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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Sonda que vai 'tocar o Sol' é finalmente lançada pela NASA e leva 1,1 milhão de nomes

A missão da Nasa, a agência espacial americana, em direção ao sol finalmente foi iniciada na madrugada deste domingo, depois de ser adiada três vezes.


Após ser adiada três vezes pela NASA, uma nova missão da Agência Espacial Norte Americana decolou nesta madrugada com direção ao Sol e realizará um feito inédito: a Parker Solar Proble será o primeiro objeto construído por seres humanos a "tocar" a nossa estrela. O novo projeto não mergulhará de fato na superfície do Sol - por isso as aspas, claro -, mas ficará tão próxima dela que tal realização é impressionante devido ao calor da corona solar (a aura composta de plasma e com temperatura de 2 milhões de graus Celsius) . 

A sonda Parker Solar ganhou esse nome em homenagem ao cientista Eugene Parker que hoje possui 91 anos de idade e foi o primeiro cientista a prever a existência dos ventos solares. A missão "chegará mais perto do Sol do que qualquer outra missão anterior," afirma o astrofísico Adam Szabo que trabalha na missão; Esta sonda também leva o nome de 1,1 milhão de pessoas de todo o mundo.

A nave chegará ao Sol em 2024, daqui a sete anos, onde estará no ponto mais próximo nunca antes alcançado: "apenas" 6,3 milhões de quilômetros da superfície, número que pode parecer baixo, mas considerando que a Helios 2, sonda mais próxima que atingiu a marca dos 43,5 milhões de quilômetros da superfície do Sol em 1976, os quase 6 milhões é, de fato, um feito impressionantemente incrível.

Considerada uma das missões mais complexas da história da Nasa, os dados obtidos pela Parker Solar terão utilidade pra compreender as origens do vento solar (fluxo de partículas com prótons, elétrons e íons irradiadas pelo Sol), o que poderá ajudar a proteger nossos satélites artificias que atualmente são prejudicados pelos eventos.

Os cientistas também planejam entender o motivo pelo qual a Corona do Sol é incrivelmente mais quente do que a sua superfície: enquanto a superfície atinge temperaturas entre 3,7 mil e 6,2 mil graus Celsius, a corona consegue ultrapassar os 2 milhões de graus.

 "Entendendo o Sol, estaremos também entendendo como funcionam as outras estrelas. Por isso esta missão trará resultados tanto práticos, para protegermos nossos satélites, quanto científicos, na área de astrofísica estelar," afirma o físico brasileiro Ivair Gontijo.
De forma geral, serão três questões principais que a Parker Solar Probe deverá responder: o motivo pelo qual a corona é mais quente que a superfície do Sol, por que o vento solar se afasta do Sol em velocidades supersônicas e como as partículas energéticas do Sol se aceleram quase à velocidade da luz.

Todas estas questões e muitas outras deverão ser respondidas a partir de dezembro de 2024, projeção feita pela NASA que marcará a chegada da sonda ao Sol e, então, dará início às medições, testes e estudos para esclarecer os mistérios do nosso sol, do nosso sistema solar e também de nosso universo.

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