Pulsares são objetos espaciais interessantes. Quando foram descobertos, em 1967, uma hipótese para explicar seus pulsos de rádio regulares (como se fosse um relógio) era de que se tratavam de um farol espacial alienígena.
Mais tarde, foi mostrado que um fenômeno natural poderia ser responsável por tal comportamento.
Hoje sabemos mais sobre os pulsares: eles são estrelas de nêutrons extremamente densas que emitem um disparo contínuo de rádio. Porém, como estão girando, só notamos este disparo quando elas estão apontando-o na nossa direção, o que pode ser tão rápido quanto milhares de vezes por segundo.
Estranha estrela giratória pode ser o “elo perdido” das pulsares
PSR J0738–4042 é um destes pulsares. Ele fica na direção da constelação da Popa, e sua distância até nós é de cerca de 37.000 anos-luz. Ele tem sido observada desde 1988, e os dados até 2012 apontaram um fenômeno interessante – o objeto tem se alterado durante o tempo, particularmente em 2005, quando uma mudança drástica foi observada.
Em 2008, um cientista, o Dr. Shannon, fez uma previsão sobre como a rotação de um pulsar seria alterada pela queda de um asteroide. O asteroide interagiria com a magnetosfera do pulsar, e isto alteraria a forma do pulso de rádio observado aqui na Terra. Segundo ele, foi exatamente isso que foi visto em PSR J0738–4042.
Dimensões extras: se elas existem, buracos negros e pulsares podem nos ajudar a descobrir
“Acreditamos que o pulso de rádio do pulsar zapeia o asteroide, vaporizando-o. Mas as partículas vaporizadas são eletricamente carregadas e alteram levemente o processo que cria o raio do pulsar”, diz.
Mas de onde sairiam os asteroides? Esta é uma questão interessante. O pulsar é o que sobrou de uma supernova, e a casca externa forma uma nebulosa, de gás e poeira. Se esta nuvem de gás e poeira acabar caindo novamente em direção ao pulsar, poderia formar um disco de gás e poeira, além de asteroides e… planetas?
Estranha estrela giratória desafia astrônomos
Os astrônomos já haviam percebido um disco de poeira em torno de outro pulsar, chamado J0146+61, que, segundo o estudante Paul Brook, “poderia fornecer as ‘sementes’ que cresceriam em asteroides maiores”. Este mesmo processo poderia criar um planeta, suspeitam os astrônomos.
Em 1992, dois objetos com tamanho similar ao de um planeta foram encontrados em torno de um pulsar chamado PSR 1257+12, mas os astrônomos acreditam que eles provavelmente foram formados por um mecanismo diferente.
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