Dois telescópios espaciais da NASA capturaram o que parece ser a mais poderosa explosão de uma estrela já detectada - um evento cósmico tão luminoso que os cientistas o apelidaram de "eye-wateringly bright". Essa estrela está a 3,6 bilhões de anos-luz da Terra.
Em 27 de abril, o telescópio espacial Swift, da NASA, e o Telescópio Espacial de Raios Gama, Fermi, detectaram a explosão de uma alta energia de raios gama (GRB) durante a explosão de uma estrela massiva que estava na última fase de sua vida. O fato nunca havia sido visto antes.
Os cientistas da NASA combinaram as observações em uma animação mostrando o histórico da explosão de raios gama para ilustrar o brilho surpreendente da explosão da estrela. "Nós esperamos muito tempo por uma explosão de raios gama tão chocante como esta", disse Julie McEnery, cientista do projeto do Telescópio Espacial Fermi, que fica localizado em Greenbelt, Maryland.
"O GRB durou tanto tempo que um número recorde de telescópios no solo foram capazes de pegá-lo enquanto observações espaciais ainda estavam em curso."
Um dos raios gamma-emitidos durante a erupção - visto na constelação Leo - apresentou três vezes mais energia do que qualquer outra explosão de raios gama registrada pelo Telescópio de Fermi (LAT), o instrumento da sonda responsável por detectar estes tipos de explosões.
A explosão de raios gama também foi o maior já registrado, disseram funcionários da NASA. "A energia de emissão da explosão durou horas, e permaneceu detectável pelo LAT por boa parte do dia, estabelecendo um novo recorde de emissão de raios gama", acrescentaram os oficiais da NASA.
"Os astrônomos pensam que a maioria das explosões de raios gama ocorre quando estrelas massivas ficam sem combustível nuclear e entram em colapso sob seu próprio peso", disse um funcionário da Nasa em um comunicado. "Como o núcleo colapsa em um buraco negro, jatos de material são atirados para fora em velocidades próximas a da luz."
A explosão da estrela foi registrada pelo telescópio menos de um minuto depois que começou. O telescópio Swift ajudou os astrônomos a colocar a explosão de raios gama mais perto da Terra.
"Este GRB é o mais próximo de 5 por cento de explosões, de modo que o grande impulso agora é encontrar uma supernova emergente, que acompanha quase todos os longas GRBs a esta distância", disse Goddard Neil Gehrels, pesquisador do Swift.
Os cientistas esperam encontrar uma supernova dentro da área da explosão, a fim de traçar a explosão de raios gama de volta às suas origens. Observatórios no solo estão mantendo um olho na área de GRB para localizar a supernova até meados de maio.
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