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sábado, 26 de abril de 2014

Como o Hubble vai medir o universo

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Cientistas descobriram uma maneira de usar o Telescópio Espacial Hubble como uma fita métrica galáctica extremamente precisa, multiplicando nossas capacidades de medir o universo por 10. Esse aumento deve resultar em uma compreensão mais precisa do tamanho do universo observável, bem como da força misteriosa conhecida como energia escura.

A técnica
A nova técnica é chamada de varredura espacial e amplia nossa capacidade de medição da distância de estrelas em até 10.000 anos-luz, com uma precisão de cinco bilionésimos de um grau. A varredura espacial será aplicada a um antigo método de medir a distância de estrelas, chamado paralaxe astronômica. Este cálculo baseia-se em perspectiva. Conforme a Terra se move em torno do sol, a posição aparente das estrelas próximas mudam em relação ao fundo de galáxias distantes. Uma vez que sabemos qual é o raio da órbita da Terra em torno do sol, podemos calcular os ângulos e a distância até as estrelas através da medição das mudanças de posição aparentes, dentro de um período de seis meses.

Esse aumento da capacidade de medição não parece muito quando consideramos que a Via Láctea possui 100.000 anos-luz de diâmetro. Porém, de acordo com o vencedor do Prêmio Nobel e coinventor da exploração espacial Adam Riess, do Instituto de Ciência do Telescópio Espacial (STScI) em Baltimore (EUA), pode nos ajudar a observar a natureza da energia escura. Esse novo recurso deve produzir uma nova visão sobre a natureza da energia escura, um componente misterioso do espaço que está expandindo o universo a um ritmo cada vez mais rápido”, disse.

O aumento da precisão também deve afetar toda a nossa ideia de escala do universo. As novas medições vão ser usadas para fornecer uma base mais firme para a chamada “escada de distância” cósmica. O primeiro degrau desta escada é construído sobre as medições das cefeidas (estrelas gigantes ou supergigantes amarelas, 4 a 15 vezes mais massivas que o sol e 100 a 30.000 vezes mais brilhantes) que, por causa de seu brilho, têm sido utilizadas por mais de um século para medir o tamanho do universo observável. Elas são o primeiro passo para calibrar “pontos” extragalácticos muito distantes, como as supernovas Tipo Ia.

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