Sabe quando você está com pressa e sai correndo pela casa desconsoladamente, derrubando tudo o que aparece pela frente? O resultado disso muitas vezes é uma certa bagunça e, quando muito, algumas marcas roxas pelo corpo. Agora, imagine o que aconteceria se você fosse uma estrela supergigante e muito quente, correndo enlouquecidamente pela Via Láctea.
Nesse caso, a estrela em questão é a Kappa Cassiopeiae, ou, como os astrônomos preferem, HD 2905. Por mais que ela se movimente a uma velocidade de 1.100 quilômetros por segundo, não conseguiu fugir dos paparazzi de plantão da NASA.
Com a preciosa ajuda do Spitzer, telescópio espacial infravermelho da agência espacial americana, os cientistas conseguiram captar uma imagem que mostra que, no momento de uma colisão em alta velocidade, é formada uma onda de choque em vermelho vivo, que muitas vezes pode ser vista na frente das estrelas mais rápidas e de maior massa da galáxia.
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Essa onda de choque se forma quando os campos magnéticos e o vento estelar que flui para fora de uma estrela colidem com uma difusa, e geralmente invisível, nuvem de gás e poeria que preenche o espaço interestelar. E a forma como essa onda adquire esse tom de vermelho tão aceso e tão vivo dá dicas para os astrônomos a respeito das condições do espaço em que o astro se encontra.
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Estrelas que se movem vagarosamente, como o nosso sol – que leva cerca de 250 milhões de anos para completar uma volta ao redor do próprio núcleo -, têm ondas de choque praticamente invisíveis em todos os comprimentos de onda, enquanto que estrelas mais rápidas, como a Kappa Cassiopeiae, produzem ondas de choques que podem ser captadas por detectores infravermelhos, como o Spitzer.
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