Vários telescópios já estão apontados para a estrela em questão. Mas o que foi captado?
Se existem civilizações alienígenas fazendo transmissões de dados ao redor de uma estrela distante, os sinais são fracos demais para serem detectados por nós aqui na Terra.
A estrela KIC 8462852 chamou a atenção do mundo em outubro de 2015, quando cientistas anunciaram evidências de escurecimento periódico de 20% ou mais, o que algumas pessoas teorizaram que seriam causados pela sombra de uma mega estrutura alienígena. No entanto, as observações de KIC 8462852 feitas por pesquisadores do SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence ou Busca por Inteligência Extraterrestre) na Califórnia, não conseguiram até agora capturar sinais de rádio que poderiam indicar algum tipo de transmissão alienígena.
"A história da astronomia nos mostra que todas as vezes que pensamos ter encontrado um fenômeno ligado a atividades extraterrestres, estávamos errados", comenta o astrônomo Seth Shostak do instituto SETI. "Mas embora seja muito provável que trata-se apenas de um comportamento estranho e natural da estrela, é prudente verificarmos os fatos para ter certeza."
"Não há evidências claras"
O telescópio espacial Kepler tem a missão de encontrar planetas em torno de estrelas distantes, através das quedas de brilho das estrelas quando seus planetas passam na sua frente. As observações feitas na estrela KIC 8462852 mostraram que ela estava escurecendo de uma maneira muito peculiar, e extremamente diferente de tudo que já vimos antes. Por conta desse escurecimento estranho, alguns astrônomos deduziram que poderia ser alguma estrutura gigantesca que passava na frente da estrela durante nossas observações.
'O Big Bang foi apenas uma miragem', afirma novo estudo
Além disso, foram propostas várias explicações naturais, incluindo a presença de um enxame de cometas que orbitam a estrela. KIC 8462852 encontra-se a 1.480 anos-luz da Terra na constelação de Cygnus (Cisne), entre as estrelas Deneb e Rukh, próximo do aglomerado de estrelas NGC 6866, como mostra na imagem abaixo:
Localização da estrela KIC 8462852 na constelação do Cisne, próximo do aglomerado de estrelas NGC 6866
Créditos: Wikimedia Commons / Roberto Mura
Mas considerando todas as possibilidades, a que cativou a atenção do público em geral foi a ideia de que a estrela estudada por Kepler poderia hospedar mega-estruturas alienígenas em órbita, que seriam construídas por civilizações tecnologicamente avançadas.
Com esta possibilidade em mente, o Instituto SETI apontou o Allen Telescope Array (ATA) para a estrela em questão, observando-a por mais de duas semanas.
O telescópio ATA examinou a estrela em dois tipos diferentes de sinais:
Banda estreita - compõem a maioria das pesquisas do SETI, e são consideradas plausíveis para as sociedades avançadas como uso de um "sinal de saudações" no caso de presença de outras civilizações;
Banda larga - poderia vir de espaçonaves alienígenas em manutenção ou qualquer outro projeto em torno da estrela, e poderia haver vazamento de feixes intensos de microondas na espaçonave.
"Esta é a primeira vez que usei o Allen Telescope Array para procurar sinais de banda larga, um tipo de emissão que, geralmente, não é considerado em pesquisas do SETI", disse Gerry Harp, cientista do instituto SETI.
Se existem civilizações alienígenas fazendo transmissões de dados ao redor de uma estrela distante, os sinais são fracos demais para serem detectados por nós aqui na Terra.
A estrela KIC 8462852 chamou a atenção do mundo em outubro de 2015, quando cientistas anunciaram evidências de escurecimento periódico de 20% ou mais, o que algumas pessoas teorizaram que seriam causados pela sombra de uma mega estrutura alienígena. No entanto, as observações de KIC 8462852 feitas por pesquisadores do SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence ou Busca por Inteligência Extraterrestre) na Califórnia, não conseguiram até agora capturar sinais de rádio que poderiam indicar algum tipo de transmissão alienígena.
"A história da astronomia nos mostra que todas as vezes que pensamos ter encontrado um fenômeno ligado a atividades extraterrestres, estávamos errados", comenta o astrônomo Seth Shostak do instituto SETI. "Mas embora seja muito provável que trata-se apenas de um comportamento estranho e natural da estrela, é prudente verificarmos os fatos para ter certeza."
"Não há evidências claras"
O telescópio espacial Kepler tem a missão de encontrar planetas em torno de estrelas distantes, através das quedas de brilho das estrelas quando seus planetas passam na sua frente. As observações feitas na estrela KIC 8462852 mostraram que ela estava escurecendo de uma maneira muito peculiar, e extremamente diferente de tudo que já vimos antes. Por conta desse escurecimento estranho, alguns astrônomos deduziram que poderia ser alguma estrutura gigantesca que passava na frente da estrela durante nossas observações.
'O Big Bang foi apenas uma miragem', afirma novo estudo
Além disso, foram propostas várias explicações naturais, incluindo a presença de um enxame de cometas que orbitam a estrela. KIC 8462852 encontra-se a 1.480 anos-luz da Terra na constelação de Cygnus (Cisne), entre as estrelas Deneb e Rukh, próximo do aglomerado de estrelas NGC 6866, como mostra na imagem abaixo:
Localização da estrela KIC 8462852 na constelação do Cisne, próximo do aglomerado de estrelas NGC 6866
Créditos: Wikimedia Commons / Roberto Mura
Mas considerando todas as possibilidades, a que cativou a atenção do público em geral foi a ideia de que a estrela estudada por Kepler poderia hospedar mega-estruturas alienígenas em órbita, que seriam construídas por civilizações tecnologicamente avançadas.
Com esta possibilidade em mente, o Instituto SETI apontou o Allen Telescope Array (ATA) para a estrela em questão, observando-a por mais de duas semanas.
O telescópio ATA examinou a estrela em dois tipos diferentes de sinais:
Banda estreita - compõem a maioria das pesquisas do SETI, e são consideradas plausíveis para as sociedades avançadas como uso de um "sinal de saudações" no caso de presença de outras civilizações;
Banda larga - poderia vir de espaçonaves alienígenas em manutenção ou qualquer outro projeto em torno da estrela, e poderia haver vazamento de feixes intensos de microondas na espaçonave.
"Esta é a primeira vez que usei o Allen Telescope Array para procurar sinais de banda larga, um tipo de emissão que, geralmente, não é considerado em pesquisas do SETI", disse Gerry Harp, cientista do instituto SETI.
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