Novas fotos e vídeos incríveis de relâmpagos vermelhos indescritíveis chamados sprites estão ajudando os pesquisadores a entender a natureza dessas misteriosas formas de explosões elétricas.
Sprites duram menos de um segundo enquanto dançam nos topos das trovoadas. Muitos espectadores dizem que os aglomerados de partículas carregadas são parecidos com águas-vivas gigantescas, por sua forma de bolas vermelhas com tentáculos que chegam a descer nas nuvens. Mas os sprites vermelhos tomam muitas formas, desde “coroas” a “cenouras”, e os pesquisadores ainda não sabem por quê. Como apenas alguns sprites podem ser vistos a partir do solo, graças a escuridão das tempestades, os cientistas estão tentando caçá-los do ar.
O estudante Jason Ahrns capturou imagens impressionantes de sprites durante vários voos sobre o Centro-Oeste americano neste verão, a bordo de um avião de pesquisa da Gulfstream Aerospace Corporation. Ahrns é parte de uma equipe de caçadores de sprites da Universidade do Alasca, em Fairbanks, da Academia da Força Aérea dos EUA e do Fort Lewis College, em Durango, no Colorado.
Durante os voos de pesquisa, os cientistas tiraram fotos e gravaram vídeos de alta velocidade, que irão ajudá-los a entender melhor os processos químicos e físicos por trás do fenômeno. “Ainda não está claro o que exatamente está acontecendo em um sprite, e por que existem diferentes tipos”, disse Ahrns.
Sprites também podem afetar o clima, alterando as condições na atmosfera da Terra, mas os cientistas ainda não sabem a escala dos efeitos que causam. “Nós não podemos responder a essa pergunta sem estudá-los”, afirma Ahrns. Embora muitas questões permaneçam, alguns detalhes têm surgido desde que a existência do fenômeno foi confirmada em 1989.
Sprites formam-se acima de tempestades, quando um raio de carga positiva sai do ar acima de uma nuvem de tempestade que está carregada negativamente (a maioria dos relâmpagos possuem carga negativa). E a cor vermelha é resultante a partir da interação entre partículas carregadas e o nitrogênio, de acordo com os pesquisadores.
“Há cerca de um relâmpago positivo para cada 10 negativos”, disse Ahrns. “A maioria das grandes tempestades provavelmente produz alguns sprites, e algumas podem produzir muitos. Eles são provavelmente mais comuns do que as pessoas pensam, mas são muito difíceis de ver, uma vez que estão acima das nuvens”.
Sprites vermelhos podem correr para o alto e chegar ao espaço, até 96 quilômetros acima da Terra. Os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional capturaram um sprite em câmera em 2012. As mechas vermelhas de um sprite também descem até a estratosfera, a cerca de 25 a 32 quilômetros acima da superfície da Terra. Eles parecem mais brilhantes de 65 a 72 km de altitude.
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