domingo, 28 de junho de 2015
Hubble observa exoplaneta do tamanho de Netuno que "SANGRA" a atmosfera
Esta impressão de artista mostra a enorme nuvem em forma de cometa que "sangra" do Neptuno quente, Gliese 436b, a apenas 30 anos-luz da Terra. A estrela hospedeira também está na imagem, uma ténue anã vermelha de nome Gliese 436. O hidrogénio está a evaporar do planeta devido à radiação extrema da estrela. Um fenómeno assim tão grande nunca tinha sido observado num exoplaneta deste tamanho. Crédito: NASA, ESA, STScI e G. Bacon
Astrónomos usando o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA descobriram uma imensa nuvem de hidrogénio dispersada por um planeta quente do tamanho de Neptuno em órbita de uma estrela próxima. A enorme cauda gasosa do planeta tem cerca de 50 vezes o tamanho da estrela-mãe. Os resultados foram publicados na edição de 24 de junho da revista Nature. Um fenómeno assim tão grande nunca tinha sido observado antes em redor de um exoplaneta deste tamanho (já foram observados fenómenos parecidos mas em exoplanetas mais massivos). Pode proporcionar pistas de como as super-Terras - versões quentes e gigantes da Terra - nascem em torno de outras estrelas.
"Esta nuvem de hidrogénio é espetacular!" afirma David Ehrenreich do Observatório da Universidade de Genebra, na Suíça, autor principal do estudo. "Embora a taxa de evaporação não ameace, por agora, o planeta, nós sabemos que a estrela, uma ténue anã vermelha, já foi mais ativa no passado. Isto significa que a atmosfera do planeta evaporou-se mais depressa durante o primeiro milhar de milhão de anos da sua existência. No geral, estima-se que pode ter perdido até 10% da sua atmosfera."
O planeta, chamado Gliese 436b, é considerado um "Neptuno quente" porque é parecido em tamanho com Neptuno, mas está muito mais perto da sua estrela Gliese 436 do que Neptuno está do Sol. Embora, neste caso, o planeta não esteja em perigo de perder completamente a sua atmosfera - deixando apenas um núcleo sólido e rochoso - este comportamento pode explicar a existência das super-Terras quentes, que orbitam muito perto das suas estrelas e são normalmente mais massivas que a Terra, embora mais pequenas que as dezassete massas terrestres de Neptuno.
As super-Terras quentes podem ser os núcleos remanescentes de planetas mais massivos que perderam completamente as suas atmosferas espessas, devido ao mesmo género de evaporação que o Hubble observou em redor de Gliese 436b. Tendo em conta que a atmosfera da Terra bloqueia a maior parte da luz ultravioleta, os astrónomos precisaram de um telescópio espacial com a capacidade ultravioleta e precisão requintada do Hubble a fim de observar a nuvem. "Não teríamos sido capazes de a observar em comprimentos de onda visíveis," explica Ehrenreich. "Mas quando apontamos o olho ultravioleta do Hubble para este sistema, dá-se uma verdadeira transformação - o planeta altera-se para uma coisa monstruosa."
Ehrenreich e a sua equipa sugerem que a enorme nuvem de gás pode existir em torno deste planeta porque a nuvem não é rapidamente aquecida e varrida pela radiação da estrela anã vermelha, que é relativamente fria. Isto permite com que a nuvem fique por mais tempo.
Este género de evaporação pode também ter acontecido no passado do nosso Sistema Solar, quando a Terra tinha uma atmosfera rica em hidrogénio que se dissipou. Também é possível que aconteça novamente no final da vida do nosso planeta, quando o Sol inchar para se tornar numa gigante vermelha e ferver a nossa atmosfera restante, antes de engolir completamente o nosso planeta. Gliese 436b reside muito próximo de Gliese 436 - apenas a cerca de 4 milhões de quilómetros de distância - e completa uma órbita em mais ou menos 2,6 dias terrestres. Este planeta tem, pelo menos, 6 mil milhões de anos, mas os astrónomos suspeitam que possa ser mais velho.
Com aproximadamente o tamanho de Neptuno, tem uma massa que corresponde a mais ou menos 23 Terras. E a apenas 30 anos-luz da Terra, é um dos exoplanetas mais próximos que se conhecem. "A descoberta da nuvem em redor de Gliese 436b pode mudar completamente o jogo da caracterização das atmosferas de toda a população de Neptunos e super-Terras em observações ultravioletas," comenta Vincent Bourrier, também do Observatório de Genebra na Suíça, coautor do estudo. Nos próximos anos, Bourrier espera que os astrónomos encontrem milhares de planetas deste género."
Fonte: Astronomia Online
10 Enigmas da Ciência
Um livro acaba de ser publicado na Inglaterra listando os 20 desafios mais importantes da ciência moderna, ao menos segundo os autores, Mun Keat Looi, Hayley Birch e Colin Stuart ("Big Questions in Science"). Apesar de toda lista desta natureza ter uma dose de arbitrariedade, eis as primeiras 10 delas, com comentário.
1. Do que é feito o Universo? Conhecemos apenas 5% da composição cósmica. Os átomos dos quais somos feitos são a minoria absoluta -- 95% consiste de "matéria escura" e "energia escura", cuja composição continua um mistério.
2. Como surgiu a vida? A vida surgiu na Terra em torno de 3,5 bilhões de anos atrás. Como que átomos, combinados em moléculas, atingiram um nível de complexidade em que essas moléculas formaram o primeiro sistema "vivo"?
3. Estamos sós no Universo? Hoje, sabemos que a maioria das estrelas têm planetas girando à sua volta. Será que a vida está presente em algum deles? Em muitos? E essa vida, seria inteligente ou simples? Se existe vida inteligente na nossa galáxia, por que ainda não temos confirmação definitiva?
4. O que nos torna humanos? Temos três vezes mais neurônios do que um gorila, mas nossos DNAs são quase iguais. Por outro lado, muitos animais têm linguagem rudimentar, usam ferramentas, reconhecem-se no espelho; seria nossa cultura, nosso polegar, a descoberta do fogo, o que nos tornou humanos?
5. O que é o consciente? Como que o cérebro gera a mente, nossa capacidade de termos autoconsciência, de podermos escrever poesias e sinfonias? E por que o consciente existe, qual a sua função evolutiva?
6. Por que sonhamos? Passamos um terço de nossas vidas dormindo e ainda não entendemos por que sonhamos. Terão alguma função essencial ou são apenas imagens aleatórias de um cérebro em repouso parcial?
7. Por que a matéria existe? De acordo com as leis da física, a matéria não deveria existir sozinha; cada elétron, cada próton, deveria ter seu companheiro de antimatéria, como gêmeos. O problema é que matéria e antimatéria, quando se encontram, desintegram-se em radiação. Se ambos existissem em pé de igualdade, não estaríamos aqui. Ninguém sabe a razão para essa assimetria da natureza.
8. Existem outros universos? Ou o nosso é único? Se existirem outros universos, poderiam ter propriedades diferentes do nosso. Como podemos saber se existem?
9. Onde poremos todo o carbono? Com a industrialização, a quantidade de carbono na atmosfera vem aumentando, causando o efeito estufa. O que faremos para reverter ou desacelerar esse processo?
10. Como conseguir mais energia do Sol? A energia solar, em tese, é a melhor das fontes. Como otimizar sua extração para resolver a questão da energia? Será que a fusão nuclear controlada vai se concretizar ?
O cérebro de Albert Einstein é frequentemente alvo de pesquisas e especulações.
Removido sete horas após a morte do físico teórico, o órgão desde então têm atraído atenção devido à reputação de Einstein de ser um dos maiores gênios do século XX. As supostas regularidades ou irregularidades do cérebro foram usadas para defender diversas teorias a respeito de correlações entre a neuroanatomia e a inteligência. Estudos científicos sugeriram que as regiões envolvidas na fala e linguagem são menores e as envolvidas com processamento numérico e espacial são maiores, enquanto outras pesquisas indicaram um número elevado de células de glia no órgão.
O cérebro de Einstein foi removido, pesado e preservado por Thomas Stoltz Harvey, o patologista que realizou a autópsia no físico. Ele declarou que o fez esperando que a citoarquitetura do córtex cerebral revelasse informações úteis. Harvey injetou 10% de formalina através das artérias carótidas internas, posteriormente suspendendo o cérebro intacto em outra solução de 10% de formalina. Ele então fotografou o órgão, dissecou-o em aproximadamente 240 seções (cada uma com cerca de 1cm3) e envolveu os segmentos em um material similar ao plástico chamado colódio. Harvey também removeu os olhos de Einstein, doando-os a seu antigo oftalmologista Henry Abrams. Por recusar-se a devolver os órgãos, foi demitido do Princeton Hospital pouco tempo depois.
Medindo a massa de um exoplaneta com tamanho de Marte
Impressão de artista que mostra o sistema planetário que alberga Kepler-138b, o primeiro exoplaneta mais pequeno que a Terra com a massa e tamanho medidos. Os tamanhos dos planetas, relativamente à estrela, foram exagerados. Crédito: nstituto SETI/Danielle Futselaar
A determinação da dimensão de um exoplaneta de tamanho semelhante à Terra, pela quantidade de luz estelar que bloqueia a centenas de anos-luz de distância, já esteve no reino da ficção científica. A medição da massa de um planeta assim tão pequeno com base na sua gravidade estava completamente noutro nível, mas os astrónomos fizeram exatamente isso para um exoplaneta com 50% do tamanho da Terra. Investigadores, usando dados da missão Kepler da NASA, mediram a massa de um exoplaneta do tamanho de Marte que tem aproximadamente um-décimo da massa da Terra. Chamado Kepler-138b, é o primeiro exoplaneta mais pequeno que a Terra a ter tanto a sua massa como o seu tamanho medidos. Isto amplia significativamente a gama de planetas com densidades medidas.
Para determinar a massa de um planeta, os astrónomos geralmente medem o movimento minúsculo da estrela provocado pela força gravitacional de um planeta em órbita. Para planetas da massa da Terra, a deteção de uma influência assim tão pequena torna-se extraordinariamente difícil com a tecnologia atual. Felizmente, para uma estrela que hospeda vários planetas que orbitam uns perto dos outros, os cientistas desenvolveram outra forma de chegar à massa dos planetas. Daniel Jontof-Hutter, associado de pesquisa do Centro para Exoplanetas e Mundos Habitáveis da Universidade Estatal de Pensilvânia, EUA, liderou uma equipa de astrónomos num estudo para medir a massa de todos os três planetas ao observar com precisão os tempos de cada passagem em frente da estrela Kepler-138.
"Cada planeta diminui periodicamente de velocidade e acelera ligeiramente devido à gravidade dos seus planetas vizinhos. A ligeira mudança no tempo entre os trânsitos permite-nos medir a massa dos planetas," afirma Jontof-Hutter. De cada vez que um planeta transita uma estrela, bloqueia uma pequena fração da luz estelar, permitindo que os astrónomos possam medir o tamanho do planeta. Este é o método que o Kepler utilizou para detetar milhares de planetas em torno de outras estrelas. Ao medir tanto a massa como o tamanho de um exoplaneta, os cientistas podem calcular a densidade e inferir a composição para determinar se um planeta é feito predominantemente de rocha, água ou gás. A densidade do minúsculo Kepler-138b é consistente com uma composição rochosa como a Terra ou Marte, mas são necessárias mais observações até que os astrónomos possam afirmar definitivamente que é um mundo rochoso.
Kepler-138b é o mais interior dos três planetas que orbitam Kepler-138, uma estrela com menos de metade do tamanho do nosso Sol e cerca de 30% mais fria. O sistema de Kepler-138 está localizado a mais ou menos 200 anos-luz da Terra na direção da constelação de Lira. Os dois planetas exteriores, Kepler-138c e Kepler-138d, têm aproximadamente o tamanho da Terra. Kepler-138c é provavelmente rochoso, enquanto Kepler-138d é menos denso e não pode ser constituído da mesma mistura de materiais que a Terra. Todos os três planetas orbitam demasiado perto da estrela para a existência de água líquida à superfície e para a existência de vida como a conhecemos.
"A principal diferença entre as densidades dos dois planetas maiores diz-nos que nem todos os planetas parecidos à Terra em tamanho são rochosos," afirma Jack Lissauer, coautor e cientista planetário do Centro de Pesquisa Ames da NASA em Moffett Field, no estado americano da Califórnia. "Estudos adicionais de planetas pequenos ajudarão a fornecer um melhor conhecimento da diversidade que existe na natureza e ajudarão a determinar se planetas rochosos como a Terra são comuns ou raros."
Tal como os astrónomos no início do século XX estudavam uma grande variedade de estrelas a fim de caracterizar e classificar diferentes tipos, os astrónomos no século XXI estão a fazer o mesmo para compreender a diversidade da demografia das populações exoplanetárias na nossa Galáxia, a Via Láctea. Os cientistas estão trabalhando para usar estas novas medições de planetas pequenos do Kepler e do futuro TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite) com o objetivo de identificar padrões na relação entre a massa e o tamanho.
Estas informações irão fornecer um contexto para a compreensão da história da Terra e de outros planetas no nosso próprio Sistema Solar e informar os caçadores de exoplanetas da próxima geração à medida que procuram vida fora do nosso Sistema Solar. Um estudo anterior mediu as massas dos dois planetas exteriores. Este novo estudo realizou uma análise mais detalhada do sistema de Kepler-138 usando dados adicionais do Kepler. Isto permitiu a medição da massa do planeta interior com o tamanho de Marte e melhorou a precisão do tamanho e da massa dos planetas exteriores. Os resultados foram publicados na edição de ontem da revista Nature.
Galáxia gigante ainda está a crescer
O enorme halo em torno da galáxia elíptica gigante Messier 87 pode ser visto nesta imagem muito profunda. Um excesso de radiação na região em cima à direita do halo e o movimento das nebulosas planetárias nesta galáxia, são os últimos sinais que restam de uma galáxia de tamanho médio que colidiu recentemente com M87. A imagem mostra também muitas outras galáxias que fazem parte do Enxame de Virgem, do qual Messier 87 é o membro maior. Em particular, as duas galáxias em cima à direita da imagem são chamadas “os Olhos". Crédito: Chris Mihos (Universidade Case Western Reserve)/ESO
Observações recentes obtidas com o VLT (Very Large Telescope) do ESO mostraram que a galáxia elíptica gigante Messier 87 engoliu uma galáxia inteira de tamanho médio no último milhar de milhões de anos. Uma equipa de astrónomos conseguiu pela primeira vez seguir o movimento de 300 nebulosas planetárias brilhantes, encontrando evidências claras deste evento e encontrando também excesso de radiação emitida pelos restos da vítima completamente desfeita. Os astrónomos pensam que as galáxias crescem ao engolir galáxias mais pequenas.
No entanto, evidências deste fenómeno não são fáceis de encontrar — tal como os restos da água de um copo lançada num lago se mistura com a água do lago, as estrelas da galáxia mais pequena misturam-se com as estrelas muito semelhantes da galáxia maior, não deixando qualquer traço. Uma equipa de astrónomos liderada pela estudante de doutoramento Alessia Longonardi do Max-Planck-Institut für extraterrestrische Physik, Garching, Alemanha, utilizou uma técnica observacional inteligente para mostrar que a nossa vizinha galáxia elíptica gigante Messier 87 se fundiu com uma galáxia mais pequena no último milhar de milhões de anos.
"Este resultado mostra de modo direto que as estruturas grandes e luminosas no Universo ainda estão a crescer de modo substancial — as galáxias ainda não estão prontas!" — diz Alessia Longobardi. "Uma grande parte do halo exterior de Messier 87 aparece-nos duas vezes mais brilhante do que seria de esperar se a colisão não tivesse ocorrido. Messier 87 situa-se no centro do enxame de galáxias de Virgem. Trata-se de uma enorme bola de estrelas com um massa total de mais de um bilião de vezes a do Sol, localizada a cerca de 50 milhões de anos-luz de distância.
Em vez de tentarem ver todas as estrelas de Messier 87 — existem literalmente milhares de milhões destes objetos que, para além de serem muito ténues, são obviamente muito numerosos para poderem ser estudados de forma individual — a equipa observou nebulosas planetárias, as conchas luminosas em torno de estrelas envelhecidas. Uma vez que estes objetos brilham muito intensamente num tom específico de verde ultramarino, podemos facilmente distingui-los das estrelas circundantes. Observações cuidadas da radiação emitida por estas nebulosas usando um espectrógrafo potente podem também revelar os seus movimentos.
Tal como a água de um copo que deixa de se ver uma vez atirada a um lago — mas que pode causar ondas e outras perturbações passíveis de serem vistas se houver partículas de lama na água — os movimentos das nebulosas planetárias, medidos com o auxílio do espectrógrafo FLAMES montado no VLT, dão-nos pistas sobre a fusão que ocorreu.
"Estamos a assistir a um único evento de acreção recente, no qual uma galáxia de tamanho médio passou através do centro de M87 e, como consequência das enormes forças de maré, as suas estrelas dispersaram-se ao longo de uma região 100 vezes maior que a galáxia original!” acrescenta Ortwin Gerhard, chefe do grupo de dinâmica do Max-Planck-Institut für extraterrestrische Physik, Garching, Alemanha, e coautor do novo estudo.
A equipa observou também de forma cuidada a distribuição da radiação nas regiões exteriores de Messier 87 e descobriu evidências de radiação adicional emitida pelas estrelas da galáxia mais pequena que se desfez.
Estas observações mostraram igualmente que a galáxia desfeita trouxe estrelas mais jovens e azuis para M87, inferindo-se assim que esta galáxia seria antes da fusão, muito provavelmente, uma galáxia em espiral a formar estrelas. "É muito interessante conseguir identificar estrelas que se encontram espalhadas por centenas de milhares de anos-luz no halo desta galáxia — e ainda conseguir inferir a partir das suas velocidades que pertencem a uma estrutura comum. As nebulosas planetárias verdes são as agulhas no palheiro das estrelas douradas. No entanto, estas 'agulhas' raras dão-nos pistas sobre o que aconteceu às estrelas," conclui a coautora Magda Arnaboldi (ESO, Garching, Alemanha).
Fonte: Astronomia Online
Robô Curiosity flagra 'pirâmide' em Marte e fomenta discussões sobre vida no planeta
Imagens divulgadas pela Nasa mostram fotografias tiradas pelo robô Curiosity, que está em Marte desde 2012,
Mais uma evidência ou apenas viagem de quem quer muito que isso aconteça? Imagens divulgadas pela Nasa mostram fotografias tiradas pelo robô Curiosity, que está em Marte desde 2012, que provariam a existência de vida no Planeta Vermelho. A foto em questão aponta para uma formação rochosa no formato exato de uma pirâmide. Especialistas passaram a discutir o tema e, segundo alguns ufólogos, a pirâmide em questão não é acaso, mas sim “resultado de vida inteligente e de um projeto e certamente não um truque de luz e sombra”.
O fato de a Curiosity ter fotografado essa formação geométrica em específico fomentou ainda mais os discursos daqueles que acreditam ser essa a prova de que existe vida em Marte. Isso porque, para muitos ufólogos, as pirâmides do Egito são obras de extraterrestres. A Nasa, por sua vez, não comentou a boataria que está rolando na internet após a divulgação da foto. A agencia espacial dos Estados Unidos se limitou apenas a divulgar os resultados da Curiosity e comemorar a nitidez das imagens trazidas pelo robô.
Novo estudo pode encontrar buracos negros “perdidos”
Embora os astrônomos já tenham detectado algo em tono de 50 buracos negros de massa estelar até agora, ninguém ainda conseguiu chegar a uma forma prática de detectar buracos negros de massa estelar livre que flutuam solitários na vizinhança galáctica local. Esses objetos poderiam chegar muito próximos da Terra, o que significaria um rico e tanto.
Contudo, isso deve mudar em breve.
Em um artigo aceito para publicação na Royal Astronomical Society (Sociedade Real de Astronomia, em tradução livre), o autor Rob Fender e seus colegas afirmam que mais de 100 buracos negros “flutuantes” devem ser detectáveis nas proximidades da Terra até o final da década.
Fender, que é astrofísico da Universidade de Southampton, no Reino Unido, confirmou através de simulações que isso é possível.
Mas como alguém pode detectar a emissão eletromagnética de um buraco negro se nada escapa à sua gravidade?
De acordo com Fender, é possível porque se trata de uma saída de partículas de alta energia que provavelmente produz emissões de rádio. Ele também explica que a radiação não viria do horizonte de eventos do buraco negro – o ponto gravitacional de não retorno.
Quando a matéria acrescida pelo buraco negro roda em direção a seu horizonte de eventos, se aquece e produz radiação. Assim, os pesquisadores podem ver essa emissão no raio-X, rádio, infravermelho ou óptica.
A simulação.
A simulação do estudo foi baseada em uma região do espaço centrada em nosso sol, que se estende através do disco de nossa galáxia da Via Láctea a uma distância de quase mil anos-luz. Nessa esfera, a equipe de cientistas acredita que existem cerca de 35.000 buracos negros individuais livres.
Foto : A Galáxia do Bode
A Galáxia do Bode é uma galáxia espiral localizada a cerca de doze milhões de anos-luz de distância na direção da constelação de Ursa Maior.
Vivemos a apenas 150 milhões de quilômetros de um enorme reator de fusão.
É fácil ignorar esse fato, já que o Sol está apenas na metade de sua longa jornada de conversão de prótons em núcleos de hélio nas profundezas de seu interior. Sua aposentadoria ainda está alguns bilhões de anos no futuro.
Ocasionalmente, porém, nossa estrela mais próxima pode nos lembrar de que é grande, poderosa, e um pouco problemática.
No dia 11 de março de 2015, o Sol produziu a primeira explosão solar da classe X deste ano – lançando um pouco de energia de partículas em nossa ionosfera e desligando alguns rádios durante um tempo.
Levando tudo em conta, foi uma explosão bem tranquila, mas o Observatório de Dinâmica Solar, da Nasa – estacionado em sua órbita geossíncrona – capturou imagens impressionantes da explosão na extremidade ultravioleta do espectro magnético.
Para colocar as coisas em perspectiva, a primeira imagem (combinando duas bandas espectrais a 171 e 131 Angstroms) mostra a escala da Terra em relação ao Sol. A origem da explosão é o brilho branco-azulado. Esse é um evento X2.2 – bem grande.
A ilustração a seguir mostra uma imagem bem simples da fotosfera solar em luz visível – o Sol está bem uniforme, exceto pela mancha no local da explosão.
Via: Sociedade Científica
NASA começa preparação para ir até Europa, a lua oceânica de Júpiter.
Europa, a quarta maior lua de Júpiter, é coberta por uma grossa camada de um gelo em constante mudança que parece flutuar sobre um oceano profundo e quente. Cientistas sugerem há muito tempo que este é lugar mais provável de haver vida além da Terra. E agora, enfim, a NASA confirma que a primeira missão para a Europa entrou em fase de desenvolvimento.
O desenvolvimento dessa missão, que será lançada em 2020, teve início nessa quinta-feira (18). Os oceanos de Europa podem ser duas vezes maiores que os da Terra, e cientistas especulam que os mares dessa lua possuem piso rochoso e até marés criadas pela força gravitacional de Júpiter.
John Grunsfeld, administrador associado do Diretório de Missões Científicas da NASA, em Washington, EUA, diz:
Hoje damos um animador passo do conceito para missão, na nossa busca para encontrar sinais de vida além da Terra". Observações da Europa nos providenciaram tentadoras dicas nas últimas duas décadas, e chega a hora de buscar respostas para as questões mais profundas da humanidade.
Então essa é explicitamente uma missão para encontrar vida. A JPL irá construir a ainda não nomeada espaçonave da missão, com instrumentos providenciados por diversos laboratórios.
Vale lembrar que na ficção científica existe a ideia que a Europa é inabitada e humanos não devem ir até lá.
Talvez o mais conhecido seja o filme 2010, no qual alienígenas dizem para a humanidade que “Todos estes mundos são seus exceto Europa. Não tentem pousar nela”. Mais recentemente, surgiu o filme independente Europa Report, no qual humanos tentam pousar lá e, bem… você pode assisti-lo para saber do resto.
Talvez em referência a essa tradição da ficção científica, a missão da NASA não tentará pousar na gélida lua oceânica de Júpiter. Em vez disso, ela voará 45 vezes pela Europa, passando por Júpiter no processo, com instrumentos que podem fazer de tudo, desde mapas visuais da superfície, até análises espectrais, radares, sondagens, análise de campo magnético, sensor de temperatura e outros.
Mas mesmo que não encontremos vida na Europa, existem alguns outros lugares — que parecem ter água — no espaço para explorarmos. O mais notável sendo Encélado, uma lua de Saturno que é conhecida por lançar vastos jatos d’água no espaço, o que sugere que exista uma oceano abaixo da crosta dela.
Foto : NGC 1569
NGC 1569 é uma galáxia irregular localizada a mais de sete milhões de anos-luz de distância na direção da constelação de Camelopardalis.
Foto : NGC 2403
NGC 2403 é uma galáxia espiral localizada a cerca de onze milhões de anos-luz de distância na direção da constelação da Girafa.
Nasa quer usar lasers para automatizar próxima geração de veículos lunares
Dirigir na Lua não é uma tarefa fácil, para seres humanos e robôs. As ladeiras são íngremes, uma cratera gigantesca pode aparecer sem aviso e as sombras longas podem desorientar tanto astronautas como sensores que usam câmeras para auxiliar na navegação. Mas a Nasa quer usar outro tipo de abordagem para solucionar o problema: lasers.
A agência espacial americana quer ajuda para construir uma tecnologia de navegação baseada no LIDAR, uma espécie de sonar a laser. O sistema dispara feixes de luz pelo ambiente ao seu redor para obter uma imagem do que está por perto, baseado no tempo que o reflexo desses feixes demora para voltar.
O sistema seria útil na Lua, onde o terreno é muito sinuoso. "O sistema LIDAR deverá ser capaz de detectar perigos naturais do terreno, como pedras, crateras e declives", diz o pedido da Nasa.
Atualmente, o LIDAR é usado experimentalmente em duas formas que podem ser particularmente úteis na lua: ajudar carros autônomos a se locomoverem sozinhos e dar a robôs a capacidade de perceber o ambiente ao seu redor.
Astronautas dirigindo veículos lunares poderiam contar com o LIDAR para serem avisados sobre perigos que estejam em seu caminho e eles não consigam enxergar, como crateras profundas ou uma ladeira muito íngreme.
O pedido da Nasa inclui uma data: a agência quer sistemas LIDAR que "possam ser entregues até 2019 para uso em missões lunares". O curto espaço de tempo até o prazo final indica que as primeiras missões ao satélite não serão tripuladas.
Foto : Anomalias gravitacionais de Mercúrio
Através dos dados da sonda MESSENGER se identificou anomalias gravitacionais no planeta mercúrio.
As Regiões de anomalias foram marcadas na imagem do planeta usando uma escala de cores.
Via: Sociedade Astronômica do Recife
Por que a Lua não escapa da Terra ?
A força gravitacional exercida pelo Sol sobre a Lua é quase duas maior que aquela exercida pela. Por que a Lua não escapa da Terra?
"Neste problema estamos tratando de um sistema de três corpos, sendo que um deles - o Sol - tem massa muito maior do que os outros dois. Assim, as forças gravitacionais da Terra e da Lua sobre o Sol produzem acelerações que podem ser desprezadas frente às acelerações sofridas pela própria Terra e pela própria Lua.
Portanto, para efeito do raciocínio que vamos desenvolver, o Sol pode ser considerado um sistema de referência inercial (não-acelerado), em relação ao qual a Terra e Lua estão aceleradas. Neste sistema de referência, Terra ou Lua sofrem duas acelerações: a aceleração produzida pela força gravitacional do Sol e a aceleração produzida sob efeito de sua atração gravitacional mútua.
Como a dimensão do sistema Terra-Lua (distância entre a Terra e a Lua) é muito pequena em relação à distância que separa o sistema do Sol (cerca de 400 vezes menor), é fácil demonstrar - utilizando-se a Lei da Gravitação Universal e a Segunda Lei de Newton - que a força gravitacional exercida pelo Sol produz praticamente a mesma aceleração (em intensidade e orientação) em ambos os corpos.
Isto equivale a dizer que o campo gravitacional do Sol sobre o sistema Terra-Lua pode ser considerado uniforme. Já que a Terra e a Lua estão igualmente aceleradas pelo Sol, o movimento relativo entre elas independe da força que o Sol exerce sobre cada uma, dependendo apenas das forças internas ao sistema Terra-Lua (e do estado desse sistema em um dado momento).
Esta afirmação seria rigorosamente correta se o sistema Terra-Lua estivesse sob a ação de um campo gravitacional externo uniforme mas, como é bem sabido, o movimento relativo Lua-Terra sofre efeitos em conseqüência da não-uniformidade do campo gravitacional externo ao sistema. São perturbações pequenas mas perceptíveis.
Resumindo em poucas palavras, pode-se dizer que a Lua é acelerada pelo Sol mas a Terra também é acelerada por ele, sendo essas acelerações praticamente iguais. Então, a distância Terra-Lua não é aumentada (ou alterada de qualquer maneira) devido às acelerações idênticas causadas pelo Sol."
Escrito por Prof. Fernando Lang da Silveira - UFRGS
Foto : Via Láctea
Nossa própria galáxia, a Via Láctea, aparece nesta vista deslumbrante como uma ponte que parece conectar Monte Paranal , o VLT (Very Large Telescope) local (à esquerda) com o pico nas proximidades, a casa da VISTA (Visible e Infrared Survey Telescope for Astronomy) telescópio de rastreio.
Foto :NGC 2547
NGC 2547 é um aglomerado aberto na direção da constelação de Vela. O objeto foi descoberto pelo astrônomo Nicolas Lacaille em 1751.
Astrônomos descobrem 854 galáxias ultra-difusas no aglomerado de coma.
Um grupo de astrônomos, liderado pelo Dr. Jin Koda da Stony Brook University, descobriu 854 galáxias ultra-difusas, as chamadas UDGs no Aglomerado de Coma, usando imagens obtidas com o Telescópio Subaru. Essas galáxias estão muito distantes, a cerca de 300 milhões de anos-luz, e 332 são do tamanho da Via Láctea.
O Dr. Koda e seus colegas disseram que seu estudo foi motivado pela recente descoberta de 47 UDGs no Aglomerado de Coma pelos astrônomos usando o Dragonfly Telephoto Array.
As galáxias do Subaru mostram uma distribuição concentrada ao redor do centro do aglomerado, sugerindo fortemente que a grande maioria fazem parte do aglomerado.
“Elas são uma população passivamente em desenvolvimento, localizando ao longo da sequência vermelha no diagrama de cor e magnitude sem a assinatura da emissão de H-alpha. A formação de estrelas, foi, portanto extinta no passado”, dizem os astrônomos.
Muitas UDGs são similares em tamanho à nossa Via Láctea, mas tem somente 1/1.000 das estrelas que a nossa galáxia possui.
Os cientistas especulam que essas galáxias provavelmente têm altas frações de matéria escura já que elas sobreviveram aos fortes campos de maré do aglomerado.
“As galáxias não só aparecem muito difusas, mas também elas são muito provavelmente envelopadas por algo muito massivo”, disse o Dr. Koda, principal autor do estudo aceito para publicação no Astrophysical Journal Letters.
A quantidade de matéria visível que as UDGs possuem, menos de 1%, é extremamente baixa, se comparada com a fração média no Universo.
“Essas UDGs podem oferecer ideias sobre o modelo de formação de galáxias. Contudo, é necessário mais trabalho para ser feito para se poder entender essas galáxias e seu lugar no quadro padrão da formação de galáxias”, dizem os cientistas.
“Observações espectroscópicas no futuro podem revelar a história da formação de estrelas nessas galáxias escuras”.
Nebulosa Califórnia
A Nebulosa Califórnia, NGC 1499, é uma nebulosa de emissão localizado na constelação de Perseus. É assim chamado porque ele parece assemelhar-se o contorno do Estado Califórnia, EUA em fotografias de longa exposição. Por causa de seu brilho superficial muito baixo, é extremamente difícil de observar visualmente.
Nebulosas de emissão são nuvens de gás com temperatura alta. Os átomos na nuvem são energizados por luz ultravioleta de uma estrela próxima e emitem radiação quando decaem para estados de energia mais baixos (luzes de néon brilham praticamente da mesma maneira).
Nosso Lar - Por Carl Sagan.
"É aqui. É nosso lar. Somos nós. Nele, todos que você ama, todos que você conhece, todos de quem você já ouviu falar, todo ser humano que já existiu, viveram suas vidas. A totalidade de nossas alegrias e sofrimentos, milhares de religiões, ideologias e doutrinas econômicas, cada caçador e saqueador, cada herói e covarde, cada criador e destruidor da civilização, cada rei e plebeu, cada casal apaixonado, cada mãe e pai, cada crianças esperançosas, inventores e exploradores, cada educador, cada político corrupto, cada "superstar", cada "lidere supremo", cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu ali, em um grão de poeira suspenso em um raio de sol.
A Terra é um palco muito pequeno em uma imensa arena cósmica. Pense nas infindáveis crueldades infringidas pelos habitantes de um canto desse pixel, nos quase imperceptíveis habitantes de um outro canto, o quão frequentemente seus mal-entendidos, o quanto sua ânsia por se matarem, e o quão fervorosamente eles se odeiam. Pense nos rios de sangue derramados por todos aqueles generais e imperadores, para que, em sua gloria e triunfo, eles pudessem se tornar os mestres momentâneos de uma fração de um ponto. Nossas atitudes, nossa imaginaria auto-importancia, a ilusão de que temos uma posição privilegiada no Universo, é desafiada por esse pálido ponto de luz.
Nosso planeta é um espécime solitário na grande e envolvente escuridão cósmica. Na nossa obscuridade, em toda essa vastidão, não ha nenhum indicio que ajuda possa vir de outro lugar para nos salvar de nos mesmos. A Terra é o único mundo conhecido até agora que sustenta vida. Não ha lugar nenhum, pelo menos no futuro próximo, no qual nossa espécie possa migrar. Visitar, talvez, se estabelecer, ainda não. Goste ou não, por enquanto, a terra é onde estamos estabelecidos.
Foi dito que a astronomia é uma experiência que traz humildade e constrói o caráter. Talvez, não haja melhor demonstração das tolices e vaidades humanas que essa imagem distante do nosso pequeno mundo. Ela enfatiza nossa responsabilidade de tratarmos melhor uns aos outros, e de preservar e estimar o único lar que nós conhecemos... o pálido ponto azul." Por Carl Sagan.
Foto : NGC 6826
NGC 6826 é uma nebulosa planetária na direção da constelação de Cygnus. O objeto foi descoberto pelo astrônomo William Herschel em 1793.
Circinus X-1: Astrônomos descobrem anéis de raios-X ao redor de estrela de nêutrons.
Astrônomos usando dados de Observatório de Raios-X Chandra da NASA e do telescópio XMM-Newton da ESA descobriram o maior e mais brilhante conjunto de anéis de eco definidos em torno da estrela de nêutrons no centro de um sistema binário de raios-X chamado Circinus X-1. Os novos dados do Chandra também forneceram uma oportunidade única para determinar a distância a este sistema bizarro.
Circinus X-1 é um sistema binário de raios-X velho de baixa massa no plano da nossa galáxia Via Láctea que contem uma estrela de nêutrons, o remanescente denso de uma estrela maciça pulverizada na explosão de uma supernova.
A estrela de nêutrons está em órbita com uma estrela companheira evoluída, e está envolta por espessas nuvens de gás e poeira interestelar. O sistema também é a fonte de um jato surpreendentemente potente de partículas de alta energia.
"Em 2013, a estrela de nêutrons foi submetida a uma enorme explosão há cerca de dois meses, durante o período se tornou uma das fontes mais brilhantes no céu de raios-X. Em seguida, ela ficou escura de novo ", disse o membro da equipe Prof Sebastian Heinz, da Universidade de Wisconsin-Madison.
O Prof Heinz e co-autores montaram uma série de observações de acompanhamento com o Chandra e XMM-Newton para descobrir um conjunto de quatro anéis que aparecem como círculos em torno da estrela de nêutrons Circinus X-1.
Eles, então, determinaram que estes anéis são ecos de luz a partir da explosão de 2013. Os ecos são semelhantes aos ecos que nós podemos experimentar como o som aqui na Terra. Em vez de ondas sonoras que saltam fora de uma parede, os ecos ao redor Circinus X-1 são produzidos quando uma explosão de raios-X do sistema de estrelas ricocheteia para fora das nuvens de poeira entre Circinus X-1 e o nosso planeta.
"Cada um dos quatro anéis indica uma densa nuvem de poeira entre nós e o resto de supernova", disse o professor Heinz.
"Assim como os morcegos usam o sonar para triangular a sua localização, podemos usar os raios-X de Circinus X-1 para descobrir exatamente onde ele está", acrescentou.
O eco de luz mostra que Circinus X-1 está localizado a cerca de 30.700 anos-luz da Terra.
A observação se instala uma grande diferença entre os resultados anteriores, e este trabalho é semelhante a um que foi indicando a uma distância muito menor, cerca de 13.000 anos-luz.
Essa diferença de estimativa da distância para o sistema teria implicações para outras propriedades que têm sido observados antes em Circinus X-1.
Por exemplo, se ele está duas vezes mais longe quanto alguns pensavam anteriormente, então isso significa que a sua saída de luz é muito maior.
A equipe de Prof Heinz também determinou que a velocidade do jato de partículas de alta energia produzidos por Circinus X-1 é de pelo menos 99,9 % da velocidade da luz. Esta velocidade extrema é geralmente associada com jatos produzidos por um buraco negro.
"Circinus X-1 atua em algumas maneiras, como uma estrela de nêutrons e em alguns, como um buraco negro. É extremamente raro encontrar um objeto que tem uma tal mistura dessas propriedades ", disse o co-autor Dr. Catherine trança, da Universidade de New South Wales, Austrália.
Circinus X-1 é pensado para ser originalmente uma fonte de raios- X de cerca de 2.500 anos atrás, quando visto da Terra. Isso faz com que Circinus X-1 se torne o mais novo sistema binário de raios-X, conhecido atualmente.
domingo, 21 de junho de 2015
Estamos procurando vida nos planetas errados, diz estudo
"A Terra não está em uma posição tão privilegiada na zona habitável do Sistema Solar" - René Heller, astrofísico do Instituto McMaster's Originis.
Um estudo recém-publicado afirma que a busca por vida em planetas como a Terra pode ser um erro, e explica por que os cientistas precisam considerar os chamados "planetas super-habitáveis".
Os cientistas há muito tempo têm focado a busca por vida extraterrestre em planetas semelhantes à Terra, mas isso pode ser um erro, de acordo com um pesquisador de McMaster.
O astrofísico René Heller do Instituto McMaster's Origins diz que o nosso planeta pode não ser o lugar mais favorável para a vida, e que os cientistas precisam considerar os planetas diferentes da Terra, chamados de "super-habitáveis". Estes planetas provavelmente seriam duas ou três vezes mais massivos do que a Terra, menos montanhosos e mais velhos.
"A Terra passa raspando na borda interna da zona habitável do Sistema Solar (área em que as temperaturas permitem que os planetas possam ter água líquida na superfície)", diz Heller. " Então, a partir dessa perspectiva, a Terra é apenas 'marginalmente' habitável. Isso nos leva à uma pergunta: poderia haver um ambiente mais favorável para a vida em planetas terrestres? "
Heller e o co-autor John Armstrong, da Universidade Weber State descrevem os planetas super-habitáveis em um artigo publicado na revista Astrobiology, no início de janeiro. Nela, eles apontam algumas características que esses planetas podem ter: várias regiões de lagos e lagoas (ao invés de um pequeno número de grandes oceanos); um "termostato" global mais confiável, que impede as eras glaciais de existirem, e um potente escudo magnético, para proteger o planeta da radiação cósmica.
Heller diz que a teoria mostra que os astrônomos devem apontar seus telescópios para os planetas que não tinham, até agora, atraído muita atenção na busca de vida extraterrestre.
"Propomos uma mudança de foco", diz ele. "Se realmente queremos encontrar vida lá fora, não devemos nos concentrar apenas nos planetas semelhantes à Terra".
A chance de vida fora da Terra
"Estatisticamente falando, eu diria que é muito pouco provável que não haja nada lá fora", diz Heller. "Pela primeira vez na história, temos a capacidade (técnica e intelectual) para encontrar e classificar os planetas potencialmente habitáveis. É apenas uma questão de como nós fazemos as nossas observações".
Heller espera que essa nova teoria sirva como um ponto de partida para um debate sobre a "super-habitabilidade", e diz ainda que isso pode levar algum tempo até que a comunidade científica se interesse na teoria. "Quando você segue um certo padrão por décadas, pode ser difícil mudar de idéia".
NASA faz revelação alarmante sobre o fim da água na Terra
A notícia é bem preocupante mesmo, e veio diretamente do Jet Propulsion Laboratory da Nasa. Segundo o famoso jornal norte-americano 'The Washington Post', a água do nosso planeta deve acabar muito antes do que os cientistas calculavam anteriormente.
Reservatórios mundiais de água
Níveis de stress dos Reservatórios mundiais de água (Clique na imagem para ampliar)
O estudo foi feto através da análise de fotos de satélite, que revelaram uma situação muito mais grave do que se pensava. Jay Famiglietti, lider da equipe de pesquisadores, afirmou que a situação é crítica, e diz que a água já está desaparecendo em níveis alarmantes. Segundo os estudos, o nível de mais da metade dos maiores aquíferos subterrâneos do planeta está diminuindo exponencialmente.
Os estudos também mostraram que pelo menos 20 dos 37 aquíferos mais importantes do mundo já ultrapassaram o ponto crítico de sustentabilidade, e dentre esses 20, 13 já estão quase desaparecendo por completo, ou seja, estamos consumindo mais água do que a maior parte das reservas são capazes de suprir, e isso significa que esses reservatórios não devem sobreviver muito tempo.
Lençóis subterrâneos
Os aquíferos estudados representam cerca de 35% da água usada pelos seres humanos, e essa demanda só está aumentando. No estado norte-americano da Califórnia, por exemplo, 65% dos aquíferos estão sendo utilizados para consumo, já que os rios e reservas na superfície já não dão mais conta da demanda. E devido ao aumento da população mundial, a situação deve piorar: segundo as previsões mais pessimistas, dentro de poucos anos os reservatórios estarão extinto
A Terra tem duas luas ?
Você já ouviu falar sobre uma segunda lua da Terra? Há várias décadas que tem se falado sobre esse assunto, mas será que isso é verdade?
O único satélite natural da Terra é a Lua que conhecemos, porém, existem outros corpos menores que acompanham a órbita da Terra em torno do Sol, e por muitas vezes, esses corpos são confundidos como outras luas da Terra, mas na verdade eles são "quase-luas".
Mas por que dizem que a Terra tem duas luas?
Como ele tem uma certa interação gravitacional com o nosso planeta, esse asteróide nos acompanha em cada volta ao redor do Sol. O termo técnico de 3753 Cruithne seria "quasi-satelite". Ele tem uma ressonância orbital de 1:1 com a Terra, ou seja, ele leva o mesmo tempo que a Terra leva para completar uma volta ao redor do Sol. Portanto, como ele orbita o Sol e não a Terra, ele não pode ser considerado como lua.
Nas imagens abaixo podemos ver a órbita de Cruithne. À esquerda, as órbitas de Cruithne e da Terra ao redor do Sol, e à direita, vemos como Cruithne é visto da Terra, em uma órbita conhecida como "ferradura".
Cruithne poderá colidir com a Terra?
Cruithne não deverá colidir com a Terra porque sua órbita é bastante inclinada se comparada com a da Terra, porém órbitas como a de Cruithne não são estáveis. Simulações de computador revelam que Cruithne deverá se manter em sua órbita por apenas mais 5.000 anos, o que significa um piscar de olhos para o Sistema Solar.
A Terra terá duas luas
Ainda de acordo com simulações de computador, daqui a 5.000 anos, o asteróide Cruithne deverá alterar sua órbita ao redor do Sol e então passará a orbitar o nosso planeta. Ou seja, ao que tudo indica, a Terra terá duas luas daqui a 5.000 anos, mas isso não deve durar muito, uma vez que os modelos de computador também mostram que Cruithne orbitará a Terra por apenas 3.000 anos, e depois, voltará a orbitar o Sol novamente.
Outras "quase-luas" da Terra
mini luas da Terra
Asteróides capturados pela força gravitacional da Terra realizam órbitas muito estranhas porque são influenciados pela Terra, Lua e Sol. Créditos: K. Teramuru / UH Ifa
3753 Cruithne não é o único "quasi-satelite" com ressonãncia orbital de 1:1 com a Terra. Outros objetos como 2010 SO16 e (277810) 2006 FV35, entre vários outros, também são considerados quasi-satelites. Assim como o asteróide Cruithne, eles também não são considerados satélites da Terra. Muitas pessoas perguntam: mas será que a Terra já teve outras luas? E a resposta é: sim!
As luas temporárias da Terra
Em março de 2012, astrônomos da Universidade de Cornell publicaram um estudo sugerindo que asteróides que orbitam o Sol podem temporariamente orbitar a Terra. Eles também disseram que na verdade, a Terra geralmente tem mais de uma lua, o que chamam de "mini luas". Essas mini-luas têm diâmetros de alguns metros, e geralmente orbitam a terra por um período muito curto, cerca de 1 ano, e depois passam a orbitar o Sol novamente.
No ano de 2006, astrônomos da Universidade do Arizona descobriram uma mini-lua orbitando a Terra. Conhecida como 2006 RH120, ela tinha o tamanho de um carro. Essa mini-lua orbitou a Terra por menos de um ano após sua descoberta, e depois voltou a orbitar o Sol novamente.
O objeto 2006 RH120 já foi uma mini lua da Terra. O diagrama mostra sua órbita percorrida por um breve período de tempo. Créditos: Wikimedia Commons
Os astrônomos Mikael Granvik, Jeremie Vaubaillon e Robert Jedicke usaram um supercomputador para simular a passagem de 10 milhões de asteróides próximos da Terra, e constataram que a Terra captura alguns deles de tempos em tempos, fazendo com que o nosso planeta tenha mais de uma lua por períodos curtos ao longo de sua jornada.
Alegações de luas que nunca foram comprovadas
Existiram reivindicações de alguns astrônomos que acreditavam que a Terra possuía outras luas, como é o caso da Lua de Petit, (a primeira alegação de que a Terra tinha uma segunda Lua) reivindicada em 1846 pelo astrônomo francês Frederic Petit, como também a Lua de Waltemath, anunciada em 1898 pelo cientista alemão Georg Waltemath, mas todas essas alegações nunca foram comprovadas, e com o tempo foram descartadas pela comunidade científica.
Exoplaneta J1407b tem anéis tão grandes que faz Saturno parecer planeta-anão!
O planeta Saturno pode até ser o Senhor do Anéis do Sistema Solar, mas seu titulo certamente não tem o mesmo poder se considerarmos todo o Universo. Pelo menos é isso que indicam as evidências de observações feitas pelo programa SuperWASP.
Astrônomo perceberam o escurecimento repetido e prolongado de uma estrela semelhante ao Sol, e segundo interpretações e experiências de observações, isso indica um eclipse passando através de um anel planetário complexo e gigante, semelhante aos anéis de Saturno, porém muito, muito maiores. Além do mais, as diferentes densidades desses anéis implicam a presença de pelo menos uma grande exolua, e talvez mais uma em processo de formação.
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J1407 é uma estrela anã laranja de seqüência principal, localizada a cerca de 116 anos-luz de distância. Ao longo de 57 dias, no ano de 2007, a estrela J1407 foi submetida a uma "complexa série de eclipses", que uma equipe internacional de astrônomos afirma ser o resultado de um sistema de anéis em torno de um exoplaneta, conhecido como J1407b.
"Este planeta é muito maior do que Júpiter ou Saturno, e seu sistema de anéis tem cerca de 200 vezes o tamanho dos anéis de Saturno", disse Eric Mamajek, professor de física e astronomia da Universidade de Rochester, em Nova York. "Podemos imaginá-lo como um super-Saturno".
As observações foram feitas através do programa SuperWASP, que utiliza telescópios terrestres para detectar o escurecimento fraco de estrelas devido o trânsito de exoplanetas.
Os primeiros estudos sobre J1407b foram publicados em 2012, porém, análises mais profundas estimaram que a quantidade de grandes estruturas de anéis desse exoplaneta é de 37, com um vazio bem definido localizado a cerca de 0,4 UA (61 milhões de km) a partir do super-Saturno, onde pode existir um satélite quase tão grande quanto a Terra, com um período orbital de dois anos.
Os densos anéis de J1407b se estendem por cerca de 180 milhões de quilômetros, e podem ter a mesma massa da Terra.
"Se pudéssemos substituir os anéis de Saturno com os anéis de J1407b, eles seriam facilmente visíveis à noite, e seriam bem maiores do que a Lua Cheia", comenta Matthew Kenworthy do Observatório de Leiden, na Holanda, e principal autor do novo estudo.
Saturno
Os principais anéis de Saturno têm cerca de 250 mil km de diâmetro.
Créditos: NASA / GSFC
Estas observações podem revelar o passado de Júpiter e de Saturno, e nos mostrar como seus sistemas de anéis e de satélites foram formados logo no início do Sistema Solar.
"A comunidade de ciência planetária teorizou há décadas que planetas como Júpiter e Saturno teriam, em seus estágios iniciais, discos gigantescos em torno deles, que posteriormente levariam à formação de seus satélites", comenta Mamajek. "No entanto, antes de descobrirmos esse objeto, ninguém tinha visto um sistema desse tipo".
O planeta J1407b tem uma massa de até 40 vezes a de Júpiter, e tecnicamente, poderia ser uma anã marrom.
Outras observações irão analisar outros trânsitos de J1407b, a fim de obter mais detalhes sobre seus anéis e suas características físicas. Felizmente 2017 não está longe!
O relatório da equipe foi aceito para publicação na revista The Astrophysical Journal.
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