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sábado, 22 de junho de 2013

Planetas Extrasolares - Em Busca de Outras Terras



Nos últimos anos, a descoberta de outros mundos passaram de um sonho distante a uma realidade. Durante dezenas de anos os astrofísicos perscrutaram os céus à procura de sinais que nos indicassem a presença de planetas fora do Sistema Solar. No entanto, foi necessário esperar até meados da década de 90 do século XX para que as pesquisas dessem os primeiros resultados.

Formar planetas
É hoje geralmente aceite que os planetas se formam como um subproduto da formação de uma estrela. Quando uma nuvem de gás e poeira se contrai dando origem a um “sol”, forma-se em torno da jovem estrela um disco achatado. Por um processo ainda não completamente desvendado, os grãos de poeira existentes no disco vão-se aglomerando, dando origem a corpos de maiores dimensões. Nas regiões do disco mais afastadas da estrela em formação, a grande quantidade de gelos existentes permite que estes “planetesimais” cresçam em apenas algumas dezenas de milhões de anos. Quando um desses “núcleos” atinge uma massa suficiente (equivalente a cerca de 10 vezes a massa da Terra), começa a atrair e juntar gás à sua volta, formando um planeta gigante como Júpiter. Por seu lado, nas regiões mais interiores do disco, mais próximas da jovem estrela e onde a elevada temperatura não permite a condensação de gelos, os grãos de poeira aí existentes darão mais tarde origem a planetas “pequenos”, terrestres e rochosos, como a Terra.

Como procurar?
Embora se saiba que o processo de formação planetária deva ser comum (é muito frequente encontrar discos em torno de estrelas jovens), a detecção de outros planetas não é simples. Quando vistos à distância de alguns anos-luz, os planetas não são mais do que tímidos pontos de luz ofuscados pela luz da estrela que orbitam. É assim extremamente difícil obter uma imagem de um planeta extra-solar. Júpiter, por exemplo, é cerca de mil milhões de vezes menos brilhante que o Sol. No entanto, sabemos das leis da física que do mesmo modo que uma estrela atrai um planeta, o planeta também atrai a estrela. Ambos os corpos vão assim rodar um em torno do outro, ou antes, em torno de um ponto denominado por “centro-de-massa”, uma espécie de ponto médio entre os dois objectos (mas mais perto da estrela, ou mesmo dentro desta, já que esta tem bastante mais massa que o planeta). O movimento de uma estrela em torno do centro-de-massa do sistema estrela-planeta(s) traduz-se por uma variação periódica na velocidade da estrela: umas vezes esta afasta-se de nós, e outras aproxima-se. Assim, se formos capazes de medir a velocidade de uma estrela com grande precisão seremos capazes de detectar o movimento desta, provocado pela eventual presença de um planeta. A título de exemplo, Júpiter induz no Sol um movimento com uma amplitude da ordem de 13 m/s. A Terra induz um movimento com uma amplitude de apenas 8 cm/s.

Planetas e mais planetas
Foi exactamente esta técnica que nos permitiu detectar a maioria dos planetas extra-solares descobertos até hoje em torno de estrelas semelhantes ao Sol. Ainda assim foi necessário esperar até 1995, altura em que uma equipa de astrónomos Suíços liderada pelo Prof. Michel Mayor (Observatório de Genebra) anunciou o primeiro destes corpos, a orbitar a estrela 51 da constelação  do Pégaso (51Peg). Como tantas vezes acontece em Ciência, o difícil foi descobrir o primeiro. Em apenas 14 anos, o número de planetas extra-solares conhecidos aumentou para cerca de 350. Afinal, os planetas parecem existir, e mais do que isso, parecem ser comuns no Universo. A procura e estudo de outros mundos são dos temas mais quentes da astrofísica moderna, fazendo parte das agendas de todas as grandes agências mundiais como o Observatório Europeu do Sul (ESO) e as agências espaciais Europeia e Norte-Americana (ESA e NASA).

À procura de outra terra
Grande parte do avanço nesta área deve-se ao importante desenvolvimento tecnológico realizado nos últimos anos. Em 2004, utilizando um novo instrumento desenhado especialmente para o efeito (o espectrógrafo HARPS, do ESO), uma equipa de astrónomos com participação portuguesa conseguiu detectar um planeta com “apenas” 10 vezes mais massa do que a nossa Terra. Tratava-se da primeira vez que se detectava um planeta extra-solar (possivelmente) rochoso. Já este ano, foi descoberto o planeta mais pequeno da lista: um corpo com uma massa 1,9 vezes superior à massa da Terra. Embora a orbitar uma estrela consideravelmente mais fria e de menor massa que o Sol, este resultado veio aguçar ainda mais a vontade de procurar outras Terras.  Em 2009 foram dados alguns passos cruciais nesse sentido, e mais uma vez os astrónomos portugueses estão no pelotão da frente. Este ano viu o início do projecto de um novo instrumento, denominado ESPRESSO [http://espresso.astro.up.pt], que será colocado nos grandes telescópios do observatório de Paranal (ESO, Chile). O consórcio internacional que está a desenvolver este projecto, que inclui cientistas Suíços, Portugueses, Espanhóis e Italianos, prevê que o ESPRESSO entre em acção em 2014. A tecnologia desenvolvida para este instrumento permitirá a detecção de outras Terras a orbitar estrelas semelhantes ao nosso Sol. Depois, poderemos começar a sonhar com o passo seguinte: a descoberta de vida extra-terrestre. A humanidade tem aos poucos de começar a preparar-se para descobrir que não está só no Universo

Efeito Scharnhorst diz que velocidade mais rápida que a luz é possível



Viagem mais rápida do que a luz poderia ser possível – mas apenas em distâncias muito pequenas, e só porque a velocidade da luz que nós pensamos como absoluta está sendo, na verdade, diminuída, conforme sugere uma nova teoria. Quando falamos “velocidade da luz” queremos dizer a velocidade da luz no vácuo, simbolizada pela letra “c”, e, por definição, igual a 299.792.458 metros por segundo. Pensamos nela como o limite de velocidade de objetos no universo – nada viajava mais rápido do que isso. O que muitas vezes nos esquecemos, no entanto, é que é perfeitamente aceitável viajar abaixo deste limite.

Sempre que a luz atinge um material transparente, diminui de velocidade – seja esse material ar, água ou diamante. De um modo geral, quanto mais denso o material, mais a luz diminui de velocidade. Este abrandamento é um detalhe técnico. Os fótons não caem abaixo do que consideramos a velocidade da luz; eles apenas interagem com uma grande quantidade de objetos no seu caminho. A enorme quantidade de desvios e as interações entre as duas extremidades de, por exemplo, um prisma de vidro, faz com que a luz que viaja através dele seja medida como viajando a um nível ligeiramente inferior do que os livros de física chamam de constante “c”. Ou seja, o único lugar que a luz é completamente livre para se mover em velocidade “c” é no vácuo.

Entra a espuma quântica, que surge das massas de pequenas partículas que os físicos pensam que saltam entre a existência e a não existência no vácuo. Essas minúsculas partículas também devem interagir com a luz que se move através do suposto vácuo. Essa interação deve ser muito fraca, mas ainda deve desacelerar a luz – mesmo no vácuo. Isso seria inteiramente teórico se não houvesse circunstâncias em que a densidade das partículas diminui no vácuo, mas há um exemplo. Em meados dos anos 1990, os cientistas observaram o Efeito Casimir.

Todas as partículas no vácuo também podem ser descritas como ondas. Se você colocar duas placas juntas no vácuo, haverá menos ondas que se encaixam entre elas do que ondas que se ajustam a qualquer um dos lados das placas. As placas se aproximam, pois há menor densidade de energia entre elas do que fora delas. E esse espaço entre as placas necessariamente tem poucas partículas, menos do que o espaço à sua volta – ou do que qualquer outra parte do vácuo do espaço. Um físico, Klaus Scharnhorst, percebeu que a menor densidade de partículas pipocando dentro e fora do espaço entre as placas permitiam que a luz viajasse mais rápido do que o que nós pensamos ser a velocidade da luz. Gabriel Barton, outro físico, chegou à mesma conclusão independentemente.

 Obviamente, testar tal ideia é um desafio. Mesmo se confirmarmos a teoria, a distância pequena sobre a qual ela trabalha deixa a viagem mais rápida do que a luz ainda mais teórica do que prática. Mas pode ser uma maneira irrefutável de ir mais rápido que a velocidade da luz que conhecemos.

Brecha na Teoria da Relatividade pode permitir velocidade mais rápida que a luz



Na saga original de Star Trek/Jornada nas Estrelas, a nave Enterprise era capaz de atravessar galáxias em questão de dias, mais rápido do que a luz seria capaz – algo que, nas palavras do Sr. Spock, era “altamente ilógico”. Décadas mais tarde, cientistas do mundo real investigam uma maneira de realizar viagens como essa fora da ficção.

De acordo com a Teoria da Relatividade de Einstein, nenhum objeto com massa pode atingir ou ultrapassar a velocidade da luz, já que isso demandaria uma quantidade absurda de energia. Em Star Trek, essa regra era burlada graças a um dispositivo “matéria-antimatéria”, que podia gerar energia suficiente para que a Enterprise atingisse a “velocidade de dobra”, mais rápida que a luz. Contudo, mesmo um aparelho como esse, de acordo com as leis da Física, não poderia gerar a energia necessária.

Na década de 1990, porém, o físico (e fã de Star Trek) Miguel Alcubierre propôs um modelo teórico no qual seria possível viajar mais rápido do que a luz (e sem um “dispositivo matéria-antimatéria”), aproveitando a flexibilidade (já observada) e a falta de massa do espaço. De acordo com Alcubierre, a nave não se deslocaria à velocidade da luz; ao invés disso, o espaço à sua frente se contrairia e o espaço atrás dela se expandiria, enquanto a nave estaria dentro do que o físico chamou de “warp bubble” (algo como “bolha de distorção”). Essa ideia, embora ainda não tenha sido executada, foi incorporada pelo seriado “Star Trek: The Next Generation”, dos anos 1990.

Em busca da bolha

Para produzir uma bolha de distorção, seria preciso aplicar energia negativa (criada no vácuo) em torno da nave, obtida por meio da distorção de ondas eletromagnéticas presentes no vácuo – algo que um grupo de pesquisadores do Centro Espacial Johnson, da NASA, pretende fazer em laboratório. Liderada pelo físico Harold “Sonny” White, a equipe emite lasers em dois tipos de ambiente (um no vácuo e outro “normal”) para ver se ocorrem distorções no espaço.

 O problema é que, por causa da precisão necessária no experimento, mesmo um tremor de terra quase imperceptível pode interferir nos resultados. Por isso, os pesquisadores transferiram os equipamentos para um laboratório isolado sismicamente. Agora, falta recalibrar tudo, para poder continuar com os experimentos. Ainda é cedo para dizer quando (e se) seremos capazes de viajar mais rápido que a luz, mas Sonny e sua equipe permanecem convictos.

Busca pelas ondas gravitacionais esquenta




Essas ondas foram previstas há quase 100 anos por Albert Einstein,em sua teoria geral da relatividade, mas nunca foram encontradas. Isso pode mudar em breve, quando as últimas experiências mais sensíveis à caça ondas gravitacionais vierem à tona, segundo M. Mansi Kasliwal, astrônoma do Observatório da Instituição Carnegie, EUA. De acordo com a relatividade geral, objetos maciços curvam o espaço e o tempo ao seu redor, como uma bola de boliche sobre uma cama elástica, fazendo com que objetos de passagem, e até mesmo a luz, viajem por caminhos curvos, criando a gravidade, a força que mantém os planetas em órbita do Sol.

Quando dois objetos extremamente densos, como estrelas de nêutrons (estrelas tão densas que os prótons e elétrons dos átomos colapsam para formar nêutrons) ou buracos negros, orbitam entre si em pares binários, e suas interações devem criar ondulações no tecido do espaço-tempo chamadas ondas gravitacionais. As ondas mais poderosas surgem quando duas estrelas de nêutrons ou buracos negros se fundem. Essas ondas devem ser detectadas por meio dos experimentos chamados Advanced LIGO (Observatório a Laser de Ondas Gravitacionais por Interferômetro) e Advanced Virgo, previsto para entrar em operação em 2017.

Eles vão usar cada detector em forma de um L gigante em Louisiana, Washington e na Itália, para procurar mudanças nos comprimentos dos braços dos detectores de ondas gravitacionais causadas quando estas passarem. No canto do “L”, um laser é dividido em dois feixes que viajam para trás e para baixo do comprimento dos dois braços (cada um entre 2 e 4 quilômetros). Se uma onda gravitacional passa através, estes comprimentos são esticados e comprimidos, dependendo da sua orientação, criando uma pequena diferença , mas detectável no comprimento dos dois braços.

As versões iniciais do LIGO e Virgo já estão operando, mas ainda não são sensíveis o suficiente para detectar ondas gravitacionais. Quando eles forem atualizados à sensibilidades elevadas, porém, eles devem revelar as ondas gravitacionais pela primeira vez. Estas observações não apenas provar a existência das ondas, mas também oferecem informações sem precedentes sobre os raros fenômenos cósmicos e extremos que elas criam. “A confiança é muito grande que possamos detectar as ondas gravitacionais”, disse Kasliwal. “Se a relatividade geral de Einstein estiver certa, então devemos vê-las.” Ela estima que as experiências são susceptíveis de detectar entre 4 e 400 ondas gravitacionais em um ano.

Não detectar nenhum seria um grande desastre, de modo que será preciso repensar a nossa compreensão sobre a gravidade. Quando uma onda gravitacional for avistada, ela provavelmente irá desencadear uma colaboração global para tentar encontrar a fonte da onda no céu. Ao comparar os sinais observados nos vários detectores ao redor do mundo, os cientistas podem ter uma ideia melhor de qual direção a onda veio. Então, eles podem apontar os telescópios em direção a esse ponto e buscar a fonte.

Planck revela um universo quase perfeito



Radiação cósmica de fundo visto pelo Planck
Por mais estranho que pareça, a imagem acima é um mapa e ele revela como se distribuem as micro-ondas cósmicas que foram liberadas pelo Big Bang durante a criação do nosso universo, algo que também é conhecido como radiação de fundo. Produzida com a ajuda do telescópio espacial Planck, essa é a representação gráfica das luzes mais antigas do universo, que existem desde que ele tinha "apenas" 380 mil anos. Com a ajuda desse estudo, cientistas trouxeram novos dados ao conhecimento geral sobre o assunto. De acordo com um artigo publicado pelo jornal The Washington Post, uma das novidades fornecidas pelo mapa diz respeito à idade do universo: se antes pensávamos que ele possuía 13,81 bilhões de anos, os dados coletados pelo Planck indicam que ele é bem mais velhinho, com cerca de 80 milhões de anos a mais.

Além disso, o equipamento também coletou dados que atestam que o universo está se expandindo de maneira um pouco mais lenta do que imaginávamos, além de ter menos matéria escura do que esperávamos e possuir bem mais matéria comum do que aceito pela Ciência. Entretanto, os pesquisadores dizem que essas variações são insignificantes, já que os números costumam ser grandes demais. O telescópio Planck foi enviado ao espaço em 2009 e passou mais de 15 meses coletando dados necessários para a elaboração desse mapa. As atividades do Planck devem ser encerradas no fim deste ano, quando ele ficará sem o fluido responsável pelo resfriamento do equipamento.

Universo: pistas de um passado sombrio




Alguma vez acordou de manhã e viu lá fora uma intensa neblina com aspeto sombrio, mas de repente o Sol rompe e, rapidamente, tudo fica límpido? Bom, algo de muito parecido sucedeu ao universo quando era muito jovem.

Quando se formaram as primeiras estrelas e galáxias, o universo estava cheio de um nevoeiro muito denso de hidrogénio gasoso que travou a luz estelar na sua viagem pelo espaço. A imagem em cima, mostra através de um desenho elaborado em computador, a visão de um artista de como seriam estas primeiras galáxias. As primeiras estrelas do universo eram gigantes. “Cerca de 100 vezes mais massivas que o Sol,” segundo o astrónomo Eros Vanzella. Estas estrelas emitem uma luz muito forte no UV (conhecemos a luz UV como a responsável por nos bronzearmos). Esta forte luz UV em determinado momento limpou a neblina e permitiu que a la luz estelar viajasse sem obstáculos pelo espaço.

Recentemente, os astrónomos utilizaram um telescópio chamado “Very Large Telescope”, que está situado no Chile, para olhar para o passado e puderam observar algumas destas galáxias da época em que o espaço se “limpava” desta neblina. Os astrónomos notaram algo surpreendente. No curto espaço de tempo entre o nascimento das galáxias mais velhas e as galáxias mais jovens, observadas neste projeto, o universo passou de muito nebulado a praticamente límpido. Isto sucedeu “mais rápido do que os astrónomos tinham pensado anteriormente,” referiu a astrónoma Laura Pentericci.

Curiosidade: Apesar das galáxias que os astrónomos observaram serem das primeiras a formarem-se, nasceram quando o universo tinha entre 780 milhões e 980 milhões de anos! Mas como o universo tem 13.700 milhões de anos, antes dos 1000 milhões de anos são consideradas umas bebés!

O que é a Matéria?




A matéria em si é composta por muitos e muitos diferentes tipos de partículas minúsculas ligadas entre si. Algumas dessas partículas são chamadas átomos. Estes podem ter muitas formas e tamanhos — como o hidrogénio, o hélio e entre os átomos mais importantes encontra-se o carbono. O carbono é o segundo material mais comum no corpo humano (depois do oxigénio). Para lhe dar uma ideia da pequenez de um átomo: seria necessário alinhar 1 milhão de átomos para igualar a espessura de uma folha de papel!
 
Esta estranha imagem mostra-nos um conjunto de moléculas, que são grupos de dois ou mais átomos ligados entre si. As moléculas são tão pequenas que ninguém consegue vê-las exceto com microscópios extremamente poderosos. As moléculas em forma de bola de futebol como as desta foto são constituídas por 60 átomos de carbono, daí seu nome "C60". O carbono é um elemento químico muito importante para toda a vida na Terra. Constitui uma grande parte do mundo que vivemos, desde o dióxido de carbono no ar até às plantas que comemos. E quase um quinto do nosso corpo é composto de carbono!
 
Mas de onde vem este elemento mágico? Bom, vem das estrelas! Todo o carbono no universo foi feito no interior de estrelas. Depois da estrela ter transformado no seu núcleo todos os átomos de hidrogénio em hélio, começa a transformar os átomos de hélio em carbono e noutros átomos (como o oxigénio). Quando as estrelas morrem, estes recém-forjados elementos químicos são expulsos para o espaço para serem reciclados como novas estrelas, planetas ou até mesmo pessoas.
 
No entanto, C60 parece ser muito raro no espaço. O que é muito estranho, pois o carbono é o quarto elemento químico mais comum em todo o universo (após o hidrogênio, hélio e oxigénio). Além disso, C60 revelou-se muito fácil de criar em laboratórios na Terra. Agora, depois de muitas observações, o mistério foi resolvido: Esta molécula de carbono tão particular, apenas se forma em zonas do espaço que sejam muito ricas em carbono e onde os ventos fortes provenientes de uma energética estrela vizinha possam moldá-lo dando-lhe existência.

Curiosidade:
O carbono é essencial para a vida na Terra — pode ser encontrado em todos os seres vivos. Portanto, é estranho que muito carbono na nossa atmosfera, seja perigoso para nós — hoje é a grande causa do aquecimento global! Toneladas de dióxido de carbono são libertadas para a atmosfera provenientes da queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás. O que está a alterar de forma dramática o nosso clima.

A existência de hélio é evidência para o Big Bang



Quais as evidências do Big Bang que você lembra? A maioria das pessoas pode dizer a radiação cósmica de fundo, também chamada de “eco do Big Bang”. Alguns também vão lembrar do “redshift”, ou desvio para o vermelho no espectro das galáxias distantes. Se você tiver sorte, vai encontrar alguém que lembre da abundância de hélio. Mas por que o hélio, ou a abundância dele, é uma evidência do Big Bang?

O que é o hélio?
O hélio, símbolo químico He, é um gás nobre, e uma das substâncias mais simples da natureza, já que é composto por dois elétrons, dois prótons e dois nêutrons (em uma comparação, perde em simplicidade para o hidrogênio, que é composto por apenas um próton e um elétron). A produção do hélio no núcleo de estrelas é um processo compreendido há um bom tempo: prótons são pressionados um contra o outro para formar elementos cada vez mais pesados. No caso do hélio no sol, dois prótons se unem para formar um átomo de deutério, que é um hidrogênio com um nêutron. O átomo de deutério é pressionado a outro próton e se torna o hélio-3.

Quando um segundo átomo de hélio-3 colide com o nosso átomo de hélio-3, dois prótons saem a passear por aí, e o restante dos dois átomos se combinam para formar um átomo de hélio-4, com dois prótons e dois nêutrons. Este é o tipo mais comum de átomo de hélio, e a sua produção nas estrelas libera muita energia. O nome deste processo é “nucleossíntese estelar”. Ele é capaz de gerar muita energia, além de fazer átomos mais pesados a partir de átomos mais leves. Na verdade, não só o hélio, mas todos os elementos da tabela periódica, até o ferro, são fabricados desta forma, mas esta é outra história.

A abundância de hélio
Olhando para o universo com um telescópio e um espectroscópio, dá para fazer uma estimativa de quanto hélio tem no mesmo. Foi o que os astrofísicos fizeram, e chegaram à uma conclusão perturbadora: 24% dos átomos visíveis no universo são de hélio. É muito hélio. Se tivesse tanto hélio de origem estelar, a noite deveria brilhar muito mais. Além disso, considerando a idade das estrelas, elas também não deveriam ter tanto hélio. De onde veio esse hélio, então?

A impressão era de que boa parte deste hélio já existia antes das estrelas surgirem. Mas como? George Gamow, o cara que previu a radiação cósmica de fundo, sugeriu que em algum momento no início do Big Bang, a pressão e temperatura do universo deveriam ser tão grandes quanto no núcleo de uma estrela, e isto deve ter causado fusão nuclear, criando hélio e deutério, além de lítio e berílio (em menor quantidade). Esta fusão nuclear é chamada de “nucleossíntese primordial” ou “nucleossíntese do Big Bang”. Durante a primeira parte do Big Bang, o universo tinha uma densidade de energia muito alta para que prótons e nêutrons se formassem.

 Depois que eles se formaram, foram combinados pela pressão e foi produzido o hélio. Estava explicada a origem do hélio antes da formação de estrelas. E só para te avisar: o hélio que você vê nos balões em feiras e parques de diversão não teve origem no Big Bang. Ele foi originado do decaimento radioativo do urânio. Quando o urânio decai, emite uma partícula alfa – dois prótons e dois nêutrons – que então captura um par de elétrons e se torna um átomo de hélio. Se você quiser ver o hélio que se formou no Big Bang, vai ter que usar um telescópio e um espectroscópio – que foi a forma como nós descobrimos o hélio no sol pela primeira vez.

Quantas dimensões existem no Universo?



No início do século 20, a resposta para essa pergunta era tão óbvia quanto velha. Euclides, lá na Grécia antiga, já havia sacado que são 3 as direções possíveis para qualquer movimento: para cima (ou para baixo), para a esquerda (ou para a direita) e para a frente (ou para trás). Portanto, o espaço possui 3 dimensões. Fácil, não?

Até que, em 1905, Einstein começou a bagunçar tudo. Nesse ano, ele fez 3 descobertas importantes e uma delas demonstrava que, ao contrário do que dizia a física até então, o espaço e o tempo não eram fixos e imutáveis. Na verdade, eles eram flexíveis e manipuláveis, de modo que era possível, sob certas condições, encolher o tamanho de um centímetro ou esticar a duração de um segundo.

E o pior: a modificação sobre um estava atrelada à transformação do outro. Ou seja: o tempo era, do ponto de vista físico, indistinguível do espaço. Com isso, deixou de ser possível falar em 3 dimensões – já que o tempo não podia mais ser colocado em uma gaveta distinta da das outras dimensões. Ficou claro que tudo era uma coisa só: um continuum espaço-tempo, como os físicos hoje adoram dizer.

O fim da velha geometria
Até aí, bastava incorporar o tempo, que até Euclides conhecia, à lista das 3 dimensões existentes. Mas Einstein fez questão de complicar as coisas quando, em 1915, conseguiu aprofundar sua Teoria da Relatividade. Ao estudar os movimentos acelerados, ele percebeu que a gravidade era nada menos do que uma distorção na geometria das 4 dimensões. Saía de cena a geometria euclidiana e vinha em seu lugar uma geometria não-euclidiana (em que a soma dos ângulos de um triângulo não necessariamente dá 180 graus e linhas paralelas podem se cruzar).

Não satisfeito em pôr de cabeça para baixo a geometria básica do Universo, Einstein decidiu que o passo seguinte era unificar a física toda num só conjunto de equações. Naquela época, em que ninguém conhecia ainda as forças que agiam dentro dos átomos, a tão sonhada unificação era apenas uma questão de costurar a relatividade (que explicava a gravidade) e o eletromagnetismo (responsável, como você pode imaginar, pelos fenômenos elétricos e magnéticos, ambos relacionados à partícula que aprendemos a chamar de elétron).

Dimensões ocultas
Einstein não foi muito adiante com seus esforços, mas outros foram inspirados por sua busca. Entre eles, dois se destacaram muito cedo: Theodor Kaluza e Oskar Klein. Trabalhando individualmente em meados da década de 1920, os dois perceberam que, se a relatividade geral fosse reescrita para acomodar 5 dimensões, em vez de 4, as equações do eletromagnetismo brotavam naturalmente dela. Mas tinha um probleminha: até onde se pode ver, o Universo não tem 5 dimensões, apenas 4. Klein, em 1926, sugeriu que não podíamos ver a 5a dimensão porque ela estaria enrolada em si mesma, como um tubinho minúsculo.

De lá para cá, outras forças que agiam no interior do átomo foram descobertas e, por algum tempo, a idéia de dimensões extras foi esquecida. Foi então que surgiu a Teoria das Supercordas – a noção de que as partículas que compõem o Universo poderiam ter a forma de cordas vibrantes (com cada vibração dando as características da partícula). Os físicos desconfiam que, a partir dessa premissa, seria possível descrever todos os componentes da natureza numa única teoria – mas só se o Cosmos possuísse nada menos que 26 dimensões.

Uma dimensão enrolada escondida, vá lá. Mas quem vai acreditar em 22 dimensões escondidas? Como explicar que 4 dimensões são aparentes e as outras todas ficam ocultas? Pois é, como os próprios físicos achavam essa idéia difícil de engolir, começaram a trabalhar numa forma de reduzir o número de dimensões necessárias. Hoje eles já conseguiram fechar com 10 ou 11 dimensões – e muitos pesquisadores acreditam que o número não vai cair muito mais que isso. Ou seja, se a Teoria das Supercordas estiver certa, o Universo deve estar cheio de dimensões enroladas e, portanto, invisíveis.

Estrelas 'bebês' lançam jato de poeira em regiões distantes da Via Láctea




Imagem em infravermelho mostra bolha gigante que foi esculpida na poeira espacial por estrelas de grande massa e é responsável pela formação de bolhas menores (Foto: Nasa/JPL-Caltech/University of Wisconsin )

Novas observações de áreas mais distantes e desabitadas da Via Láctea, feitas pelo Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa, mostram dezenas de estrelas recém-nascidas lançando jatos de seus "casulos" de poeira. O estudo da Universidade de Wisconsin foi apresentado na quarta-feira (5) durante reunião da Sociedade Americana de Astronomia, em Indianápolis. As imagens foram captadas por raios infravermelhos em azul e verde do Spitzer, e combinadas com informações em vermelho do telescópio Wise, também da Nasa, que preencheu lacunas nas áreas que o Spitzer não cobriu.

Uma das fotos revela a região próxima à constelação do Cão Maior, com mais de 30 astros jovens ejetando material. Até agora, já foram identificadas 163 regiões que contêm jatos expelidos por estrelas, algumas agrupadas e outras isoladas. Os registros fazem parte do projeto Glimpse 360, que está mapeando a topografia do céu da nossa galáxia. Ainda este ano, devem ser divulgados os resultados, que incluem uma visão completa em 360°. Até agora, o projeto já mapeou 130° do céu ao redor do centro da galáxia.

A Via Láctea é uma coleção de estrelas espiral e predominantemente plana, como um disco de vinil, mas com uma ligeira dobra – que também será mapeada. Nosso Sistema Solar está localizado a cerca de dois terços de seu centro em direção às extremidades, no chamado Esporão de Órion, um desdobramento do braço de Perseus, um dos principais braços da galáxia.

Segundo a astrônoma Barbara Whitney, da Universidade de Wisconsin, os cientistas estão descobrindo todos os tipos de formação de novas estrelas em áreas menos conhecidas das bordas exteriores da Via Láctea. Para ajudar no Glimpse 360, os astrônomos também têm contado com a ajuda do público leigo, que vasculha as imagens obtidas em busca de bolhas cósmicas que indiquem a presença de estrelas quentes e de grande massa. Essas pessoas participam do Projeto Via Láctea, que funciona em esquema colaborativo e voluntário.

As 5 coisas mais impressionantes e bizarras do Universo

Ah! O universo, lindo em sua maximidade, perfeito em sua infimidade e absurdo como ele próprio. Tão grande que se o universo conhecido fosse do tamanho de uma moeda de 5 centavos, o verdadeiro (estipulado) universo teria o tamanho da Terra. Grande o suficiente e esquisito o suficiente para que certas coisas, que mais parecem ficção científica, acabem se revelando verdadeiras. E é por isso que hoje apresento-lhes, uma lista com as coisas mais bizarras e incríveis já encontradas lá fora. Então se encoste, relaxe, ligue a música e se prepare para viajar pelos cantos mais esquisitos do cosmo.



5. Um planeta feito de diamante.

Os Escritores de ficção científica parecem só conseguirem imaginar 6 tipos diferentes de planetas. Sabe, o de lava, o de gás, o de gelo, o de floresta/pantano, o urbano/industrial e o deserto. Mas na vida real, cientístas já estudaram mais de 700 planetas fora do sistema solar, e alguns deles são simplesmente exagerados (eu diria, querendo compensar algo, if you know what I mean), como o caso em questão PSR J1719-1438 b. O planeta pomposo não tem nada de parecido com os das ficções científicas, pois ele é inteiramente feito de diamante.

- Como isso é possível? - Na verdade, o exibido já foi um dia, uma estrela, e as vezes, os restos de uma estrela começam uma segunda vida como planeta. Nesse caso, o planeta Bling Bling fazia parte de um sistema binário (duas estrelas). O gêmeo maior deu uma de bomba e super-explodiu, o que sobrou se tornou uma pulsar e uma anã branca. A anã se estabilizou longe o suficiente do ex-irmão para perder toda a sua massa para ele, exceto seu núcleo de carbono.



A coisa toda aconteceu mais ou menos assim
E como todos sabem, carbono só está a um punhado de pressão e calor de se tornar um diamante. Na Terra, isso acontece naturalmente, abaixo do solo, em pequenos tamanhos e quantidades. Mas nesse ponto em particular do espaço, as condições estavam perfeitas para o núcleo da ex-estrela se endurecer, cristalizar e virar uma jóia do tamanho de um planeta.



4. Uma gigantesca nuvem de chuva.

Ta aí outra coisa que você nunca viu em filmes de sci-fi: água. O Millenium Falcon não tem limpador de para-brisas. A Enterprise não fica toda embaçada quando eles atravessam uma nuvem espacial, Kirk nunca disse “Que saco, náo consigo enxergar por causa de toda essa chuva espacial!”. A verdade é, que se dissesse você provavelmente riria e exclamaria: “Esses caras tem noção do que rola no espaço?”. Mas adivinha: Cientístas descobriram uma gigantesca piscina de água simplesmente flutuando pelos cosmos. E essa massiva nuvem de vapor de água é na verdade, o maior reservatório de água já encontrado no universo. E quando eu digo grande, não quero dizer como o oceano pacífico, quero dizer 100.000 vezes maior do que o sol. A nuvem é tão grande que tem 140 trilhões de vezes mais água do que a Terra.

- Como isso é possível? - Como o resto da lista, os cientístas ainda estão pesquisando sobre o que estão observando, afinal, a nuvem está a 100 bilhões de anos-luz de distância da Terra, o que significa que você não vai colocar sunga e havaianas na mala quando for fazer tour espacial. Mas o cientístas presumem que um gigantesco buraco negro está sugando tudo a sua volta, mas ao invés de engolir toda a matéria e cuspir energia como um buraco negro normal, este cospe vapor de água. Como, eles ainda não tem certeza.




3. Raios!

Cientistas já sabem a algum tempo que descargas elétricas (raios) náo sáo exclusivos da Terra. Eles já observaram raios em Marte e em Saturno. O que eles não sabiam até pouco tempo é que o fenômeno pode ocorrer NO MEIO DA PORRA DO ESPAÇO! Com uma força igual a um trilhão de raios terrestres (ou 1 exavolt). Essa insana corrente elétrica foi desocberta perto da galáxia 3C303. E o que o jato elétrico está fazendo por lá? Nada demais, simplesmente lançando matéria eletrificada a 150 milhões de anos-luz. Então, para exemplificar, não imagine-o como uma tempestade espacial, e sim um único raio 50% maior do que a Via Láctea.

- Como isso é possível?

Como a maioria das coisas legais do espaço, essa corrente elétrica é gerada por um buraco negro, a prima donna do universo. Astronomos especulam que o buraco negro no centro de 3C303 tem um descomunal campo magnético o que gera rídiculas quantidades de energia. Na verdade, é a maior corrente de eletricidade detectada no universo. Talvez por isso tenhamos conseguido a encontrar, mesmo estando a 2 bilhões de anos-luz da Terra.



2. Uma estrela fria.

Talvez a primeira coisa que você tenha aprendido sobre o espaço é: O sol é quente. Mesmo antes de saber as características das estrelas ou o que era o Sol, você já sabia disso. Quando você entende a ciência do negócio, percebe que estava mais correto do que pensava. A temperatura da superfície do sol é de 5778K ou 5505 graus celcius e muito, mas muito mais quente que isso no núcleo. Então, pois é, uma das coisas que sabemos sobre estrelas é que nunca conseguiremos chegar perto de uma sem instântaneamente explodir em chamas. Mas os cientístas descobriram que isso nem sempre é verdade, cinco meses após descobrirem uma estrela que é apenas 6 graus celcius mais quente que um copo de café do McDonald’s (a superfície da estrela Star Latte é de 97 graus celcius), eles descobriram uma que é ainda mais fria. WISE 1828+2650 tem a incrível temperature de 26 graus celcius, o que significa que se um dia formos para lá, poderiamos ficar apenas de capacete e shorts. Talvez até jogar futebol.

- Como isso é possível?

WISE 1828+2650 é parte de um pequeno grupo de estrelas frias conhecidas como Anãs marrons. Essas pequeninas começam suas vidas como estrelas normais, mas não tem massa o suficiente para deslanchar. Na verdade, essas estrelas são tão pequenas que não tem massa o suficiente para faser fusão de hidrogênio, o que numa estrela normal libera toda a energia na forma de calor. E mesmo assim, esse caroços ainda são consideradas estrelas.




1. A gigantesca bolha do início do tempo.

Nos aprendemos, com nossos pais, na escola, ou em livros que, de certa forma, somos todos viajantes do espaço. A luz do sol demora 8 minutos para chegar até nós e olhar para um céu noturno significa olhar para diferentes pontos no passado. O que você provavelmente não sabia é que, a medida que os telescópios melhoram, as imagens que chegam até nós ficam cada vez mais bizonhas, como esse treco. A bolha não é feita de amoeba, e sim de gás… Nós achamos. E ela é estupidamente gigante: Mais ou menos 200 milhões de anos-luz de comprimento, do tipo, luz, a coisa mais rápida do universo, demoraria 200 milhões de anos para atravessar a bolha. Só para comparar, nossa galáxia tem 100 milhões de anos-luz de comprimento. Aliás, a luz que essa coisa emite demorou 12 bilhões de anos para chegar as nossas retinas, o que significa que ela é essencialmente um grande composto de seja lá que merda sobrou do Big Bang. Para encontra-la, pesquisadores usaram um certo filtro para seus telescópios que foram capaz de detectar seu núcleo e depois, os três tentáculos molusculosos que se estendem pelo vácuo. Dentro de cada apêndice existem galáxias e bolhas de gás, algumas com 400.000 anos-luz de comprimento. As galáxias estão todas agregadas, quatro vezes mais perto do que qualquer outras galáxias no universo. Tudo isso é impressionante demais para o nome criativo que os cientístas decidiram colocar no treco.

Universo assassino




Explosões estelares. Asteróides gigantes devastando planetas. Conheça alguns dos perigos que ameaçam a Terra em sua viagem pela Via Láctea

Quem gosta de relaxar sob a abóbada de uma bela noite estrelada não faz idéia dos fenômenos selvagens e brutais que ocorrem o tempo todo no céu. Só a distância imensa que separa a Terra das áreas mais turbulentas do Cosmo nos protege de entrar de cabeça nesta verdadeira roleta russa sideral em que astros nascem e morrem a cada minuto, de modo violento. E, mesmo assim, protege apenas em parte. Em 1998, por exemplo, a atmosfera terrestre foi chamuscada pela explosão de uma estrela situada a 200 quatrilhões de quilômetros – distância um bilhão de vezes maior do que a que nos separa do Sol. “O efeito do bombardeio não foi grande”, diz o engenheiro eletrônico americano Umran Inam, da Universidade Stanford, na Califórnia. “A luz da detonação apenas eletrificou o ar e, com isso, bloqueou as transmissões de rádio durante alguns minutos.” Certo, foi só um susto. Mas o sobressalto embute uma certeza alarmante: não estamos imunes às catástrofes que pululam no Universo. “A probabilidade de sermos atingidos é baixa, mas está longe de ser nula”, afirma o astrofísico americano Kevin Hurley, da Universidade de Berkeley. Há indícios seguros de que, no passado, a Terra já foi gravemente ferida pelo temperamento explosivo dos astros – portanto, é quase certo que isso voltará a acontecer no futuro. E o pior é que se trata, quase sempre, de uma briga de cachorros grandes, enormes, bem maiores que nós. Imagine que somos um chiuaua metido numa briga de rottweilers.

 A simples queda de um cometa fortuito deu fim aos dinossauros, há 65 milhões de anos. Eis a medida da nossa fragilidade. De todas as possíveis catástrofes cósmicas, a mais temida é a colisão da Terra com um asteróide ou cometa gigante. O impacto de um cometa com 12 quilômetros de diâmetro, como aquele que acabou com os dinossauros há 65 milhões de anos, causaria uma explosão igual à de 100 milhões de megatons de TNT – 10 000 vezes mais forte que o disparo de todas as armas nucleares estocadas no planeta. Mas o trajeto dos asteróides pode ser calculado, e, se houver risco de um deles cair aqui, poderá ser desviado com a ajuda de bombas atômicas. (É isso mesmo. Igualzinho aos filmes.).

O Sol, geralmente tranqüilo e inofensivo, também pode ter ataques desagradáveis de mau humor e afetar a Terra. Pesquisas recentes do astrofísico americano John Jirikowic, da Universidade do Arizona, mostram que, de tempos em tempos, o Sol sofre de instabilidade aguda e pode esfriar ou esquentar em excesso. Nesses períodos, lança um número recorde de labaredas para o espaço. Agora mesmo, o Sol está mais agitado do que o normal, mas as labaredas, até onde se pode prever, são relativamente suaves. No máximo, vão queimar alguns circuitos eletrônicos dos satélites. “Mas as crises, às vezes, se tornam insuportáveis”, diz Jirikowic. Ele argumenta, por exemplo, que o Sol estava especialmente quente quando uma seca exagerada devastou a América do Norte, no século XII. E que uma pequena era glacial, ocorrida no século XVII, na Europa, coincidiu com uma fase fria da estrela. “Estamos tentando descobrir quando ele entrará novamente em um período semelhante de mau comportamento.” Enquanto tentam entender a nossa estrela, os astrofísicos olham para longe do Sistema Solar.

 Certos de que sabiam tudo sobre a violência cósmica, eles foram surpreendidos, em 1995, por explosões 100 vezes maiores do que qualquer outra registrada até então. Atentos, perceberam em seguida que essas catástrofes, batizadas de “jatos de raios gama”, não eram tão raras quanto se pensava. Já se registraram 2 000 e, em abril do ano passado, uma delas estabeleceu um novo recorde astronômico: brilhou com a intensidade de um milhão de galáxias, ou de um quatrilhão de estrelas somadas. Essas erupções mortais de luz, segundo os astrônomos, seriam provocadas pelo choque entre os astros mais densos que existem – os buracos negros e as estrelas de nêutrons. Como as detonações geralmente espocam nos confins do Cosmo, a quase 100 bilhões de trilhões de quilômetros (desculpe o mau jeito, mas a alternativa seria escrever o número por extenso, o que deixaria tudo ainda mais cabeludo), conseguem apenas eletrificar as camadas mais altas da atmosfera, como aconteceu em 1998.

 Quando uma grande estrela explode, libera mais energia do que 200 bilhões de sóis em conjunto. Se uma detonação como essa, chamada de supernova, acontecesse dentro do Sistema Solar, a Terra e todos os outros planetas seriam transformados em poeira cósmica.Em agosto, a Nasa registrou a maior labareda solar dos últimos dez anos. Feita de gases tórridos e eletrificados, a língua de fogo provocou tempestades magnéticas na atmosfera terrestre, mas não causou danos na superfície.Em julho, o cometa S4-Linear deu um show assustador ao passar pelo Sol: como é feito parcialmente de gelo, parte da sua massa derreteu e dividiu-se em pedaços menores. Não há risco para a Terra porque os estilhaços estão voando para longe daqui.


O brilho letal das supernovas - A agonia das estrelas gigantes é um dos espetáculos mais violentos do Universo. Elas se desintegram em uma explosão que libera, em um único instante, mais energia que todos os outros astros da Galáxia somados. Imagine: existem, na Via Láctea, 200 bilhões de estrelas. Elas seriam facilmente ofuscadas por apenas uma dessas detonações, chamadas de supernovas. Elas podem afetar a Terra mesmo se explodirem a 350 trilhões de quilômetros daqui – a Terra, nesse caso, tomaria um banho corrosivo de radiação, capaz de destruir a camada de ozônio que nos protege contra os raios ultravioleta do Sol. Diversas espécies seriam levadas à extinção. Os cientistas sabem disso porque, há 10 000 anos, logo depois de a Terra ter sido bombardeada por uma supernova (hoje conhecida pelo nome de Vela), houve uma drástica redução na quantidade de plâncton, nos oceanos. O clima também se alterou, com um aumento de 2 ou 3 graus Celsius na temperatura global. Tudo isso apesar de a explosão ter ocorrido a 16 quatrilhões de quilômetros daqui. A detonação gigante mais próxima de nós, neste século, ocorreu em 1997. O anel que você vê acima são seus restos. Por sorte, a estrela que lhe deu origem estava muito longe, na galáxia vizinha, a Grande Nuvem de Magalhães, a 187 000 anos-luz de distância da Terra (1 ano-luz mede 9,5 trilhões de quilômetros. Faça as contas você.) Só por isso não sofremos os efeitos por aqui



Estrada tumultuada à frente

Dentro de 50 000 anos, o Sistema Solar vai entrar em uma região perigosa da Via Láctea, denominada Vale da Águia

1. Segundo os astrônomos, toda vez que a Terra atravessa regiões repletas de estrelas e de restos de detonações estelares, fica exposta a doses letais de radiação. As grandes extinções de espécies, no passado, ocorreram em épocas assim.
2. Nos últimos 250 000 anos, o Sol vem se deslocando por áreas limpas e tranqüilas. Dentro de 50 milênios, porém, os nossos descendentes enfrentarão nuvens de gases radioativos do Vale da Águia, onde é grande a probabilidade de uma estrela selar a sorte da humanidade.
3. A viagem pela galáxia pode lançar cometas sobre nós. Eles nascem: orbitam habitualmente a 5 trilhões de quilômetros do Sol e só saem desse "ninho" quando alguma estrela vizinha os perturba. Aí, um ou mais bólidos disparam pelo espaço, com trajetória incerta.
4. Não se sabe quantos já estão em nosso caminho. No ano passado, os americanos Jay Frogel e Andrew Gould, da Universidade do Estado de Ohio, verificaram que uma estrela obscura, batizada de Gliese 710, poderá provocar uma chuva de cometas sobre a Terra em algum momento dos próximos milênios.

A morte do Sol



Daqui a 7,5 bilhões de anos o Sol vai se apagar. Mas, antes disso, vai crescer, brilhar muito mais e quase derreter o sistema solar.

Ano 1 500 001 997 d.C. Um Sol gigantesco se levanta sobre o horizonte leste da Terra. Se você pudesse acordar nessa manhã, daqui a 1,5 bilhão de anos, não encontraria nada do mundo que conhece hoje. Nossa estrela está 10% mais brilhante e parece ocupar um pedaço enorme do céu, que por sinal não é mais azul. A atmosfera, opaca, úmida e abafada, é dominada por uma luz cor-de-laranja e amarela. Sobre o solo árido não há água, nenhuma planta ou animal. Enorme, brilhante e abrasador, o Sol está começando a morrer. E os primeiros sintomas da sua longa agonia já eliminaram a vida da Terra. Essa é a previsão da equipe de astrônomos liderada por Juliana Sackmann, do Instituto de Tecnologia da Califórnia. Como todas as estrelas, o Sol brilha porque tem massa demais. Os átomos de hidrogênio do seu núcleo não suportam o peso sobre eles e se fundem, causando ininterruptas reações nucleares. A cada segundo, são queimadas 700 milhões de toneladas de hidrogênio, liberando 386 bilhões de bilhões de megawatts de energia como calor, luz visível e outras radiações. Compare: a potência da Usina de Itaipu é de 12 600 megawatts por ano! Apesar de tanto vigor, o Sol perde hoje uma fração mínima de matéria. Mas daqui a cerca de 7 bilhões de anos, o hidrogênio terá se esgotado e o astro começará a queimar hélio. Aí, a energia liberada será tão maior que ele se transformará numa gigante vermelha – uma estrela que pulsa, variando seu diâmetro em milhões de quilômetros. Mercúrio será engolido e destruído.

Planeta duro de matar - O tamanho e o brilho solar chegarão ao máximo daqui a 7,5 bilhões de anos. Segundo Juliana Sackmann, seu raio ficará mais de 200 vezes maior, chegando muito perto da Terra. E seu brilho, 5 000 vezes mais intenso. Isso quer dizer que a estrela estará lançando sobre o sistema solar 5 000 vezes mais energia do que hoje. O calor na Terra será muito superior ao de Vênus atualmente, que é de 500 graus Celsius. O antigo planeta-água virará uma imensa caldeira, com temperatura capaz de derreter chumbo. “De acordo com a quantidade de matéria ejetada pelo Sol, a Terra pode ficar muito mais quente ainda”, previram Juliana e seu colega Arnold Boothroyd, da Universidade de Monash, na Austrália. E poderia até ser destruída nesse inferno dantesco. Mas vai acabar fugindo para longe.

 Carrossel enlouquece - À medida que o brilho for aumentando, o vento solar lançará mais e mais energia e matéria da estrela moribunda espaço afora. Esse efeito reduzirá muito a massa do astro e, conseqüentemente, sua força gravitacional. “Até o ponto em que as amarras da gravidade estarão tão frouxas que os planetas correrão para mais longe”, explicou à SUPER Walter Maciel, do Instituto Astronômico e Geofísico da Unversidade de São Paulo. “Mas não escaparão do sistema solar.” Para saber exatamente quanto cada planeta se deslocará, seria necessário medir a quantidade precisa de massa perdida pelo Sol. “Mas calculamos que Vênus se moverá para a órbita atual da Terra e nosso planeta, para a de Marte”, disse Juliana. Os planetas exteriores, como Júpiter e Saturno, também entrarão no enlouquecido carrossel. Suas órbitas deverão dobrar de diâmetro.

Depois do suspiro final - Com os planetas girando mais longe, a solitária estrela agonizará por mais alguns milhares de anos. Na tentativa de reacender a fornalha em seu interior, ela terá se expandido e contraído quatro vezes, no total. A cada expansão, mais matéria será jogada fora. O Sol irá se enfraquecendo e se apagando aos poucos, até o suspiro final. Aí, o que um dia foi astro-rei amarelo e gigante vermelha não passará de uma anã branca – um corpo carcomido, com metade da massa atual espremida numa esfera com diâmetro 17 vezes menor que hoje e sem forças para liberar energia. Uma nebulosa, nuvem de poeira e gases resultante do desgaste estelar, envolverá o sistema solar mumificado. Os planetas, com exceção de Mercúrio, continuarão a longa e fria jornada em torno da carcaça estelar.

A saga terráquea segue - Que o Sol não duraria para sempre os astrônomos já sabiam. Estudando outras estrelas, eles construíram o modelo tradicional, que prevê o desaparecimento da Terra daqui a 5 bilhões ou 6 bilhões de anos, engolida pelo astro moribundo. A diferença do trabalho de Juliana e Boothroyd é que, nele, o Sol recebe tratamento personalizado. “Levamos em conta a variação de brilho e de tamanho específica da nossa estrela”, disse Juliana. A conclusão é o que você viu nas páginas anteriores: a Terra pode não ser engolida, mas jogada para longe – que bom! Mas toda forma de vida desaparecerá em 1,5 bilhão de anos – que mau!

Desanimador? - Nem tanto. Há gente séria achando que, até lá, o homem pode salvar o planeta. O astrofísico canadense Hubert Reeves, da Universidade de Montreal, vê duas saídas: reacender a fornalha ou empurrar a Terra para longe do inferno estelar (veja o infográfico abaixo). Reeves admite que nenhuma delas seria viável hoje. Mas quem sabe lá na frente dê. “É tudo uma questão de desenvolvimento tecnológico”, disse ele, otimista, à SUPER. Arnold Boothroyd acha mais fácil nos mudarmos para outro mundo. No que ninguém aposta é que a espécie humana sobreviva até lá. “É difícil imaginar um futuro tão remoto”, afirmou Boothroyd. “Seria como se o homem das cavernas pudesse adivinhar a sociedade atual.” Ainda assim, é bom crer que, na falta do Homo sapiens sapiens, outro ser inteligente qualquer leve a saga terráquea adiante. A aparência da Terra daqui a 3,5 bilhões de anos, quando o Sol estará a meio caminho da morte. O que um dia foram os oceanos terá se transformado em vastas planícies. E os antigos continentes terão se tornado planaltos. É que, por aquele tempo, o Sol terá aumentado em 40% o seu brilho, secando de vez o planeta e varrendo a atmosfera para o espaço

Ao emagrecer, ela crescerá
Ao lançar mais energia e matéria, a estrela se espalhará. Hoje, o Sol perde, por ano, menos de um trilionésimo de sua massa. Os planetas permanecem estáveis em sua órbita. Daqui a 7 bilhões de anos, ele comecará a pulsar. Seu diâmetro crescerá milhões de quilômetros e engolirá Mercúrio. No auge da catástrofe, a Terra não passará de uma bola incandescente, a centenas de graus Celsius, sem atmosfera. As rochas terão se derretido e o relevo, se achatado

Quanto maior, mais fraco - O Sol perde matéria e solta os planetas. Daqui a 7,5 bilhões de anos, o Sol começará a pulsar, aumentando e diminuindo de tamanho em mais de 200 vezes. Em cada expansão ele perderá matéria. Sob menor força gravitacional, os planetas saltarão para órbitas mais distantes. Passado o desastre, uma nebulosa –nuvem de poeira e gases resultante do desgaste estelar – se dissipará pelo espaço, para muito além dos limites do que foi um dia o nosso sistema solar.

Como escapar do fogo cruzado - Além de mudar de planeta, a humanidade tem duas soluções para salvar a Terra. Reavivar o Sol. Foguetes nucleares ou raios laser seriam lançados no depósito de hidrogênio, próximo do núcleo, que queima hélio. O combustível entra de novo em reação nuclear. O Sol ganha mais alguns bilhões de anos. Mudar de endereço. Foguetes nucleares empurrariam a Terra para além da região de Saturno. A energia para a operação viria da fusão do hidrogênio retirado da água do mar. Seria preciso esgotar 10% dos oceanos

E assim surgiu nosso planeta!




Nada é eterno!

Temos fortes razões para acreditarmos que o próprio Universo (matéria tempo espaço) teve um início e deverá ter um fim. Hoje acreditamos que o início do Universo se deu há aproximadamente 13,7 bilhões de anos e o Sistema Solar se formou há aproximadamente 5 bilhões de anos. O Sol é uma estrela como outra qualquer. Só na nossa galáxia (agrupamento de estrelas com seus respectivos sistemas planetários; gases e poeira do qual fazemos parte) acreditamos que existam entre 200 e 250 bilhões de estrelas. As estrelas, e seus sistemas planetários, têm pelo menos uma característica em comum com os seres vivos: elas 'nascem', 'vivem' e 'morrem'. As estrelas se formam a partir da contração de imensas nuvens de gás e poeira que existem nas galáxias, entre as estrelas (3/4 da massa de uma galáxia está na forma de gás e poeira). 

Uma nuvem interestelar se mantêm em equilibrio durante bilhões de anos. Por um lado, a atração gravitacional de cada partícula da nuvem sobre todas as demais partículas tende a contraí-la. Por outro lado, a radiação emitida por cada uma dessas partículas, tende a expandí-la. Quando esse equilíbrio é quebrado a favor da atração gravitacional, essa nuvem começa a se contrair. Analogamente à água que enche uma pia quando começa a descer para o ralo, quando essa nuvem começa a se contrair, ela começa a girar. Quanto mais se contrai, mais rápido gira (efeito pia).  Do mesmo jeito que a massa da pizza que é aberta quando girada no ar, à medida que essa nuvem vai girando ela vai se achatando em um disco. Quanto mais rápido gira, mais esse disco se afina (efeito pizza).

A maior massa da nuvem original vai se concentrando em uma esfera no centro desse disco. Quanto mais massa se agrupa ali, maior a pressão no interior dessa esfera. Quando essa pressão atinge um valor crítico é 'acesa a caldeira' da estrela. Chamamos caldeira de uma estrela à sua região central, onde através de reações nucleares (como se fossem bilhões de bombas atômicas explodindo simultâneamente) é obtida a energia necessária para o brilhar desse astro. Telescópio Espacial Hubble já fotografou centenas de estrelas em processo de formação, com seus respectivos discos protoplanetários; como a da figura ao lado, que se encontra na nossa galáxia, relativamente próxima a nós, em uma grande nuvem de gás e poeira chamada Grande Nebulosa de Orion.

Analogamente a um filete de água que ao cair de uma torneira vai se afinando até se quebrar em gotas, também esse disco protoplanetário vai se afinando até se quebrar em anéis (efeito pingo). Nesses anéis dá-se início à formação dos planetas, luas e outros corpos, através de processos de acreção. Os minúsculos grãos de poeira da nuvem inicial, colidindo sucessivamente uns com os outros, a altíssimas velocidades, vão se aglutinando; tornando-se partículas cada vez maiores. Damos o nome de 'planetesimais' a essas partículas. Quanto maior um planetesimal, mais rápido ele cresce.  Acreditamos que o cenário era esse, há quatro bilhões e meio de anos, no processo de formação de nosso sistema planetário. Esse cenário durou milhões de anos, até que alguns planetesimais alcançaram massa suficiente para se aquecerem ao ponto de se fundirem e formarem núcleos; tornando-se 'protoplanetas'. Há aproximadamente três bilhões e meio de anos o planeta Terra já estava formando a sua crosta.

Aquecimento global pode ser combatido com nuvem de poeira de asteroide com 5 quatrilhões de Kg .




Pesquisadores escoceses apresentaram uma ideia intrigante para combater o aquecimento global. O princípio seria retirar poeira de um asteroide para criar nuvens gigantescas que agiriam como filtros dos raios solares. A pesquisa é da Universidade de Strathclyde e a instituição acredita que um asteroide de tamanho médio poderia ser desviado para uma posição próxima à da Terra para que o processo seja realizado. Se o asteroide for mantido em órbita com a Terra, isso criaria um campo gravitacional favorável para manter as partículas de poeira próximas de nós, evitando assim que elas se dispersem e desapareçam no espaço. Esta ideia é a mais recente de um projeto ambicioso que visa alterar o clima do planeta, refletindo, desviando ou absorvendo a radiação solar.

Um estudo realizado pelo Painel Intergovernamental das Nações Unidas para Mudanças do Clima afirma que as temperaturas irão subir entre 1,1 ºC e 6,4 ºC até o fim deste século. Russell Bewick, um dos chefes da pesquisa, declarou ao LiveScience: “As pessoas às vezes acham que a solução seria criar telas gigantes para bloquear o Sol inteiro, mas não é o caso. Eu gostaria de deixar claro que nunca sugeri que as novas técnicas substituíssem as reduções nas emissões de carbono”. Ele continua: “Podemos ganhar tempo para encontrar uma solução duradoura para combater as mudanças climáticas. A nuvem de poeira não é uma ação permanente, mas poderia compensar os efeitos das mudanças em determinado tempo para tornar lentas as medidas de como iremos capturar o carbono excedente”.

Uma proposta antiga sugeria a possibilidade de sombrearmos a Terra através de espelhos gigantescos que ficariam em órbita. Outra ideia envolve o uso de cobertores de poeira para tampar o Sol. Todas essas ideias seriam extremamente caras e a nova proposta diz que se trata de uma opção bem mais barata, no entanto, as forças gravitacionais da Terra, da Lua e do Sol dispersariam toda a poeira. Para que isso não aconteça, a equipe propõe uma ação inovadora, utilizando a própria força gravitacional para ancorar as nuvens de poeira. O asteroide seria posicionado em um ponto conhecido como Lagrange L1, um local no espaço onde o campo gravitacional do Sol e da Terra entra em equilíbrio. O L1 é cerca de quatro vezes a distância da Terra à Lua.

O asteroide seria equipado com um condutor de massa e eletroímãs que conseguiriam fazer manobras na posição do asteroide. Eles também seriam capazes de provocar desgastes na superfície para expelir mais poeira que se acumularia na nuvem. Os pesquisadores identificaram o asteroide 1036 Ganymed como o melhor candidato para a ideia. Eles acreditam que a nuvem de poeira produzida bloquearia 6,58% da radiação solar que atinge a Terra, suficiente para combater os atuais níveis do aquecimento global. A nuvem de poeira gerada seria de 5 quatrilhões de Kg de massa com 1.600 quilômetros de largura.

Reversão do campo magnético da Terra está atrasada, dizem cientistas



A descoberta feita pelo robô da Nasa Curiosity com evidências de que já fluiu água em Marte, o planeta mais parecido com a Terra dentro do Sistema Solar, deve intensificar o interesse sobre o que o futuro reserva para a Humanidade. A única coisa que evita que a Terra tenha um ambiente sem vida como Marte é o campo magnético que nos protege da radiação solar letal e ajuda alguns animais a migrarem, e ele pode ser muito mais frágil do que se imagina. Cientistas afirmam que o campo magnético da Terra está ficando mais fraco e pode praticamente desaparecer em 500 anos, antes de fazer uma reversão completa.

Isso já aconteceu antes -- o registro geológico sugere que o campo magnético tem revertido a cada 250 mil anos, indicando que, como o último evento ocorreu há 800 mil anos, outro parece estar atrasado. "O norte magnético migrou mais de 1,5 mil quilômetros no último século", afirmou Conall Mac Niocaill, cientista da Universidade Oxford. "Nos últimos 150 anos, a força do campo magnético diminuiu 10 por cento, o que pode indicar que uma reversão deva ocorrer." Embora seja difícil prever os efeitos desse fenômeno, as consequências podem ser enormes. A perda do campo magnético em Marte há bilhões de anos pôs fim à vida no planeta, se é que existiu alguma vida ali, afirmam os cientistas.

Mac Niocaill afirmou que Marte provavelmente perdeu seu campo magnético entre 3,5 bilhões e 4 bilhões de anos atrás, com base em observações de que as rochas no hemisfério sul do planeta têm magnetização. A metade norte de Marte parece mais nova, porque possui menos crateras de impacto e não tem nenhuma estrutura magnética para contar a história. Portanto, o campo deve ter acabado antes da formação das rochas, que deve ter ocorrido há cerca de 3,8 bilhões de anos. Continuação... Com o campo enfraquecido, o vento solar foi então capaz de arrancar a atmosfera e também houve um aumento da radiação cósmica chegando até a superfície", disse ele.

"Essas duas coisas seriam má notícia para qualquer vida que possa ter se formado na superfície -- ou a extinguindo ou forçando a sua migração para o interior do planeta." O campo magnético da Terra sempre se refez, mas como continua a girar e a enfraquecer, poderá apresentar desafios -- os satélites poderão ficar mais expostos ao vento solar e a indústria do petróleo usa as leituras do campo para direcionar as perfurações. Na natureza, os animais que utilizam o campo poderão ficar bastante confusos. Pássaros, abelhas e alguns peixes usam o campo para navegação, assim como as tartarugas marinhas, cujas longas vidas, que facilmente podem ultrapassar um século, indicam que uma geração poderia sentir os efeitos.

Os pássaros poderão superar o problema, porque estudos mostram que eles têm sistemas que se fiam nas estrelas e em marcos terrestres, incluindo estradas e linhas de energia, para encontrar o seu caminho. A Agência Espacial Europeia leva a questão a sério. Em novembro, planeja lançar três satélites para melhorar nosso entendimento sobre a magnetosfera. O projeto, chamado Swarm, enviará dois satélites a uma órbita polar a 450 quilômetros de altura para medir as mudanças no campo magnético. Um terceiro será enviado a 530 quilômetros de altura para observa a influência do Sol.

Cientistas encontraram provas de falhas e brechas na magnetosfera da Terra



Uma pesquisa recente descobriu brechas na camada magnética, que permitem a entrada do vento solar, que são rajadas de plasma energizado e magnético lançado pelo Sol em direção aos planetas que o orbitam.  Segundo o pesquisador Melvyn Goldstein, astrofísico do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA, “os ventos solares podem penetrar a magnetosfera em diferentes locais e em diferentes condições magnéticas que nós não sabíamos antes”, em um comunicado ao LiveScience. Para entender o problema, é preciso entender a importância da magnetosfera da Terra: Ela é a primeira linha de defesa do planeta contra o vento solar.

“Falhas” nessa defesa podem interromper sinais de GPS e sistemas de energia, apesar de propiciarem belíssimas auroras boreais. Os pesquisadores já sabiam que o vento solar conseguia penetrar nossa atmosfera nas regiões próximas ao Equador, onde o campo magnético terrestre é mais ou menos paralelo ao campo do vento solar. O estudo, publicado em 29 de agosto no Journal of Geophysical Research, apontou que essas “invasões” podem ocorrer em uma gama maior de condições. Elas também ocorrem onde os campos ficam perpendiculares, como nos polos.

Redemoinhos de plasma quebram o campo magnético
A missão Cluster da Agência Espacial Europeia, que compreende quatro satélites voando próximos uns aos outros pelo campo magnético da Terra, compilou dados que mostram como o vento solar atravessa o campo, com a ajuda dos equipamentos dos satélites, que documentam as interações magnéticas microscópicas que ocorrem entre a Terra e o Sol. Com os dados, os cientistas perceberam que redemoinhos gigantes (também conhecidos como ondas Kelvin-Helmholtz, podendo chegar a 40 mil quilômetros de diâmetro) de plasma que chegam à magnetopausa (região em torno da magnetosfera) são os fatores que ajudam o vento solar a penetrar nosso campo.

Quando esses redemoinhos atingem a magnetopausa, eles criam vórtices gigantes, como se fosse um vento soprando nos oceanos e criando as ondas. Essas “ondas” gigantes criam brechas nas linhas do campo magnético, por onde entram os ventos solares. O campo magnético da Terra não é perfeito, segundo o líder do estudo Kyoung-Joo Hwang, também do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA. “Na verdade, é bem difícil imaginar uma situação na qual o plasma do vento solar não conseguiria penetrar na magnetosfera”, completa o pesquisador.

Magnetosfera, a “bolha magnética” que protege a Terra



Costumamos imaginar a Terra girando ao redor do sol tranquilamente, sem grandes complicações. Contudo, as coisas são, na verdade, um pouco mais “dramáticas”: enquanto nosso planeta avança pelo espaço, é constantemente bombardeado por partículas solares energizadas. Felizmente, a Terra conta com a proteção da magnetosfera, uma espécie de “bolha” na qual boa parte dessas partículas bate e é desviada. A imagem acima é uma representação do que a Terra enfrenta em seu trajeto. Na parte “dianteira” do planeta se forma uma região em que o conflito com as partículas solares é especialmente forte, chamada “bow shock” (que pode ser traduzido como “choque de proa” e é parecido com o que se forma na proa de um navio que se desloca pelo mar).

Analisando dados coletados pela espaçonave da NASA WIND (que já viajou 17 vezes até os limites da magnetosfera entre 1998 e 2002), cientistas não só conseguiram criar uma representação consistente do fenômeno, como também puderam começar a entender melhor esse cenário. A frente da magnetosfera fica bem na linha entre o Sol e a Terra, por isso é um lugar crucial para entendermos coisas pequenas que podem ter consequências grandes”, destaca o pesquisador David Sibeck, do Centro de Voo Espacial Goddard em Greenbelt (EUA). “O que acontece no campo magnético da Terra depende do que está acontecendo na frente, no choque de proa”. De acordo com Sibeck, a maneira como as partículas e também ondas de energia atingem a magnetosfera interfere na quantidade delas que consegue atravessá-la. “Uma vez dentro da magnetosfera, podem criar poderosas tempestades solares e impactar comunicações e satélites de GPS do qual dependemos diariamente”.

A temperatura do núcleo da Terra




Novas medições sugerem que o centro da Terra é muito mais quente do que se pensava anteriormente e que teria uma temperatura de 6.000ºC, semelhante à da superfície do Sol. O núcleo sólido de ferro é cristalino e está rodeado pelo núcleo externo, líquido e em movimento. Mas a temperatura na qual esse cristal pode ser formado vinha sendo objeto de um longo debate. Um novo experimento usou raios X para analisar pequenas amostras de ferro sob uma extraordinária pressão com o objetivo de examinar como esse material cristalino se forma e se funde. A análise das ondas sísmicas geradas após os terremotos em todo o mundo pode proporcionar muita informação sobre a grossura e a densidade das camadas da Terra, mas não podem indicar sua temperatura. Isso deve ser calculado em um laboratório ou a partir de modelos informatizados que simulam o interior da Terra.

As medições feitas no início dos anos 1990 das "curvas de fundição", a partir das quais a temperatura do núcleo terrestre pode ser deduzida, sugeriam uma temperatura de cerca de 5.000ºC. "Esse era só o início desse tipo de medição, então eles fizeram uma primeira estimativa para determinar a temperatura dentro da Terra. Outros pesquisadores fizeram outras medições e cálculos por computador e não se chegou a nenhum acordo. Não é bom para nosso campo de trabalho não conseguirmos concordar uns com os outros", afirmou Agnes Dewaele, da agência de pesquisas francesa CEA, coautora do novo estudo..

Determinar a temperatura do núcleo terrestre é crucial para uma série de disciplinas que estudam regiões do interior do planeta que nunca serão acessadas diretamente, guiando nosso entendimento sobre questões como terremotos ou o campo magnético da Terra. "Temos que dar respostas aos geofísicos, aos sismólogos, aos pesquisadores de geodinâmica. Eles precisam de certos dados para alimentar os modelos informatizados", explica Dewaele. Sua equipe de pesquisadores acaba de reconsiderar esses mais de 20 anos de medições utilizando as instalações do European Synchrotron Radiation Facility (ESRF), na França, laboratório mantido em conjunto por 19 países e que possui uma das mais intensas fontes de raios X do mundo.

Para replicar a enorme pressão no limite do núcleo terrestre, mais de um milhão de vezes a pressão ao nível do mar, eles usaram um dispositivo que mantém uma minúscula amostra de ferro entre duas pontas de diamantes sintéticos. Após submeter as amostras a altas pressões e altas temperaturas usando um laser, os cientistas usaram feixes de raios X para promover uma difração, ou seja, para rebater todos os raios X sobre o núcleo dos átomos de ferro e ver como mudava o padrão à medida em que o ferro mudava de sólido para líquido. Esses padrões de difração oferecem informações sobre os estados do ferro parcialmente fundido, que é o que os primeiros pesquisadores mediram nas experiências originais.

 Eles sugerem agora uma temperatura de cerca de 6.000ºC, com uma margem de erro de 500ºC para mais ou para menos, aproximadamente a mesma temperatura estimada para a superfície do Sol.  Mas o mais importante, segundo observa Dewaele, é que "agora todo mundo concorda" com as estimativas. Os resultados foram publicados na revista especializada Science.

As erupções solares podem destruir a Terra?


 
Há uma necessidade legítima de proteger a Terra das formas mais intensas do clima espacial, por exemplo, das grandes explosões de energia eletromagnética e de partículas geradas pelas tempestades solares e pelas ejeções de massa coronal. Mas documentários recentes, apresentados nos canais de TV a cabo, transmitiram a ideia de que uma gigantesca "explosão solar apocalíptica" poderia literalmente torrar a Terra. Para desmistificar essas ideias - isso não é realmente possível - a NASA divulgou um comunicado, mostrando o que é fato e o que é ficção sobre as erupções solares.
 

Impactos do Sol sobre a Terra

A atividade solar está mesmo aumentando, rumo ao que é conhecido como máximo solar, algo que ocorre aproximadamente a cada 11 anos. No entanto, esse mesmo ciclo solar tem ocorrido ao longo de milhões de anos, de forma que qualquer pessoa com idade superior a 11 anos já sobreviveu a um máximo solar, saindo sem ferimentos. E o atual máximo solar é um dos mais suaves que se tem notícia. Isso não quer dizer que o clima espacial não possa afetar nosso planeta. O calor explosivo de uma labareda solar não pode fazer todo o trajeto até a Terra, mas a radiação eletromagnética e as partículas energéticas geradas por esses eventos certamente podem.
 
As erupções solares podem alterar temporariamente a alta atmosfera, criando rupturas na transmissão de sinais, digamos, de um satélite de GPS, causando erros nos dados. Outro fenômeno produzido pelo Sol pode ser ainda mais perturbador. Conhecido como ejeção de massa coronal (CME na sigla em inglês: Coronal Mass Ejection) estas explosões solares liberam rajadas de partículas eletromagnéticas que chegam até a atmosfera da Terra. Essas flutuações podem induzir flutuações elétricas ao nível do solo que poderiam até mesmo explodir transformadores nas redes de energia. As partículas de uma ejeção de massa coronal também podem colidir com os componentes eletrônicos de satélites artificiais, interrompendo suas transmissões ou mesmo danificando circuitos de forma permanente.

A atividade solar está aumentando, rumo ao que é conhecido como máximo solar - mas o atual máximo solar é um dos mais suaves desde que o Sol começou a ser monitorado, há mais de 100 anos. [Imagem: David Hathaway/NASA/MSFC]

Clima espacial

Em uma sociedade cada vez mais tecnológica, onde quase todo o mundo depende dos celulares e o GPS não controla apenas o sistema de mapas nos carros, mas também a navegação dos aviões e os relógios extremamente precisos que governam as transações financeiras, o clima espacial de fato se tornou um assunto sério. Mas é um problema da mesma forma que os furacões são um problema, diz a nota da NASA. É possível se proteger deles com uma informação prévia e as devidas precauções. Durante um alerta de furacão, uma pessoa pode não fazer nada e ficar sujeita a ele - ou pode selar a casa, desligar a eletricidade e tomar outras providências para minimizar os danos, sem correr o risco de se ferir.
 
Da mesma forma, os cientistas agora já dispõem de sondas espaciais que monitoram o Sol continuamente, podendo dar alertas com vários dias de antecedência - as perigosas partículas das ejeções de massa coronal levam entre dois e quatro dias para nos atingir, dependendo de sua energia. Um caso realístico de funcionamento desse sistema pôde ser visto recentemente, quando ocorreram as erupções solares mais fortes do ano. Os mais preocupados podem acompanhar ao Sol ao vivo pelo celular. O Brasil também já se precaveu, e recentemente o INPE lançou um serviço de previsão do clima espacial. Assim, nossa tecnologia eletroeletrônica está vulneráveis às intempéries solares, mas também estamos mais alertas. O importante a saber, destaca a NASA, é que, mesmo no pior caso de erupção solar, as chamas do Sol não são capazes de destruir fisicamente a Terra, e nem mesmo de torrá-la.

A água da Terra e da Lua possuem a mesma origem, diz pesquisa




A afirmação é de um estudo publicado na revista Science. Os resultados da pesquisa indicam que a água da Lua veio do cinturão de asteroides, e descartam a possibilidade do interior do satélite ser seco. Vital para os seres vivos como conhecemos, a água é encontrada em abundância na Terra, 97% está disponível nos oceanos, enquanto os 3% de água doce é distribuída de várias formas, em rios e lagos, calotas polares, aquíferos e outros reservatórios. Há 4,5 bilhões de anos, dois enormes objetos colidiram no Sistema Solar e resultaram na formação de dois outros corpos: a Terra e a Lua.

 Contudo, o intenso calor da colisão evaporou todo o hidrogênio presente na Lua, tornando-o um satélite seco. Porém, recentes pesquisas da Nasa, indicaram a evidência de hidrogênio, o principal “ingrediente” da água, indicando a presença desta molécula tanto na superfície como no interior do satélite. Para saber a origem da água, os cientistas analisaram os cristais que estão em pedras na superfície da Lua, recolhidas em missões pela Apollo 15 e 17, capazes de registrar a história geológica do lugar.

Dentro dessas pedras, a água fica retida, permitindo que os pesquisadores descubram a proporção de deutério, um isótopo estável de hidrogênio. Em geral, os objetos formados mais perto do Sol têm menos deutério do que corpos que se formaram mais longe. A pesquisa indicou também que os meteoritos conhecidos como condritos carbonáceos, encontrado no cinturão de asteroides, que ficam entre Marte e Júpiter, são os responsáveis pela origem da água da Lua e de nosso planeta.

“Com um bom grau de certeza, sabemos que a água chegou à Lua e a Terra através de meteoritos primitivos agora localizados nas partes externas do cinturão de asteroides", disse o principal autor do estudo Alberto Saal, geoquímico da Universidade de Brown.

Para o geoquímico, Saal, o estudo tem evidência que a Lua nunca esteve seca: “A explicação mais simples para o que encontramos é que já existia água na Terra na época do impacto gigantesco. Um pouco dessa água teria permanecido ao impacto, e é isso que vemos na Lua”, informou o pesquisador.

Uma outra teoria que existia para explicar a origem da água na Lua e na Terra é que ela teria vindo de cometas — que também são conhecidos por carregar deutério e hidrogênio. No entanto, a maioria deles é formada em regiões muito distantes, nos extremos do Sistema Solar. "Eu me pergunto se Saal e seus colegas podem excluir que as amostras que contêm água vêm de cometas investigados", disse Paul Hartogh, pesquisador que contrapõe a visão de Saal ao veículo SPACE.com.