Astrônomos usaram o Telescope Compact Array daCSIRO (Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation – Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth), próximo aNarrabri, Austrália para medir a temperatura de uma nuvem de gás e poeira a uma distância que corresponde aproximadamente à metade da idade do universo.
Basicamente, o que eles fizeram foi encontrar um gás em uma galáxia a 7,2 bilhões de anos-luz de distância. Estando afastada de estrelas e outras fontes de calor, a única coisa que aquece esta nuvem é o calor do Big Bang, o mesmo da radiação cósmica de fundo.
Por sorte, há um quasar, PKS 1830-211, por trás da nuvem de gás. Ondas de rádio do quasar atravessam a nuvem, interagindo com suas moléculas. O resultado é uma mudança no espectro luminoso do quasar – parte da energia é absorvida.
Esta marca deixada no espectro luminoso é usada para calcular a temperatura da nuvem de gás. O valor encontrado foi de 5,08 Kelvin, ou -267,92 °C. Uma temperatura extremamente baixa, mas mais quente que o universo atual, que está a 2,73 K, ou -270,27 °C.
De acordo com a Teoria do Big Bang, a temperatura da radiação cósmica de fundo cai suavemente conforme o universo expande. É exatamente isto que foi visto nas medições – poucos bilhões de anos atrás, o universo era poucos graus mais quente que hoje.
O trabalho, “A precise and accurate determination of the cosmic microwave background temperature at z=0,89″ (“Uma medição precisa e exata da temperatura da radiação cósmica de fundo em z=0,89″ em tradução livre), foi aceito para publicação no periódico Astronomy & Astrophysics
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