Embora os astrônomos já tenham detectado algo em tono de 50 buracos negros de massa estelar até agora, ninguém ainda conseguiu chegar a uma forma prática de detectar buracos negros de massa estelar livre que flutuam solitários na vizinhança galáctica local. Esses objetos poderiam chegar muito próximos da Terra, o que significaria um rico e tanto.
Contudo, isso deve mudar em breve.
Em um artigo aceito para publicação na Royal Astronomical Society (Sociedade Real de Astronomia, em tradução livre), o autor Rob Fender e seus colegas afirmam que mais de 100 buracos negros “flutuantes” devem ser detectáveis nas proximidades da Terra até o final da década.
Fender, que é astrofísico da Universidade de Southampton, no Reino Unido, confirmou através de simulações que isso é possível.
Mas como alguém pode detectar a emissão eletromagnética de um buraco negro se nada escapa à sua gravidade?
De acordo com Fender, é possível porque se trata de uma saída de partículas de alta energia que provavelmente produz emissões de rádio. Ele também explica que a radiação não viria do horizonte de eventos do buraco negro – o ponto gravitacional de não retorno.
Quando a matéria acrescida pelo buraco negro roda em direção a seu horizonte de eventos, se aquece e produz radiação. Assim, os pesquisadores podem ver essa emissão no raio-X, rádio, infravermelho ou óptica.
A simulação.
A simulação do estudo foi baseada em uma região do espaço centrada em nosso sol, que se estende através do disco de nossa galáxia da Via Láctea a uma distância de quase mil anos-luz. Nessa esfera, a equipe de cientistas acredita que existem cerca de 35.000 buracos negros individuais livres.
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