A vida aqui na Terra depende daquela esfera esburacada que está à 384 mil quilômetros de nós, e se afasta cerca de 3,8 centímetros por ano. Se a Lua não existisse, ou se estivesse muito longe de nós, simplesmente não haveria vida na Terra. Sem a Lua, os dias na Terra seriam mais curtos – estima-se algo em torno de 18 horas – pois as forças de maré reduzem a rotação do planeta, alongando o dia. À noite, morreríamos de frio e ventos de 200 km/h equivaleria à uma brisa comum hoje, pois com a rotação mais rápida, a atmosfera se movimenta mais rapidamente. O ciclo das marés também seria diferente. Ainda existiria a alternância entre marés alta e baixa (as marés também são provocadas pela ação gravitacional do Sol), só que em menor intensidade – 70% menor.
Presume-se que sem a Lua, a inclinação do eixo terrestre poderia atingir os 85º e o clima da Terra seria completamente diferente. Na Antártica, por exemplo, onde hoje faz muito frio, seria quente como nos trópicos, e as regiões equatoriais do planeta estariam cobertas de gelo. A Lua age como um escudo contra meteoritos. Sem ela, a Terra seria a única fonte de atração gravitacional e seria constantemente bombardeada por meteoritos. Basta analisar as crateras lunares para provar isso. Sem a Lua, a vida na Terra poderia nunca ter surgido da forma como a qual conhecemos. Estima-se que daqui a 4 bilhões de anos, ela já tenha se afastado o suficiente para causar esses efeitos em nosso planeta, mas não se preocupe com isso: daqui a 1 bilhão de anos o Sol estará crescendo e tão quente que será capaz nos fritar aqui na Terra.
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