Os magnetares são um dos objetos mais extremos e misteriosos do espaço. Eles são surpreendentemente pequenos, incrivelmente densos e, como o próprio nome sugere, eles possuem uma atração magnética inacreditável.
No estágio final da vida de uma estrela, ela explode em uma supernova. À medida que ela colapsa sobre si mesma, ofusca todas as suas vizinhas antes de desaparecer lentamente. Se a estrela viva fosse grande o suficiente, ela se transforma em uma estrela de nêutrons: uma estrela tão densa que, embora geralmente seja do diâmetro de uma cidade pequena, uma colher de chá de sua matéria pesa pelo menos um bilhão de toneladas.
Enquanto isso, elas giram muito rapidamente. Centenas de vezes por segundo rápido. Toda essa densidade equivale a um campo magnético realmente poderoso – cerca de um trilhão de vezes mais poderoso que o da Terra. Magnetares, os cientistas não têm certeza do porquê, são uma forma especialmente magnética de estrela de nêutrons. Seus campos magnéticos são cerca de 1.000 trilhões de vezes o da Terra.
Os cientistas estiveram na busca por magnetares desde 1979, quando um choque de raios gama (mais tarde identificado como proveniente do magnetar SGR 0525-66) pulsou através do sistema solar, resultando em distúrbios em equipamentos espaciais e anormalidades atmosféricas. Nas décadas passadas, menos de 25 estrelas de nêutrons de cerca de 2.000 em toda a galáxia foram chamadas de magnetares, embora um punhado de outras candidatas ainda estejam esperando confirmação. Do ponto de vista da Terra, isso é bom.
Há pouco mais de uma década, em 2004, os efeitos de uma explosão, ou “terremoto estelar”, do SGR 1806-20, (que fica a 50.000 anos-luz de distância), foram poderosos o bastante para impactar a Terra. Ele danificou e desativou satélites, e até parcialmente ionizou a atmosfera superior do planeta.
Fica fácil entender por que os magnetares ganharam o status de ímãs mais poderosos descobertos no universo até agora. Na verdade, o campo magnético de um magnetar é tão poderoso que, mesmo se um ser humano estivesse a 1.000 quilômetros de um, teria seu sistema nervoso destruído e sua estrutura molecular alterada. Apenas um pouco mais perto e a força gravitacional literalmente o rasgaria inteiro – começando no nível atômico. Para nossa sorte, o mais próximo está a milhares de anos-luz de distância. Por enquanto, os cientistas terão que estudar estas raridades do espaço de longe.
Fonte: HypeScience.com
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