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domingo, 19 de setembro de 2021

Proximidade com o campo magnético do Sol influenciou o núcleo massivo de ferro de Mercúrio

 

Representação gráfica da estrutura interna de Mercúrio. Crédito: Centro de Voo Espacial Goddard da NASA

Durante décadas, muitos cientistas argumentaram que colisões "toca-e-foge" com outros corpos durante a formação do nosso Sistema Solar destruíram a maior parte do manto rochoso de Mercúrio e deixaram o grande e denso núcleo de metal no seu interior. Mas uma nova investigação revela que as colisões não explicam a composição do planeta - o magnetismo do Sol, sim. 

William McDonough, professor de geologia na Universidade de Maryland, EUA, e Takashi Yoshizaki da Universidade Tohoku desenvolveram um modelo que mostra que a densidade, a massa e o conteúdo de ferro do núcleo de um planeta rochoso são influenciados pela sua distância ao campo magnético do Sol. O artigo que descreve este modelo foi publicado na revista Progress in Earth and Planetary Science. 

"Os quatro planetas interiores do nosso Sistema Solar - Mercúrio, Vénus, Terra e Marte - são feitos de diferentes proporções de metal e rocha," disse McDonough. "Há um gradiente no qual o conteúdo de metal no núcleo diminui à medida que os planetas se afastam do Sol. O nosso artigo explica como isto aconteceu e mostra que a distribuição de matérias-primas no Sistema Solar primordial foi controlada pelo campo magnético do Sol." 

McDonough desenvolveu anteriormente um modelo para a composição da Terra que é frequentemente usado por cientistas planetários para determinar a composição de exoplanetas (o seu artigo seminal foi citado mais de 8000 vezes). 

O novo modelo de McDonough mostra que durante a formação inicial do nosso Sistema Solar, quando o jovem Sol estava cercado por uma nuvem giratória de poeira e gás, grãos de ferro foram atraídos para o centro pelo campo magnético do Sol. Quando os planetas começaram a formar-se a partir de aglomerados de poeira e gás, os planetas mais próximos do Sol incorporaram mais ferro nos seus núcleos do que os mais distantes.

Fonte: Astronomia OnLine

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