Astrobiologia. Já ouviu falar? É uma área bem recente, que surgiu no
início dos anos de 1960 e que se debruça sobre a compreensão das
condições em que a vida pode existir ou ser preservada no cosmos. Em
português simples: procura vida extraterrestre.
Dentro desse contexto, Ganimedes merece nossa atenção, pois detém
vários elementos para a vida existir, de acordo com a física Emma Bunce,
da Universidade de Leicester, no Reino Unido. Como, por exemplo, um
próprio oceano, auroras e oxigênio. Descoberta pelo astrônomo alemão
Simon Marius (1573-1624) e pelo físico italiano Galileu Galilei
(1564-1624), ela é a maior lua de Júpiter e do nosso sistema solar, com
um diâmetro aproximado de 5.262 quilômetros.
Mas seu diferencial reside na sua composição, composta por um núcleo
rochoso com um manto de água e gelo, e uma crosta de rocha e gelo.
Agora, a Agência Espacial Europeia confirmou oficialmente que irá até
lá. Os custos aproximados giram em torno de 1 bilhão de euros, cerca de
R$ 2,3 bilhões, uma quantidade curiosa para tempos de crise.
Missão espacial de Juice
Esse é o nome da espaçonave, cujo fim de jornada será a órbita da lua Ganimedes, a fim de responder a algumas questões.
Por exemplo, quão profundo é o oceano dessa lua? E ele existe por toda a lua ou está espalhado, mais como lagos?
Além disso, cientistas querem compreender melhor o campo magnético
dessa lua, a única com um campo magnético em todo o sistema solar.
Entender esse campo e como ele interage com o campo de Júpiter é um dos
pontos chave.
“Ganimedes é um ambiente bastante rico, por isso estamos todos
excitados”, afirma Bunce. Mas seu lançamento está planejado somente para
2022, com previsão de chegada em Ganimedes em 2032.
Ganimedes, o amante de Zeus
A maior lua de Júpiter recebe esse nome em homenagem ao belo e jovem
amante de Zeus (correspondente ao Júpiter romano), segundo a mitologia
grega.
Conta a lenda que Zeus se apaixonou pelo jovem enquanto Ganimedes
pastoreava seu rebanho no Monte Ida. Zeus então apareceu transfigurado
como uma águia e o levou para o Monte Olimpo, onde Ganimedes se tornou
empregado dos deuses, servindo-lhes bebidas em seus banquetes.
Isso provocou a ira de Hera e, por isso, Zeus colocou a imagem de
Ganimedes entre as estrelas, na forma da constelação de Aquário, o
carregador de água, para sempre lembrar de seu amado.
Pondo as lendas de lado, muitos afirmam que essa é uma alegoria para justificar a homossexualidade entre os gregos antigos
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