Em uma certa região do nosso sistema solar, há mais de um milhão de cometas que se tornaram inativos há milhões de anos – e, surpreendentemente, alguns “voltaram à vida” depois desse longo período.
Recentemente, uma equipe de cientistas da Universidade de Antioquia (Colômbia) decidiu investigar essa região, localizada entre as órbitas de Marte e Júpiter. “Encontramos um cemitério de cometas”, explica o astrônomo Ignacio Ferrin, líder do grupo.
Vida, morte e ressurreição
Quando um asteroide (um objeto composto por rocha, gelo e impurezas e que normalmente tem pelo menos alguns quilômetros de extensão) chega a uma certa distância do sol, ele entra em órbita e ganha velocidade, e os ventos solares fazem com que o gelo evapore e se transforme em uma “cauda” – o asteroide, então, se torna um cometa.
Qual a diferença entre um asteroide, um cometa, um meteoro e um meteorito?
Eventualmente, o cometa colide com algum obstáculo (ou sofre a ação de uma força contrária) e desacelera, perdendo a “cauda” e vagando lentamente pelo espaço. “Imagine todos esses asteroides orbitando o sol por eras, sem indícios de atividade”. De acordo com Ferrin, porém, “alguns deles não são rochas mortas, afinal de contas, cometas dormentes podem voltar à vida se a energia que recebem do sol aumenta um pouco” – o que acontece, por exemplo, quando as órbitas de Marte ou Júpiter fazem com que se aproximem do sol.
A equipe encontrou 12. “Esses objetos são os ‘cometas Lázaros’, que retornam à vida depois de permanecerem dormentes por milhares ou até mesmo milhões de anos. Potencialmente, qualquer um dos milhares de vizinhos silenciosos pode fazer a mesma coisa”.
Se isso acontecer, será a repetição do “passado glorioso” da região, que, de acordo com as hipóteses levantadas por Ferrin e sua equipe, era habitada por incontáveis cometas ativos.
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