As observações telescópicas das galáxias distantes indicam que o universo está em expansão, isto é, as distâncias entre as galáxias estão aumentando com o passar do tempo.
Se o universo está expandindo, tudo deve ter estado mais próximo no passado. A partir da taxa de expansão observada para o universo, os astrônomos estimam que a expansão iniciou há uns 14 bilhões de anos. Esse início da expansão é chamado Big Bang. O universo tem continuado a se expandir desde o Big-Bang, porém nem sempre à mesma taxa. Em estruturas como galáxias e aglomerados de galáxias a gravidade tem vencido a expansão, de forma que, embora o universo como um todo se expande, as galáxias individuais e os objetos que as compõem não se expandem. A maioria das galáxias, incluindo nossa Via Láctea, provavelmente se formou nos primeiros bilhões de anos após o Big Bang. Dentro das galáxias, a gravidade leva ao colapso de nuvens de gás e poeira, gerando estrelas e planetas. Estrelas têm tempo de vida limitado, e quando elas morrem devolvem ao meio interestelar grande parte de seu conteúdo. O material devolvido torna-se parte de novas nuvens de gás, que ao colapsarem pela gravidade darão origem a novos sistemas estelares.
Toda a matéria no universo foi gerada no Big-Bang, mas o universo primitivo continha apenas os elementos mais simples: hidrogênio, hélio e um pouquinho de lítio. Todos os demais elementos foram manufaturados por estrelas através de fusões termonucleares, nas quais núcleos de baixo peso atômico se juntam para formar núcleos mais pesados, gerando, dessa maneira, os elementos mais pesados a partir dos mais leves. A energia gerada nas reações nucleares, que ocorre no interior das estrelas, é o que as faz brilharem estavelmente.
Durante a maior parte de suas vidas as estrelas geram energia fundindo hidrogênio em hélio, mas perto do final de suas vidas ela passam a gerar energia produzindo elementos como carbono, oxigênio, nitrogênio e ferro. As estrelas massivas morrem em explosões titânicas, (supernovas), nas quais espalham esses elementos pesados no espaço, os quais se misturam ao gás e poeira existentes nas galáxias para serem incorporados na geração de novos sistemas estelares.
Quando nosso sistema solar se formou, há 4,5 bilhões de anos, esse processo de reciclamento do gás interestelar já vinha ocorrendo havia bilhões de anos. A nebulosa que deu origem ao nosso sistema solar, embora sendo 98% hidrogênio e hélio, já tinha 2% de todos os outros elementos químicos, que permitiram a formação dos planetas rochosos, como a Terra, e dos próprios seres vivos, há mais ou menos 3,5 bilhões de anos.
Todo o material de que nós somos feitos (exceto hidrogênio e parte do hélio) foram manufaturados nas estrelas que morreram antes do sistema solar se formar. Somos produto das estrelas. Nas palavras do astrônomo Carl Sagan (1934 - 1996), somos "poeira das estrelas".
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