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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Hubble pinta retrato do Universo em evolução


Os astrónomos "pintaram" um dos retratos mais abrangentes da história evolutiva do Universo, baseado num amplo espectro de observações pelo Telescópio Espacial Hubble e por outros telescópios espaciais e terrestres. Em particular, a visão ultravioleta do Hubble abre uma nova janela no Universo em evolução, acompanhando o nascimento de estrela ao longo dos últimos 11 mil milhões de anos até ao mais movimentado período de formação estelar do cosmos, cerca de 3 mil milhões de anos após o Big Bang. Esta imagem engloba um mar de aproximadamente 15.000 galáxias - 12.000 das quais estão a formar estrelas - amplamente distribuídas no tempo e no espaço. Este mosaico tem 14 vezes a área do Hubble Ultra Violeta Ultra Deep Field, divulgado em 2014.Crédito: NASA, ESA, P. Oesch (Universidade de Genebra) e M. Montes (Universidade de Nova Gales do Sul)

Os astrónomos que usam a visão ultravioleta do Telescópio Espacial Hubble da NASA capturaram uma das maiores imagens panorâmicas do fogo e da fúria do nascimento estelar no Universo distante. O campo apresenta aproximadamente 15.000 galáxias, das quais cerca de 12.000 estão a formar estrelas. A visão ultravioleta do Hubble abre uma nova janela no Universo em evolução, acompanhando o nascimento das estrelas ao longo dos últimos 11 mil milhões de anos, até ao mais movimentado período de formação estelar do cosmos, que teve lugar cerca de 3 mil milhões de anos após o Big Bang. 

A radiação ultravioleta tem sido a peça que faltava no quebra-cabeças cósmico. Agora, combinada com dados infravermelhos e visíveis do Hubble e de outros telescópios espaciais e terrestres, os astrónomos divulgaram um dos retratos mais compreensivos, até agora, da história evolutiva do Universo. 

A imagem atravessa a lacuna entre as galáxias muito distantes, que só podem ser vistas no infravermelho, e as galáxias mais próximas, que podem ser vistas através de um amplo espectro. A luz de distantes regiões de formação estelar em galáxias remotas começou por ser ultravioleta. No entanto, a expansão do Universo desviou a luz até comprimentos de onda infravermelhos. Ao comparar imagens da formação estelar no Universo distante e próximo, os astrónomos obtêm uma melhor compreensão de como as galáxias vizinhas cresceram a partir de pequenos aglomerados de estrelas jovens e quentes há muito tempo atrás. 

Dado que a atmosfera da Terra filtra a maior parte da radiação ultravioleta, o Hubble pode fornecer algumas das observações ultravioletas mais sensíveis baseadas em observações espaciais. 

O programa, de nome Levantamento de Legado HDUV (Hubble Deep UV), amplia e apoia-se em dados anteriores de vários comprimentos de onda com o Hubble nos campos CANDELS-Deep (Cosmic Assembly Near-infrared Deep Extragalactic Legacy Survey) dentro da região central dos campos GOODS (Great Observatories Origins Deep Survey). O mosaico tem 14 vezes a área do Hubble Ultra Violet Ultra Deep Field, anunciado em 2014. Esta imagem é uma porção do campo GOODS-Norte, localizado na constelação de Ursa Maior.

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