Equipe de astrofísicos brasileiros e franceses (liderados por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte) publicaram na revista científica Astrophysical Journal Letters uma pesquisa que demonstra como o campo magnético do Terra pode ter sido essencial para que a vida surgisse e se mantivesse no planeta.
Para isso, eles analisaram uma estrela muito similar ao Sol, em termos físicos, com exceção de sua idade, Kappa 1 Ceti tem apenas 600 milhões de anos de idade. Idade similar àquela quando a Terra serviu de incubadora para os primeiros seres vivos. Os pesquisadores concluíram que o comportamento de Kappa 1 Ceti em emanar partículas e matéria é 50 vezes mais violentos que o Sol atual, e se estas eram as condições da infância de nosso Astro-Rei, apenas uma coisa salvou a vida na Terra – nosso campo magnético.
Segundo pesquisas anteriores, o campo magnético da Terra primitiva seria quase tão “forte” quanto o atual, o suficiente para que a atmosfera ficasse protegida dos violentos ventos solares.
Em entrevista a Revista Pesquisa FAPESP, o astrofísico Jorge Meléndez, da Universidade de São Paulo, comenta que isto pode ter agravado a condição de Marte. O planeta vermelho encontra-se na zona “habitável” do sistema solar (ou pelo menos estava no passado), e por ter uma massa pequena gradualmente sua atmosfera dissipou-se. Concomitantemente, Marte apresenta um campo magnético ínfimo (quase inexistente) não suficiente para proteger sua atmosfera.
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