Caso o planeta Terra precise mesmo ser evacuado em um momento futuro, a viagem pode ter acabado de se tornar um pouco mais curta. Cientistas da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, descobriram a existência de um planeta potencialmente habitável a 14 anos-luz da Terra, uma distância que ainda é gigantesca – equivalente a aproximadamente 1,4 quadrilhão de quilômetros – mas, ainda assim, menos que a opção mais próxima encontrada antes, que fica a 22 anos-luz. O Wolf 1061c, como foi chamado, orbita ao redor da estrela anã Wolf 1061 e faz parte de um conjunto de três outros planetas, um maior e outro menor. Ao contrário de seus “irmãos”, que não podem ser habitados devido a condições de temperatura, o corpo de tamanho “médio” tem massa 4,3 vezes maior que a da Terra e um ambiente que propicia a existência de água líquida e, sendo assim, também de vida.
A órbita do planeta é de 18 dias e ele possui um ambiente rochoso, como outras alternativas habitáveis que já haviam sido descobertas por cientistas. No caso do Wolf 1061c, a localização aconteceu após observações com o telescópio do Observatório Europeu do Sul, que fica no Chile. Toda a região ao redor da Wolf 1061 é conhecida como “Cachinhos Dourados” e a própria observação se deu pelo fato da área ser considerada como potencialmente habitável. Estudos posteriores, entretanto, mostraram que apenas um dos planetas teria realmente essas condições devido à sua distância adequada da estrela que o ilumina. Antes do Wolf 1061c, o planeta potencialmente habitável mais próximo da Terra era Gliese 667Cc, que está a 22 anos-luz daqui e tem órbita que dura 28 dias. Por lá, as condições são as mesmas, com uma temperatura nem extremamente quente nem demasiadamente fria, o que poderia permitir a presença de água e, consequentemente, de organismos vivos.
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