Uma imagem de raio X de um quasar brilhante, à esquerda, e uma visão óptica ampliada mostrando a galáxia central de um aglomerado anteriormente não visto. Imagem: Taweewat Somboonpanyakul
Uma nova pesquisa mostra que um quasar, que é 46 bilhões de vezes mais brilhante que o Sol, não é um lobo solitário como os astrônomos pensavam. Pesquisadores do MIT descobriram que o quasar PKS 1353-341, é brilhante assim pois ele drena a luz de centenas de galáxias que estão no aglomerado de galáxias ao seu redor. Michael McDonald, um professor assistente de física no Kavli Institute of Astrophysics and Space Research do MIT, escreveu no Astrophysical Journal que o aglomerado anteriormente invisível tem uma massa equivalente a 690 trilhões de sóis. Por comparação, a Via Láctea tem cerca de 400 bilhões de vezes a massa do Sol.
O buraco negro supermassivo no coração do PKS 1353-341 aparentemente está consumindo uma grande quantidade de material do disco de detritos ao redor, aquecendo-o a uma elevada temperatura à medida que é sugado e gerando uma torrente de energia que, até agora bloqueava a luz das centenas de membros do aglomerado de galáxias. Essa pode ser uma fase curta na vida do aglomerado, onde o buraco negro central está se alimentando rapidamente, tornando-se muito brilhante, e então se apagará novamente”, disse McDonald. “Isso pode estar sendo um piscar de olho do buraco negro. Em milhões de anos ele pode ser totalmente diferente, como uma bola difusa”.
No caso de um quasar, o seu brilho, pode ser relacionado com o quanto ele come.
“Isso é milhares de vezes maior do que um buraco negro típico se alimenta no centro de um aglomerado, por isso ele é muito extremo”, disse McDonald. “Nós temos ideia a quanto tempo ele está se alimentando assim, e nem por quanto tempo ele continuará dessa maneira. Encontrar mais desses objetos nos ajudará a entender, se esse é um processo importante ou apenas mais uma coisa estranha do universo”.
A descoberta do aglomerado de galáxias anteriormente escondido veio de um projeto de pesquisa conhecido como CHiPS, que significa Clusters Hiding in Plain Sight, que é baseado numa reavaliação de imagens de raio-X capturadas antes. A equipe busca por fontes de pontos brilhantes mergulhadas nas nebulosidades e nas partes difusas das imagens.
Para cada candidato, a equipe usa o Magellan Telescope no Chile para dar uma olhada mais detalhada. Se um número de galáxias maior que o esperado foi visto, os pesquisadores procuram por emissões estendidas difusas usando os dados do Observatório de Raios-X Chandra, da NASA. Cerca de 90% dessas fontes, não se concretizam como aglomerados”, disse McDonald. “Mas a parte interessante, é que o pequeno número de coisas que estamos encontrando estão quebrando as regras”.
McDonald e seus colegas disseram que a descoberta traz a possibilidade de que outros aglomerados de galáxias podem estar escondidos no brilho de outras fontes extremamente brilhantes, e que foram identificadas anteriormente como objetos únicos. A equipe está agora pesquisando por mais aglomerados escondidos que poderiam nos ajudar a desvendar outro grande mistério, o quão rápido o universo está se expandindo.
“Se nós soubermos onde estão todos os aglomerados de galáxias no universo, quais são os mais brilhantes, qual o tamanho deles, e se você tiver alguma informação sobre como era o universo no seu início, então seria possível mapear como o universo se expande”, explica McDonald
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