Quando a China lançar sua nave espacial Shenzhou 8 em um voo não tripulado hoje, uma carga de ciência alemã-chinesa irá junto no passeio, marcando a primeira vez que a China colabora com outro país em uma das suas missões espaciais.
A nave Shenzhou 8 da China será lançada em cima de um foguete chinês a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, na Mongólia. Dois dias depois da decolagem, a Shenzhou 8 vai chegar a nave Tiangong 1, que foi lançada em setembro, na primeira missão de “acoplamento” espacial da nação.
Embalado a bordo de Shenzhou 8 está um projeto chamado SIMBOX (Ciência numa Caixa de Microgravidade), uma unidade de investigação conjunta chinesa-alemã, que pesa 25 quilos. A caixa contém 40 unidades experimentais, cada uma do tamanho de um telefone celular, concebidas para testar os efeitos da microgravidade sobre vários exemplares.
Plantas, nematoides, bactérias e células humanas de câncer são apenas algumas das amostras que serão expostas a gravidade zero e a radiação espacial durante quase três semanas. A pesquisa irá investigar questões fundamentais biológicas e médicas, incluindo como a gravidade intervém nos processos biológicos e como o sistema imune pode ser reforçado.
A manobra de acoplamento entre a Shenzhou 8 e Tiangong 1 é vista como um passo significativo para o programa espacial da China, que pretende, eventualmente, construir sua própria estação espacial tripulada em órbita. O acoplamento é uma habilidade necessária para atingir essa meta.
A China é o terceiro país, depois da Rússia e dos Estados Unidos, a desenvolver espaçonaves capazes de voar seres humanos ao espaço. O primeiro voo espacial tripulado do país lançou um astronauta sozinho em 2003, com depois um voo com dois astronautas e um com três astronautas em 2005 e 2008.
Se a Shenzhou 8 atingir sua meta, será seguida por outro encontro robótico com Shenzhou 9, a ser lançada no próximo ano, e em seguida um encaixe tripulado com Shenzhou 10
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