De acordo com os pesquisadores da NASA, em estudo divulgado no portal The Verge, a água presente na Lua e a encontrada em ambiente terrestre é proveniente da mesma fonte. Isso foi descoberto porque cientistas têm pesquisado como ocorreu a formação do nosso satélite natural, há 4,5 bilhões de anos.
O que sugeriu tamanha semelhança entre a água que nós conhecemos e a depositada em solo lunar foi justamente a análise de pequenas amostras de vidro retiradas de vulcões lunares durante as missões Apolo 15 e 17, que ocorreram em 1971 e 1972, respectivamente. Avaliações anteriores haviam detectado que a proporção de deutério e hidrogênio da água presente na Lua era alta e, agora, com as amostras dos vulcões, novos testes sugerem que a proporção desses dois elementos tem, na verdade, valores muito próximos aos da água da Terra.
Um dos autores do estudo, Alberto Saal, professor de Geologia na Brown University, nos EUA, explica que a ciência enxerga esse tipo de pesquisa como uma busca por uma impressão digital da origem da água e que essa nova descoberta é, finalmente, essa impressão.
A teoria antiga para o surgimento da água na Lua era a de que ela provinha da colisão com cometas, enquanto o estudo atual evidencia que a proporção de deutério de hidrogênio é a mesma encontrada em condritos carbonáceos, que são estruturas com alto teor de carbono e que acumulam minerais e água. Essas estruturas estão presentes nos meteoritos que, hipoteticamente, transmitiram à Terra a água que temos hoje.
Saal explica que, com isso, pode-se concluir que a água da Terra veio do mesmo lugar que a água da Lua, e não de cometas. Essas descobertas são pequenas peças para os cientistas que buscam entender o contexto no qual a Lua surgiu. Até agora, pesquisadores trabalham com a possibilidade de que a Lua surgiu depois de um enorme impacto que quebrou um pedaço de nosso planeta.
O problema com essa teoria é que um impacto desse tamanho produziria muito calor e faria com que toda a água evaporasse. Esse tipo de dúvida e contradição faz com que cientistas ao redor do mundo continuem a pesquisar esse tipo de mistério. A própria NASA já tem planos de, em 2017, realizar pesquisas mais intensas em solo lunar para avaliar mais amostras de água.
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