É só passar o dia fazendo um grande buraco ou um castelo de areia na praia e você perceberá o fenômeno das marés: foi virar as costas e o mar subitamente invadiu seu empreendimento.
As marés alta e baixa estão ligadas à força de gravitacional da Lua e da Terra, explica o professor de Oceanografia Física da Fundação Universidade de Rio Grande (Furg) Osmar Möller Júnior.
A Lua atrai os corpos em sua direção - todos os corpos, mas como as águas dos oceanos fluem mais livremente, a mudança é mais visível. Quando a Lua e a Terra estão alinhadas, a Lua exerce atração no ponto mais próximo.
Em um determinado momento, quando se estiver "embaixo" da Lua, haverá maré alta. Cerca de seis horas mais tarde, a rotação da Terra terá levado esse ponto a 90° da Lua, e ele terá maré baixa. Dali a mais seis horas e doze minutos, o mesmo ponto estará a 180° da Lua, e terá maré alta novamente. "Como a Terra segue girando, a rotação faz com que um mesmo ponto passe pela maré alta e pela baixa, em ciclos de 12 horas e 25 minutos, aproximadamente", diz Möller.
Também a força gravitacional do Sol interfere nas marés, apesar de menos intensamente. Quando a Lua está cheia ou nova, essa força está na mesma direção da atração lunar - isso torna as marés mais altas.
Do mesmo jeito, nas fases minguante e crescente, parte da força gravitacional da Lua é anulada; assim, as marés baixas são menos baixas.
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