Em artigo publicado na revista Scientific Reports, Albert Sneppen, aluno do Instituto Niels Bohr, na Dinamarca, descreve um conjunto de equações como uma forma de calcular com precisão os reflexos do Universo que surgem na luz distorcida em volta de um buraco negro.
A luz, em totalidade com a força gravitacional dessas entidades cósmicas ainda pouco conhecidas, pode funcionar como um repetidor e ampliador de imagens do universo, segundo o estudo.
Seu funcionamento e os fenômenos que ocorrem na sua vizinhança intrigam pesquisadores, já que devido à sua densidade gravitacional, nada lhe escapa, nem mesmo a luz. Ele consegue dobrar o espaço-tempo à sua volta de uma maneira tão única, que modelos matemáticos convencionais nem sempre conseguem descrever o que se passa nesses pontos do cosmo.
Mas ao menos um dos mistérios pode ter encontrado uma explicação. Albert Sneppen, aluno de física do Instituto Niels Bohr, se debruçou sobre equações que explicassem o comportamento da luz em volta dessa deidade celestial.
O estudo publicado em 2021 traz diversas questões relevantes sobre o comportamento da luz ao redor dos buracos negros e o limite de escape antes da chegada dos fótons ao horizonte de eventos.
Utilizando como base equações diferenciais de segunda ordem, Sneppen conseguiu descrever de forma bastante satisfatória que a luz em conjunto com a gravidade formam uma espécie de espelho, refletindo imagens do universo na parte posterior do buraco negro.
De acordo com seus modelos equacionais, essas imagens podem se repetir infinitamente enquanto se desvanecem nos discos orbitais em volta do buraco negro.
Graças a esse comportamento, os buracos negros poderiam servir como lentes gravitacionais, possibilitando a visualização de objetos e do universo escondido atrás do evento. O tamanho, forma da imagem e nitidez dependeria da distância e o ângulo de visualização do observador.
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