Recentemente, você ficou sabendo que o asteroide Vesta foi considerado um protoplaneta, isso é, um planeta em formação que foi interrompido e não chegou a se tornar um companheiro da Terra.
Essa conclusão foi feita por pesquisadores que estudaram o asteroide graças a imagens e dados da missão Dawn, da NASA, que está atualmente orbitando esse objeto enorme, de 530 quilômetros de diâmetro, o segundo maior asteroide e único astro conhecido que sobreviveu a formação do nosso sistema solar.
Por essas e várias outras coisas, Vesta é tão interessante e valeu uma “voltinha” no espaço até lá. A missão Dawn tinha
vários objetivos: ver se o Vesta tinha uma lua, construir mapas globais e tirar imagens detalhadas da superfície do asteroide, revelar pontos de sua topografia, catalogar os minerais e elementos ali presentes, recolher informações sobre o campo gravitacional do asteroide, sobre a massa de Vesta e sua estrutura interior, incluindo seu núcleo e possíveis concentrações irregulares de massa, etc.
Tudo isso para que conheçamos melhor o ambiente de asteroides, pouco explorado, que nunca havia recebido uma sonda de tão pertinho e por um longo período.
Dawn já atingiu sua maior proximidade ao asteroide, fazendo imagens e vídeos incríveis, e alguns benefícios da missão já podem ser colhidos.
A melhor informação é a mais recente, de que Vesta tem um núcleo de ferro, uma superfície variada, camadas de rocha e, possivelmente, um campo magnético – todos sinais de um planeta em formação, e não de um asteroide. Esses dados dão a entender que Vesta estava a caminho de se tornar um planeta, mas nunca cresceu o suficiente.
Outras informações enviadas pela NASA mostram que a superfície de Vesta é bastante diversificada. Por exemplo, lá os cientistas descobriram uma montanha mais alta que a maior da Terra, o monte Everest (8,8 mil metros de altura), localizada no polo sul de Vesta. Ela era quase tão alta quanto a maior montanha e vulcão do sistema solar, o Monte Olimpo, em Marte, que se estende por 24 mil metros acima da superfície.
Os cientistas também descobriram que a superfície de Vesta parece ser muito mais dura do que a maioria dos asteroides.
Estimativas preliminares indicam que as crateras do hemisfério sul são muito mais jovens do que as do norte, com aproximadamente apenas um a dois bilhões de anos.
A missão Dawn está orbitando Vesta desde 17 de julho do ano passado. Eles já viram bastante, então está na hora da gente ver um pouco também, não?
Animadores do Centro Aeroespacial Alemão fizeram esse favor para nós, reles humanos que não são cientistas: transformaram imagens reais e dados da missão da NASA sobre o Vesta em um filme virtual.
O vídeo acima começa mostrando a Divalia Fossa, um par incomum de valas paralelas ao terreno cheio de crateras do asteroide.
Em seguida, você pode ver a cratera Marcia, de 60 quilômetros, em muitos detalhes. As últimas imagens foram digitalmente reformuladas com altura exagerada para melhor revelar a montanha Aricia Tholus, de 5 quilômetros de altura, do Vesta.
Em agosto, a missão Dawn deve deixar Vesta em direção a Ceres, o maior asteroide do sistema solar. Vesta e Ceres podem oferecer respostas interessantes sobre o início e formação do sistema solar. Quem sabe em breve alguns mistérios não sejam resolvidos.
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