Uma visão de artista de um sistema binário composto por uma estrela de pequena massa e um objecto compacto. O material da estrela companheira é atraído pelo intenso campo gravítico do objecto compacto e forma em torno deste um disco de acreção.Crédito e Copyright: Robert Hynes.
Os Buracos Negros são objectos misteriosos, ainda pouco conhecidos, cuja existência não está definitivamente comprovada. Por isso, se quisermos ser rigorosos, deveríamos sempre denominá-los “candidatos” a buracos negros. Por serem regiões do espaço-tempo com um intenso campo gravítico, constituem um dos melhores exemplos da aplicabilidade e importância da Teoria da Relatividade Geral. Apesar de misteriosos, os buracos negros são as entidades mais simples do nosso Universo. Eles podem ser completamente caracterizados por apenas 3 parâmetros: carga, massa e momento angular. Isso significa que os buracos negros no centro das galáxias e os buracos negros estelares possuem apenas uma diferença fundamental: a massa.
Os Buracos Negros Estelares podem surgir na fase final do ciclo de vida de estrelas de grande massa, com massas superiores a cerca de 8 vezes a massa do Sol (8 MSol). Essas estrelas têm um ciclo de vida curto (alguns milhões de anos), quando comparado com o de estrelas de pequena massa, como por exemplo a nossa estrela (o Sol já existe há pelo menos 4,5 mil milhões de anos e está na metade do seu ciclo de vida). A fase final da vida de uma estrela de grande massa é na forma de uma explosão de supernova. O que resta da estrela progenitora poderá ser, uma estrela de neutrões ou um buraco negro, dependendo da massa do corpo remanescente. Conhecemos hoje mais de 2 dezenas de fortes candidatos a buracos negros estelares na nossa própria galáxia. A sua proximidade faz com que estes objectos sejam verdadeiros laboratórios de estudo.
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