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domingo, 28 de junho de 2015

Novo estudo pode encontrar buracos negros “perdidos”



Embora os astrônomos já tenham detectado algo em tono de 50 buracos negros de massa estelar até agora, ninguém ainda conseguiu chegar a uma forma prática de detectar buracos negros de massa estelar livre que flutuam solitários na vizinhança galáctica local. Esses objetos poderiam chegar muito próximos da Terra, o que significaria um rico e tanto.

Contudo, isso deve mudar em breve.

Em um artigo aceito para publicação na Royal Astronomical Society (Sociedade Real de Astronomia, em tradução livre), o autor Rob Fender e seus colegas afirmam que mais de 100 buracos negros “flutuantes” devem ser detectáveis nas proximidades da Terra até o final da década.

Fender, que é astrofísico da Universidade de Southampton, no Reino Unido, confirmou através de simulações que isso é possível.

Mas como alguém pode detectar a emissão eletromagnética de um buraco negro se nada escapa à sua gravidade?

De acordo com Fender, é possível porque se trata de uma saída de partículas de alta energia que provavelmente produz emissões de rádio. Ele também explica que a radiação não viria do horizonte de eventos do buraco negro – o ponto gravitacional de não retorno.

Quando a matéria acrescida pelo buraco negro roda em direção a seu horizonte de eventos, se aquece e produz radiação. Assim, os pesquisadores podem ver essa emissão no raio-X, rádio, infravermelho ou óptica.
A simulação.

A simulação do estudo foi baseada em uma região do espaço centrada em nosso sol, que se estende através do disco de nossa galáxia da Via Láctea a uma distância de quase mil anos-luz. Nessa esfera, a equipe de cientistas acredita que existem cerca de 35.000 buracos negros individuais livres.

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