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segunda-feira, 21 de junho de 2021

Ciência cidadã: que tal ajudar a astronomia descobrindo asteroides por aí?

 


Talvez você tenha lido recentemente sobre a estudante brasileira Lorrane Olivlet, que descobriu quatro asteroides e recebeu sugestões para batizar um deles de Neymar. Aqui em Tilt também já noticiamos a história das adolescentes Micaele Vitória Cavalcante Gomes e Laura dos Santos Dias, que fizeram descobertas semelhantes no começo do ano

Os resultados foram obtidos como parte da iniciativa da Colaboração Internacional para Buscas Astronômicas (IASC, na sigla em inglês), um projeto que permite buscar asteroides em imagens da Nasa e conta com a participação de estudantes de diversos países, não apenas o Brasil, mas também da Índia e do Irã, por exemplo.

Estas buscas também são feitas por programas de computador, mas é interessante pensar como, às vezes, o olho humano é capaz de reconhecer padrões que as máquinas podem não reconhecer. É como aqueles programas na internet em que você deve identificar imagens para provar que é humano: isso só é possível porque nossos cérebros ainda têm algumas vantagens sobre os robôs.

É um tipo de vantagem que pode ser usado de diversas maneiras, em uma grande variedade de projetos científicos. São os chamados projetos de ciência cidadã, ou seja, que dependem da participação do público em geral para obter os dados.

A ciência cidadã acaba cumprindo dois papeis fundamentais: por um lado, permite que os astrônomos consigam analisar dados de uma maneira que seria impossível sem essa colaboração

Se tomarmos como exemplo o próprio IASC, podemos pensar como dezenas de milhares de pessoas podem buscar imagens astronômicas por asteroides de forma muito mais eficiente que uma equipe de dez astrônomos.


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