A idade estimada para o universo é de 13,7 bilhões de anos. Entretanto, um novo estudo desafia esse número. Em artigo publicado no último dia 7 de julho no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, o físico Rajendra Gupta, professor adjunto da Faculdade de Ciências da Universidade de Ottawa, no Canadá, propõe que o cosmos tem, na verdade, 26,7 bilhões de anos.
Durante anos, astrônomos e físicos calcularam a idade do universo medindo o tempo decorrido desde o Big Bang e estudando as estrelas mais antigas com base no desvio para o vermelho da luz vinda de galáxias distantes. Em 2021, graças a novas técnicas e avanços tecnológicos, a idade do universo foi assim estimada em 13,797 bilhões de anos usando o modelo de concordância Lambda-CDM.
No entanto, muitos cientistas ficaram intrigados com a existência de estrelas como Matusalém, que parecem ser mais velhas do que a idade estimada de universo, e com a descoberta de galáxias primitivas em um estado avançado de evolução. Existindo apenas 300 milhões de anos ou mais após o Big Bang, essas galáxias parecem ter um nível de maturidade e massa tipicamente associado a bilhões de anos de evolução cósmica.
A teoria da luz cansada, criada em 1929 pelo astrônomo suíço Fritz Zwicky, propõe que o desvio para o vermelho da luz de galáxias distantes se deve à perda gradual de energia por fótons em vastas distâncias cósmicas. No entanto, Gupta descobriu que "ao permitir que essa teoria coexista com o universo em expansão, torna-se possível reinterpretar o desvio para o vermelho como um fenômeno híbrido, em vez de puramente devido à expansão", segundo comunicado.