O curta acima, “Stardust”, foi feito pelo diretor Mischa Rozema da PostPanic, e conta a história de Voyager 1,a nave espacial não tripulada e objeto feito pelo homem mais distante do sol, lançada em 1977 para explorar além de nosso sistema solar.
Toda a equipe da PostPanic (empresa com sede em Amsterdã, na Holanda) se esforçou para usar suas próprias técnicas criativas para produzir esse filme, em homenagem à morte do designer gráfico holandês Arjan Groot, que faleceu aos 39 anos em 16 de julho de 2011, de câncer.
A história do filme se centra na ideia de que, no grande esquema do universo, nada é desperdiçado, e que podemos encontrar conforto em sabermos que todos nós essencialmente não passamos de poeira de estrelas (“star dust”, que deu o nome ao curta).
Na metáfora, Voyager representa as lembranças de nossos entes queridos e vidas que nunca desaparecerão. O áudio do filme foi criado por Guy Amitai, que explorou diferentes abordagens musicais até se decidir por instrumentos analógicos.
O vídeo “prevê” a jornada de Voyager 1 conforme a nave se move cada vez mais distante do nosso sol, e continua bem além do tempo de vida da humanidade.
Rozema admite que o filme é mais uma interpretação artística do que científica de nosso universo, e que concentra-se principalmente em colocar a câmera em locais diferentes para obter uma perspectiva visual diferente do que é normalmente fornecido na ciência e nas representações fictícias do espaço.
O diretor queria explorar nossas percepções preconcebidas de como o universo se parece, que são alimentadas por imagens a partir de fontes como a NASA, ou filmes sci-fi. Com a criação de um universo “gerado”, Rozema foi capaz de levar sua própria “câmera” e visão artística para outros ângulos e lugares dentro do cosmos.
Objetos e experiências que são visualmente familiares são mostrados no vídeo de um ponto de vista diferente. Por exemplo, cenas em pé na superfície do sol olhando para cima, ou o testemunho da morte e do nascimento de uma estrela – vale lembrar mais uma vez que esses eventos não são abordados de uma maneira cientificamente correta, mas sim a partir de uma interpretação puramente artística.
“Eu queria mostrar o universo como um lugar bonito, mas também destrutivo. Como diretor, fazer Stardust foi uma experiência muito pessoal. Mas ele não tem a intenção de ser um filme pessoal, e eu gostaria que as pessoas atribuíssem seus próprios significados para o filme, para que também possam encontrar conforto com base em suas próprias histórias e vidas”, disse Rozema.
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