Para responder essa questão, precisamos entender melhor o que significa o “escuro” da matéria escura. Desse modo, entendendo do que estamos falando, você irá entender porque milhares de pesquisadores defendem sua existência, ainda que ela não seja palpável.
Como prova a existência de algo invisível?
Antes que você se pergunte, não, não vamos citar o vento para efeito de comparação. Na verdade, vamos falar de velocidade e gravidade. Nosso planeta, a Terra, orbita o Sol e, por sua vez, o Sol orbita o centro de nossa galáxia. Dito isso, esses corpos celestes estão a uma certa velocidade para se manterem em órbita e, quanto mais longe do centro da galáxia, as velocidades orbitais das estrelas permanecem as mesmas, ainda que isso varie de planeta para planeta. Mas, por quê?
Na nossa galáxia, a massa está espalhada por milhares de anos-luz. Dessa forma, nos deslocando para distâncias maiores do centro da galáxia, o número de estrelas e de gás se torna maior. Entretanto, essa massa adicional ainda não explica as diferentes velocidades de estrelas mais distantes da galáxia. Logo, para explicar essa situação, é sugerido que uma massa invisível se estenda para além das estrelas e do gás. Com isso, estamos falando da matéria escura.
Conforme as pesquisas foram evoluindo ao longo da história, a ideia de que há mais matéria escura do que matéria convencional foi ganhando força. No entanto, também é preciso lembrar que não estamos falando de energia escura. Isso porque, matéria escura e energia escura são duas coisas completamente diferentes.
Como a matéria escura interage com a matéria convencional?
Ainda que não possamos ver ou detectar a matéria escura, temos algumas pistas de como ela se comporta. Isso se deve às poucas interações que ela possui consigo mesma e também, com a matéria convencional e a gravidade. Ao contrário da matéria convencional, a matéria escura não perde energia emitindo luz. Dessa forma, enquanto a matéria convencional pode colapsar em objetos densos como estrelas e planetas, por exemplo, a matéria escura se mostra mais difusa.
Isso implicaria que a matéria escura poderia ter dominado o universo, mas não é o acontece. No nosso Sistema Solar, por exemplo, isso se justificaria pelo fato de não termos tanta matéria escura como em outros lugares da galáxia. Ainda que existam problemas potenciais para os modelos mais simples de matéria escura, esses são questionamentos a serem resolvidos e não falhas que desmontam a ideia de matéria escura.
Por fim, astrônomos acreditam na matéria escura, ainda não a tenhamos detectado diretamente. Mas, para a maioria dos pesquisadores, isso não é um problema, uma vez que, historicamente, formas assim levam décadas para serem detectadas. Contudo, isso é algo que deve ser resolvido nos próximos 20 anos.
Fonte: Fatos desconhecidos.com.br
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