O observatório orbital Hubble recebeu imagens de várias galáxias consideradas as mais antigas do universo, observando a constelação de Aquário com a ajuda de câmeras de infravermelhos e óticas, informa o site do telescópio espacial.
Agora, o Hubble está efetuando uma espécie de recenseamento dos maiores aglomerados de galáxias do Universo, recebendo fotos detalhadas no âmbito do projeto Relics. Estes dados, conforme esperam os cientistas, vão ajudar a fazer as primeiras avaliações exatas da massa de matéria escura e perceber como acabou "o período escuro" no limiar do nascimento do Universo quando ele não era transparente para a luz visível e outras formas de ondas eletromagnéticas.
Além do mais, o exame dos aglomerados antigos de galáxias, esperam os cosmólogos, nos ajudará a compreender qual o papel que a matéria e energia escuras desempenharam na sua criação e existência, e como a estrutura e disposição destas galáxias no Universo estão ligadas à distribuição da matéria no Universo nos primeiros instantes após a Grande Explosão.
Um dos alvos de estudo do Relics foi o aglomerado RXC J2211.7-0350, na constelação de Aquário, à distância de quatro bilhões de anos-luz da Terra. Segundo explica a equipe do Hubble, os cientistas se interessam não por determinadas galáxias nesta "família sideral", mas como elas distorcem e intensificam a luz dos corpos celestes ainda mais distantes, que existiam nos primeiros momentos da vida do Universo.
Graças a esta lente gravitacional, uma parte das manchas brilhantes na foto da RXC J2211.7-0350 de fato estão situadas muito mais longe de nós do que a própria aglomeração, e as vemos no estado em que existiam 11-12 bilhões de anos atrás, no amanhecer da vida do Universo.
Os cientistas querem que seu estudo ajude a compreender como eram as primeiras estrelas do Universo, como eram diferentes das suas "sucessoras" modernas e se a sua matéria escura se comportava diferentemente da de hoje.
Nenhum comentário:
Postar um comentário