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domingo, 28 de fevereiro de 2021

Astrónomos publicam mapa que mostra 25.000 buracos negros supermassivos

 

Mapa do céu que mostra 25.000 buracos negros supermassivos. Cad
a ponto é um buraco negro supermassivo na sua própria galáxia.
Crédito: LOFAR/Levantamento LOL

Uma equipe internacional de astrónomos publicou um mapa do céu mostrando mais de 25.000 buracos negros supermassivos. O mapa, a ser publicado na revista Astronomy & Astrophysics, é o mapa celeste mais detalhado no campo das chamadas baixas frequências de rádio. Os astrónomos usaram 52 estações com antenas LOFAR espalhadas por nove países europeus. 

Estrelas ou buracos negros? 

Para olhos não treinados, o mapa do céu parece conter milhares de estrelas, mas na verdade são buracos negros supermassivos. Cada buraco negro está localizado numa galáxia diferente e distante. As emissões de rádio são emitidas por matéria que foi ejetada ao se aproximar do buraco negro. 

O líder de investigação, Francesco de Gasperin (anteriormente da Universidade de Leiden, Países Baixos, agora da Universidade de Hamburgo, Alemanha), diz acerca do estudo: "Este é o resultado de muitos anos de trabalho com dados incrivelmente difíceis. Tivemos que inventar novos métodos para converter os sinais de rádio em imagens do céu." 

Do fundo de uma piscina 

As observações em longos comprimentos de onda de rádio são complicadas pela ionosfera que envolve a Terra. Esta camada de eletrões livres age como uma lente turva que se move constantemente pelo radiotelescópio. O coautor Reinout van Weeren (Observatório de Leiden) explica: "É parecido a tentarmos observar o mundo enquanto imersos numa piscina. Quando olhamos para cima, as ondas na água da piscina desviam os raios de luz e distorcem a vista." 

Mapa de todo o céu 

O novo mapa foi criado combinando 256 horas de observações do céu do hemisfério norte. Os investigadores utilizaram supercomputadores com novos algoritmos que corrigem o efeito da ionosfera a cada quatro segundos. Huub Röttgering, diretor científico do Observatório de Leiden, é o autor final da publicação. Ele está encantado com os resultados: "depois de tantos anos de desenvolvimento de software, é maravilhoso ver que agora realmente funcionou." 

O novo mapa cobre 4% do céu do hemisfério norte. Os astrónomos planeiam continuar até que tenham mapeado todo o céu do hemisfério norte. Além dos buracos negros supermassivos, o mapa também fornece informações sobre a estrutura a larga escala do Universo, entre outras coisas.

Fonte: Astronomia OnLine


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